Responsável de design do Android diz que “o mobile está morto”
As pessoas já inseriram no seu léxico alguns termos que evidenciam rotinas e métodos intimamente ligados à tecnologia. O "Wi-Fi", ou o "smartphone" são hoje palavras que não "assustam", é o mundo mobile que envolve miúdos a graúdos. Contudo, mesmo sendo um mundo relativamente novo, há quem diga que o conceito afinal está "morto".
Numa conferência de design, o director da Google, responsável pelo design do Android, Matias Duarte, afirmou que mobile, como um conceito, morreu!
Na Accel Design Conference, uma conferência de design que se realizou em São Francisco, Matias Duarte afirmou que "o mobile está morto". Claro que vindo de um responsável intimamente ligado a um dos maiores sistemas operativos "mobile" da actualidade, a afirmação pode "soar" um pouco estranho, mas Duarte explica claramente a sua opinião. “Como conceito, o mobile está morto. É apenas um ecrã. Mobile era uma distinção quando existiam restrições técnicas, quando existiam restrições na largura de banda, quando havia restrição de processamento, quando era tudo em ecrãs pequenos", refere o designer da Google.
Iniciada no tema design, a conversa fluiu para uma observação actual, mas também futurista, da usabilidade que um smartphone proporciona a partir dos grandes ecrãs. Os designers são desafiados, a cada novo utilizador, por esta filosofia, que já endémica, centrada em torno do "ecrã" dentro de um smartphone.
Isto porque, e referindo ainda as palavras do designer, os conteúdos para o utilizador, por mais variados que sejam, têm de funcionar quer num ecrã pequeno, quer num grande ecrã, e é esse o principal desafio.
“Se quer centrar-se no utilizador, é necessário entender como ele muda do ecrã do computador que ele utiliza durante o trabalho, para o ecrã do smartphone, para o ecrã que está dentro do seu carro ou de um restaurante”, referiu Matias Duarte. “Não é mais possível pensar num serviço que esteja disponível apenas para o desktop, eles precisam responder aos outro ecrã”.
Ainda durante a Accel Design Conference, o director da Google também comentou sobre o desenvolvimento do Android Wear, sistema operativo direccionado para tecnologias "de vestir", como os relógios e pulseiras inteligentes. Matias Duarte não adiantou grandes novidades, nem referiu se esses dispositivos teriam alguma versão fabricada pela própria Google, tal como acontece com o Google Glass.
À pergunta se estava a usar o novo Smartwatch da Google, Duarte respondeu que sim e exibiu rapidamente um modelo, provavelmente um Moto 360, da Motorola. Poderá também ser um outro aparelho device produzido pela própria Google, algo que ao estar já em "testes" por responsáveis da Google, poderá dizer-nos que em breve teremos novidades nesse segmento.
Vários outros assuntos foram abordados e com um interesse muito especial, tendo em conta que Matias Duarte é um alto responsável da Google, para o design Android e as suas opiniões reflectirão as ideologias já em prática e que em breve estarão no mercado.
Este artigo tem mais de um ano
Agora percebo porque o design nunca foi o ponte forte do Android. lol
O design melhorou bastante desde a versão 3/4, engraçado que ele chegou nesta altura. Mas acredito que muito se deve a prioridades de desenvolvimento.
não discuto que tenha melhorado bastante. Admito que agora esteja bastante aceitável
Isso não invalida o argumento, porque nem sequer o endereça, de que o design não é um ponto forte do Android.
O Android, a Google de facto, basicamente segue a moda, quando a moda era a Apple e ícones estáticos a là iOS, o Android era assim, quando a moda passou a ser a Microsoft e a tipografia e o ênfase no conteúdo em vez dos enfeites (não que algum designer alguma vez vá admitir que foi a Microsoft que lançou a moda…), o Android foi atrás.
Não é difícil perceber porquê, a Google é uma empresa de engenheiros, e engenheiro que é engenheiro não percebe patavina de design.
Opniões, eu gosto das novas directivas de designe das apps para android, a google esta a seguir as mesmas e cada vez mais os outros o fazem.
http://androiduiux.com/2013/06/30/result-for-android-uiux-redesign-challenge/
Tens aqui um exemplo de apps que ganharam um concurso de design e seguem as mesma guidelines.
Continuo a achar que foram prioridades, agora que o SO está realmente bom e estável vão se preocupar mais com o designe, sendo que o mesmo também é cada vez mais importante.
Se leres a noticia, vais reparar que o que ele disse não deixa de ser um pouco verdade…
Vinha responder ao artigo, porque apenas mandei a “piadinha”. Sim concordo com ele
A única ponta que faz sentido é o poder de processamento já ser muito elevado, mas tudo o resto continua num mundo à parte, daí que dizer que o mobile morreu é de doidos!
O ecrã é muito mais pequeno, o interface é bastante diferente do desktop tradicional, quer pelo forma de interacção, quer pelo tamanho. Os hábitos das pessoas nestes aparelhos são bastante diferentes do que fazem nos computadores. O hardware continua, como antes, a necessitar duma grande atenção ao consumo de energia.
Os hábitos podem ser diferentes, tens toda a razão nisso, mas o core da app tem de funcionar em todos os ecrãs que usamos no dia a dia.
Exemplo muito simples se eu quero um serviço para ouvir musica, só vou escolher entre aqueles que funcionam em todos ecrãs/aparelhos que uso.
desculpa mas não é por aplicações poderem ter funcionalidades comuns a outros sistemas que deixa de haver o conceito Mobile! Se é assim então o conceito já está morto desde 2008.
Uma plataforma Mobile é muito mais do que isso, é software + hardware + hábitos de uso do consumidor, coisas que distinguem doutras formas de computação!
Fica a pergunta – se o Mobile morreu, então que nome é que vão dar ao conjunto de plataformas de smartphones?
A questão é que agora é que tens poder de computação/processamento suficiente elevado para quando ligado a um dock o dispositivo móvel funcionar como um computador, um pouco como o ubuntu phone.
O nome pouco interessa, pois desde a ultima década que o conceito mobile mudou bastante, dai ele dizer que morreu.
Se reparares ele chama ecrã.
:S
isso ainda menos lógica tem vindo de quem vem, pois as aplicações do Android não estão pensadas para fazer isso! E ainda se está longe de demonstrar que é esse o caminho que vai vingar – aliás, há uns anos atrás algumas companhias tentaram algo semelhante e não houve aceitação!
“Se reparares ele chama ecrã”
chamar ecrã é algo que já se faz há muito tempo, numa lógica de ecossistema.
“conceito mobile mudou bastante, dai ele dizer que morreu.”
o conceito evoluiu, é exactamente por isso que não faz sentido dizer que morreu, se não é um anúncio com um atraso de 6 anos, que é quando aconteceu a mudança significativa!
Por ainda não ter resultado não quer dizer que não seja o caminho ou que não vá resultar, na história da tecnologia tens muitos exemplos disso.
Estou em desacordo na ultima parte, acho que a mudança significativa do próximo passo do mobile ainda está para acontecer.
No final de tudo isto é apenas a minha interpretações das coisas!
Relê o que dizes… ainda não aconteceu, como tal, não explica a afirmação de que já morreu!
O homem queria fazer uma afirmação bombástica, só que não bate certo com o resto, com a realidade, a não ser que seja um anúncio com anos de atraso, referente à revolução dos smartphones com o iPhone!
Sim o iphone foi uma revolução nos smartphones e na altura os mesmo era bastante limitados o iphone incluído claro.
Actualmente tu podes ter todo o tipo de experiências em todos os ecrãs que tens a tua volta, claro que nuns tem melhor usabilidade que outros mas não estas limitado pelo hardware, o que ele diz é que o conceito de mobile era usado em dispositivos que eram limitados como actualmente isso não acontece o mesmo “morreu”, não acho que seja uma afirmação bombástica tão bombástica, apenas uma mudança de conceitos.
O que eu disse foi que a grande revolução ainda não aconteceu, mas acho que mais tarde ou mais cedo vai acontecer e tal como disseste já tentaram mas não correu bem, dai poder acontecer a qualquer momento. E acredito que quem está dentro da área sabe mais do que eu.
@ golias17
A partir do iPhone3G (2008) o paradigma já estava mudado para o que tens actualmente – aplicações, internet completa a velocidade aceitável, aplicações online, etc! O que foi sendo adicionado e melhorado não alterou muito o paradigma estabelecido nessa altura.
É um ponto tão fraco que o iOS 7 foi copiá-lo… :O
copiar o design? em que mundo de sonho?
Não precisas de sonhar, só de abrir os olhos:
http://www.infoworld.com/d/consumerization-of-it/yes-ios-7-copies-windows-phone-and-android-get-used-it-220644?page=0,0
mesmo…?
o engraçado é que nenhum desses exemplos se parece com o design do Android, nem na forma de implementação das funcionalidades! Nem a origem dessas funcionalidades se pode atribuir ao Android, já que essas ideias apareceram noutros sistemas, algumas até na comunidade Jailbreak do iPhone!
“abrir os olhos”…
“… design…”
abre bem olhos e verifica o óbvio!
Caso para dizer, “could not agree more” 🙂
Não sei se é problema exclusivamente meu. Mas tudo o que seja vídeos do sapo, nem “arrancam”. Última versão do Chrome.
Nop, a publicidade dá sempre sem problemas. Os vídeos é que grilo.
Não dá? Eu estou a ver e o vídeo já tem 427 Visualizações, tentem de novo sff e digam algo.
Não dá aqui. No Firefox não dá raia.
Já tinha visto este vídeo no outro dia (no Vimeo). Aproveitei para postar porque já não é de hoje que os vídeos do sapo não me “carregam” no Chrome. Mas, como disse.. não sei se é um problema exclusivamente meu. Obrigado
Há muito tempo que tenho problemas para ver os videos. Inicialmente julguei que seria um problema do V/site. Depois relacionei com o chrome porque verificava algum travamento ao assistir videos no youtube. Após a actualização do chrome, a situação manteve-se; desisti e passei para IE. Não só o problema foi ultrapassado como passei a visualizar videos no youtube sem travamento. Melhor, descobri que o IE utilizava substancialmente menos memória que o chrome e que o firefox.
Curiosamente sempre usei o chrome e nunca tive problemas, mesmo em computadores com sistemas operativos mais velhos. Deve ser alguma “incompatibilidade” com o windows 8!
Também tenho problemas, full screen não dá,
estou com a ultima stable to chrome
Eu até entendo o que ele quer dizer… Mas na verdade o mobile não morreu! O conceito mobile está é a mudar…
ele tem razão no que diz, o conceito mobile morreu, pois o que existe hoje, nada tem a ver com os pontos basilares que deram toda a importância ao dispositivo mobile, que o baptizaram, isso não existe mais.
pois… mas se é para dizer isso então é um anúncio já com vários anos de atraso!
Ele apenas estava a mostrar o ponto de vista dele, isto para enquadrar o que está a ser desenvolvido hoje. Sinalizar o conceito mobile do passado e a diferença para o conceito “ecrã” de hoje. Gostei de o ouvir, deu ali muitas pistas!
Ontem estava um pouco a pensar também sobre o tema e o que esperaria para o novo iphone.
Alem das evidentes melhorias de hw, como mesmo chassis, mas com ecra 4.5′, melhor processador e essas coisas, estava a pensar no que a Apple podia dar o passo em frente.
Tenho falado aqui muito no dispositivo universal, na fusão dos sistemas operativos movel e tradicional (prefiro chamar-lhe assim).
Os equipamentos moveis começam a chegar ao ponto em que já possuem verdadeiro poder computacional. Não querendo entrar no dominio profissional ou gaming, estes dispositivos começam a ter o poder suficiente para substituir o portatil. 99% das pessoas não precisa de um computador para mais que navegação,edição,visualização e alguma diversão. Pelo contrario 99%, eu incluido, dos visitantes deste blog não caberão nessa definição. Mas não se esqueçam que somos “bichos raros” ou profissionais da área.
A forma como eu vejo as apps no futuro é a mesma app, mas duas ou mais interfaces. Ou seja, se pegamos no telemovel e abrimos um documento de texto, este abrirá a versão mobile, se ele está ligado a uma dock abrirá automaticamente a versão tradicional. Claro está que poderemos abrir a versao mobile em dock, e tradicional em mobile. Claro está que poderão aparecer outras interfaces, como por exemplo a interface para tv, outra para smartwatch, outra para o carro, outra para sei lá o quê. O que interessa é que a aplicação é a mesma, apenas muda é a interface.
Um único dispositivo, uma única app, multiplos interfaces.
Note-se que existe a demanda encontrar o tamanho certo para o smartphone. Podemos queixar-nos do tamanho (e eu sou dos que rebate isto), mas tambem todos andamos com a mochila com o portatil às costas.
Se calhar outro modelo é aquele em os diferentes estão completamente sincronizados. Quando digo completamente digo em tudo mesmo.
Ou se calhar é um modelo hibrido que alberga tudo isto
Do que ouvi e percebi, acho que é exactamente isso que ele tenta dizer, o utilizador está mais refinado, queremos utilizar as aplicações em vários ecrãs e perder o mínimo de funcionalidade, largar o trabalho num lado e pegar noutro sem problemas.
Concordo quando falas num modelo com tudo mesmo tudo sincronizado, já é possível em várias apps e vai ser cada vez mais assim.
Acho que o design/estética agora é mais importante que nunca e que o mobile vai deixar de ser um segmento à parte com funcionalidades/capacidades diferentes, dai ele dizer que o mesmo está morto.
PC’s estão mortos segundo outros especialistas e agora este diz que o mobile também?
Bem, fazendo as contas, está tudo morto segundo estes iluminados.
Pelos comentários, verifico que nível de literacia está muito mal, ou no jargão, “não perceberam um put* do que ele quis dizer”.
Não tarda, para que possamos falar uns com os outros, temos de carregar um dicionário relativo a cada pessoa.
Nunca vi uma definição de dispositivo móvel como esta!
Para se considerar um dispositivo móvel tem de ser um dispositivo limitado?!?!?
Balelas!!!
JB