Serviços Públicos: Reclamações aumentam quase 40%! Quais os piores?
Reclamar é um direito dos cidadãos quando fundamentado. Na semana que marca o fim do Estado de Emergência em Portugal, o Portal da Queixa revela que, no primeiro quadrimestre do ano, foram registadas mais de 5.000 reclamações dirigidas ao setor público,
Comparativamente a 2020, foi um crescimento de quase 40%. Saiba de que serviços se queixam mais os portugueses.
TOP serviços com mais número de reclamações
O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), o Serviço Nacional de Saúde e a Segurança Social são as entidades que lideram o maior volume de queixas dos consumidores. Entre 1 de janeiro e 28 de abril de 2021, o Portal da Queixa recebeu na sua plataforma 5.030 reclamações dirigidas aos serviços públicos.
As Câmaras Municipais ocupam o terceiro lugar da tabela, com 649 reclamações dirigidas aos serviços municipais, mais 19% face a 2020 (546 queixas). Os Transportes públicos são a quarta categoria mais reclamada, no entanto, registaram um decréscimo de 52% das reclamações (226) comparativamente com o mesmo período de 2020 (473 queixas).
Relativamente à Segurança Social, entre os principais motivos de reclamação estão a falta de atendimento (22%) e queixas relacionadas com apoios financeiros no âmbito da COVID-19 (13%).
No SNS, os principais problemas reportados pelos consumidores são: impossibilidade de ser atendido por um médico (60%) e falta de atendimento telefónico (36%).
No IMT, as dificuldades na atribuição de carta de condução (tanto para recém-encartados como para a troca de título de condução estrangeira), geraram 74% das reclamações, e as falhas nos agendamentos 7% das queixas apresentadas.
Relativamente ao Instituto dos Registos e Notariado (IRN), as principais reclamações registadas no Portal da Queixa têm como motivos a dificuldade na renovação do Cartão do Cidadão (64%) e a falta de apoio/acompanhamento (23%).
Dirigidas ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), as reclamações dos consumidores têm como principais motivos: as falhas no agendamento (35%) e a demora na entrega dos documentos (32%).
O Centro Nacional de Pensões (CNP) foi outro dos organismos estatais alvo de insatisfação dos portugueses que reclamaram junto do Portal da Queixa, sobretudo, por problemas relacionados com as reformas (35% das queixas), falta de atendimento/resposta (21%) e queixas relacionadas com as pensões sobrevivência, viuvez, alimentos (14%).
Também o IEFP esteve na mira das reclamações dos consumidores. A ausência de resposta/apoio gerou 36% das reclamações e os atrasos nos pagamentos dos subsídios geraram 33% das queixas.
Este artigo tem mais de um ano
Já compararam a diferença (de funcionamento) entre as instituições públicas e privadas durante a pandemia?
As privadas dependem dos seus colaboradores para continuarem abertas, por isso todos contribuem. No estado so querem que chegue dia 23 e vão-se arrastando.
Enquanto não houver facilidade de despedimentos isto não vai mudar.
Exactamente.
BEP – Bolsa de Emprego Público
https://www.bep.gov.pt
Viver encostado? Eu troco de empresa a cada 2/4 anos porque me aborreço quando há redução de projectos ou de trabalho ou quando passa a ser rotina, ia mesmo para a função publica, ainda por cima com ordenado 5 vezes inferior ao que ganho.
Zé, faço o mesmo, já fui trabalhador do estado, mas desde 2008 que ficou impraticável, trabalhar para o estado, vencimentos estupidamente baixos para as competências que desempenhamos, sai, em tempo certo para a privada, trabalho que não cansa, nunca temos a mesma rotina e remunerações estupidamente competentes para o que produzimos, a função publica tornou-se um antro de… vocês sabem.
Leste o artigo, ou vieste só comentar para aparvalhar?
Durante a pandemia, precisei de vários serviços de privados e a experiência foi semelhante em todos. Orçamentos para um carro novo, só responderam metade ao pedido, e desses, alguns exigiam chamada ou video-chamada. Estores para a casa, enviei 4 pedidos a empresas diferentes, nenhuma respondeu. Troca de vidros, respondeu apenas uma e para cada contacto, tinha de repetir o email, porque raramente respondiam ao primeiro. Estamos a falar de empresas que lucravam com o atendimento e até de funcionários que ganham comissões e prémios de produtividade e mesmo assim ignoraram os e-mails, não de serviços públicos onde mais trabalho não traz beneficio nenhum.
Isto foram apenas alguns exemplos que representam a maioria das minhas experiências, portanto, não acredito que tenhas vivido experiências muito dispares das minhas no que toca aos dois sectores.
Agora é que falou tudo,”ToFerreira”.
Tem razão. Existe de tudo em quase todas as empresas, privadas ou estatais. E nas instituições de serviços públicos, idem aspas aspas. No sector privado existem verdadeiro(a)s mestres na arte da dissimulação e de passar trabalho, e muitas vezes o mau exemplo vem das direcções das empresas, normalmente dos herdeiros e seus famíliares. A exclusividade no desleixo e na incompetência não é de todo pública.
A minha experiência foi um pouco diferente, mas tenho de concordar. Há maus funcionários em todo o lado.
De qualquer forma, há algo a ter em conta:
1 – o estado é sustentado por nós
2 – não podemos ir à concorrência
Existe muito Estado que tem receitas.
Não vamos dividir em bons de um lado e maus do outro.
Tipo equipas de futebol.
Sustentado? Estas a esquecer das receitas, certo?
“Computer says no…”
Devem estar todos em teledescanso.
O Centro de saúde em Portimão é uma vergonha! Demoram entre 3 semanas a um mês para envio do receituário(pedido através do site do SNS).
Pessoas que precisam de medicação crónica estão sem ela. A Covid é desculpa para tudo! Vão morrer mais pessoas por falta de atendimento e medicação, do que propriamente pela doença da Covid .
Parece que vivemos num país do 3º mundo.
Infelizmente, não é só em Portimão! Creio que depende do médico de família, se existe ou não, e da organização e direcção dos centros de saúde. Existem cada vez menos médicos de família porque se estão a reformar os licenciados das décadas de 70-80. Com a dificuldade de formação em medicina que existe em Portugal, desde essa altura, há poucos médicos para substituir os que se vão reformando. A Ordem do Médicos esqueceu-se, antes de implementar numerus clausus, de refletir sobre as consequências. Nem importando médicos estrangeiros, que falam mal português e sabe-se lá com que formação, se conseguem colmatar a escassez de profissionais de saúde.
Vejam a notícia https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/governo-admite-dificuldades-em-cumprir-promessa-de-dar-medico-de-familia-a-todos-os-portugueses-738055
A situação não vai melhorar na(s) próxima(s) década(s)