Portugal: Renováveis representaram 61% da produção nacional
As Energias Renováveis continuam em destaque no segmento da energia.
Segundo a APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis, só no primeiro semestre de 2018 as energias representaram 61% do total da produção elétrica de Portugal Continental, um resultado bastante impulsionado pela maior disponibilidade de recursos, em especial, hídricos e eólicos.
No período em análise é ainda de destacar positivamente um conjunto de 623 horas, não consecutivas, o que equivale a 26 dias, em que a eletricidade renovável foi suficiente para, só por si, abastecer o consumo elétrico nacional.
Durante o primeiro semestre de 2018 ainda se destaca a aprovação pelas instituições europeias da meta de contribuição de energias renováveis para 2030, no âmbito da Diretiva das Renováveis. O valor acordado cifrou-se em 32 %, o que representa um aumento significativo face ao valor inicialmente proposto pela Comissão Europeia de 27%.
Repartição das Fontes na Produção de Eletricidade em Portugal Continental
Relativamente à repartição das fontes de produção de energia elétrica em Portugal Continental, como referido 61% correspondeu a energia renovável e os restantes 39% a energia fóssil. Dentro da energia renovável, a maior percentagem corresponde à energia eólica seguida da energia hídrica. Com menor percentagem está a energia solar e Bioenergia (energia obtida através da biomassa).
Mercado da Energia
Desde o início de janeiro até ao final de junho o preço médio do mercado spot Ibérico de eletricidade foi de 50,4 €/MWh. Esse valor caracterizou-se por ser 2 % inferior ao do período homólogo do ano anterior (51,4 €/MWh). Se a análise recair em junho verifica-se um preço médio de mercado de 58,48 €/MWh, um valor superior ao valor homólogo dos últimos anos.
É ainda de realçar as decisões tomadas na Diretiva de Eficiência Energética e no modelo de Governação da União da Energia também aprovadas no pacote legislativo para 2030, das quais se salientam:
- A aposta no autoconsumo, que vê reconhecido o direito de não ser penalizado por custos de acesso à rede na componente da energia autoconsumida.
- A definição de uma trajetória linear de penetração de energia renovável no seu mix para atingir a meta estabelecida até 2030.
- A meta para a eficiência energética – 32,5% face aos valores de 1990, mostrando a necessidade de uma atuação concertada não só no setor da eletricidade, mas também no dos transportes e no aquecimento e arrefecimento.
|Relatório Completo aqui
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Só não é mais porque temos lobbys que forçam o consumo mínimo da EDP de combustíveis fosseis a marcas como a Galp. Ex: Porto Santo
No caso do Porto Santo obviamente não é a EDP, sei disso mas acredito que acontecem casos semelhantes em qualquer uma, desde que em Portugal
A energia solar é que está muito fraca para o potencial que tem. Apenas 1,4% da energia total produzida.
e continuamos a ter das energias mais caras da Europa curiosamente.. a quarta mais cara. Enfim… Até podia ser 100 renovável que a chulice continua a mesma…
Engraçado. As que são mais baratas ou são países bastante pequenos ou são países com recursos de gás bastante abundantes. Na alemanhã o preço por kWh é de 0,30€ e aqui paga-se 0,16€.
o engraçado é o que um Alemão médio leva para casa no fim do mês (€), e o que o Português médio leva…
É uma vergonha!!!!
Termos feito um esforço enorme para chegar aos 50-60% e depois há cerca de 2/3 anos que está praticamente estagnado! Aumentos anuais de % renovável mínimos!
Mas porque é que ninguém acaba o “trabalho” e nos faz chegar perto dos 100%!?
Se já conseguimos chegar a 60%, seria muito fácil …
Pelo que vejo o preço médio de mercado anda pelos 50€/MWh. Alguém sabe precisar a quanto o governo subsidia a eólica?
Olhando para o valor na minha factura edp, deve haver uma taxa oculta sobre o vento.
Pelo que vi ontem ou anteontem no canal da AR acerca das renováveis e dos preços de energia não é bem assim que se comenta aconselho a puxarem atras e vêm o Mira Amaral a falar das energias. Alias fiquei admirado quando á excesso de energia ela fica mais cara e vendem-na a Espanha ao preço da Chuva
Puxem atras e ouçam o Engº
O custo de produção da energia fica-se pelos 50-60€/MWh. Nós pagamo-la de 160€ a 200€/MWh, +IVA, taxas, taxinhas e taxetas e demais acrescentos. Bonito, hem?
Boa tarde
Eu gostava de colocar painéis solares, mas vivo num apartamento, sabem se existe alguma forma fácil de convencer os meus vizinhos?
Boa tarde,
Depende, em 1ºlugar, a que painéis se refere. Térmicos ou fotovoltaicos. Um e outro são para funções diferentes. Os solar térmicos destinam-se à produção de água quente e/ou climatização/aquecimento com recurso a energia solar. Os solar fotovoltáicos destinam-se à produção de energia eléctrica. Também aqui temos duas vertentes, ou para auto-consumo, ou para exportação / venda da energia produzida à rede. Depois, há que perceber em que nível se situa o seu apartamento, e o edifício onde mora. Se o edifício estiver sombreado grande parte do dia, não adianta, numa e noutra situação, pensar nas hipóteses. Se o edifício tiver boa exposição solar, óptimo. Depois, vamos ao particular do seu apartamento. Se for o último andar, excelente, pois quer para a situação de solar fotovoltaico quer para a situação de solar térmico, há todas as possibilidades de instalar, quer uma quer a outra solução. Ressalvo aqui que primeiro terá de, em assembleia de condomínio, ordinária ou extraordinária, pedir autorização expressa para a instalação dos equipamentos numa parte comum, a cobertura. Terá de ficar em acta a autorização, votada pelo menos com maioria simples (51%) a anuir a autorização. Depois, nesta situação é proceder à instalação dos equipamentos, havendo o devido cuidado para as intervenões e perfurações a existirem na cobertura serem devidamente impermeabilizadas, por razões óbvias. Apesar de ser o directamente afectado caso a interveção sofra de problemas, não deixa de ser uma parte comum, e de poder afectar outras fracções em pisos inferiores. Se o apartemtno for em posição intermédia, só analizando, mas potencialmente diria que o solar térmico ficaria posto de lado, logo à partida. O solar fotovoltaico para auto-consumo instantâneo eventalmente haverá alguma possibilidade, desde que exista tubagem que comunique a sua habitação com a cobertura, por exemplo tubagem para cabos de antema, por exemplo. Mas só analizando a situação.
Para o condomínio, seria interessante a instalação de fotovoltaicos, desde que o edifício possuísse equipamentos em consumo constante. Pelo menos durante o dia esses consumos contínuos seria mitigados ou eliminados (consumo da rede, bem entendido).
Dou-lhe ainda outra sugestão, caso pretenda utilizar um equipamento que produza energia renovável. Desde que possua espaço disponível em casa, na cozinha, sugiro, caso tenha disponibilidade financeira, a instalação de bomba de calor para preparação de água quente sanitária. Utiliza na mesma energia eléctrica, mas torna-se um equipamento económico na utilização, pela energia que poupa, nomeadamente se forçar o funcionamento durante o período nocturno se tiver tarifa bi-horária.
Obrigado pela resposta, no meu caso moro no último andar e parece que existe sol durante todo o dia sem sem estar sombreado por outros prédios, só mesmo no final do dia onde o sol não tem rendimento significativo. De qualquer modo seria mesmo auto consumo e talvez com baterias no futuro.
Boa tarde! Eu gostava de colocar painéis fotovoltaicos para alimentar energia eléctrica à minha residência, mas ela está isolada(distante do meio urbano) e é completamente alcançada pelos raios solares durante o dia. Mas não quero ter energia eléctrica apenas durante o dia, claro. Quero tê-la também de noite. Sabem se existe alguma forma fácil de fazer isso?
Agradeço toda orientação necessária, pois, estou com muita aflição dessa preocupação.
Fácil, há. Só não é barata. Tem de ter um sistema constituído por painéis e baterias para acumular a energia.