Que tragédia! Copernicus mostra mapa de Valência
A 29 de outubro de 2024, a Comunidade Valenciana, na Espanha, foi atingida por graves inundações que causaram a devastação generalizada e a trágica perda de mais de 200 vidas. Veja o mapa de Valência que foi partilhado pelo projeto Copernicus.
Copernicus: mapa da província de Valência a 31 de outubro de 2024 às 18h02
Em resposta à crise, o Serviço de Gestão de Emergências Copernicus (CEMS) foi ativado (EMSR773) para fornecer uma avaliação abrangente da extensão das inundações nas áreas afetadas.
O Programa Copernicus é uma iniciativa da União Europeia voltada para a observação da Terra. Visa fornecer informações e dados sobre o meio ambiente e a segurança, contribuindo para uma gestão mais eficiente dos recursos naturais e monitorização das mudanças climáticas.
O mapa agora partilhado (pode ver aqui com a máxima qualidade) pelo projeto Copernicus, retrata a situação na província de Valência a 31 de outubro de 2024 às 18h02 UTC. No mapa são destacadas as áreas diretamente afetadas pelas inundações, marcadas em azul, e as áreas com vestígios residuais de inundação, indicadas por linhas verdes claras.
Através do mapeamento de dados, é possível ter uma noção que mais de 53 mil hectares foram afetados pelas cheias, com mais de 190 mil pessoas e 3.200 km de estradas potencialmente afetadas.
Esta informação é essencial para a resposta a emergências e o planeamento futuro da mitigação, demonstrando o papel essencial dos dados do Copernicus na gestão de crises causadas por fenómenos meteorológicos extremos.
Uma das maiores tragédias do nosso século aqui na Europa.
É tão estranho ver a passividade e incompetencia de todos os responsáveis.
São mais de 1000 desaparecidos, e milhares estão a viver sem condições!
Já em New Orleans com o furacão Katrina a situação foi idêntica. Em situações de desastres gigantescos sem planeamento prévio, pode demorar sempre mais que o esperado pela população. É necessário preparar logística que não está preparada, nem deve estar preparada para acontecimentos que só ocorrem uma vez em décadas. Contudo, estas tragédias estão para acontecer com maior frequência.
Idêntica? Não deves estar bem, não só a magnitude não se compara como a resposta foi muito célere, aliás, não tens pais nenhum no mundo com maior capacidade de resposta a catástrofes do que os EUA.
Houve aqui muitas falhas. Desde a prevenção (nenhuma) aos avisos que também foram curtos e inclusivamente chegaram a informar as pessoas que ía passar ao lado e que já não haveria perigo. Depois da tragédia, o socorro e resgate está a ser uma tragédia ainda maior. Há milhares e milhares de voluntários que sem meios, sem formação e sem qualquer tipo de “autoridade” estão a fazer melhor que aqueles que deveriam ter planos para tudo. O facto de não haver risco normalmente não é desculpa. Planeia-se para o pior sempre.
O mais engraçado, mas que não tem piada nenhum, no meio disto tudo é que o grave problema não está nas tempestados – que sempre existiram (não me venham falar em alterações climáticas é a razão para isto) – mas o fraco e incompetente planeamento urbano.
Por exemplo, aqui na nossa terrinha em Portugal:
– quantas vezes não ouvimos falar de inundações nas zonas ribeirinhas de Lisboa, Porto e Coimbra (só como exemplo).
– Quantas inundações não foram precisas em Braga para se lembrarem de começar a cavar bacias de retenção? Quem diz Braga diz outras cidades.
A malta coloca cimento por todo lado, anda a desbravar arvores para construir parques para paineis solares, temos os incendiários que tornam o terreno fantástico para aluimentos quando chover, etc.. andou-se anos a brincar aos prédios e a cimentar tudo e agora a água não tem para onde escoar. Infelizmente temos o resultado do que construimos..
As alterações climáticas resumem-se à alteração da frequência destes fenómenos. Procure saber sobre a Normal Climatológica e talvez (?) perceba.
tal e qual!
A humanidade tem esta estranha mania prosperar exactamente nas zonas que são mais perigosas para viver, por ex.: no sopé de vulcões ou, como é este o caso, em planícies aluviais ou mesmo de inundação. Sempre foi assim e assim continuará a ser.
Historicamente sempre foram estas as zonas as que melhor se adequaram à agricultura ou ao comércio com povos mais ou menos distantes. Creio que todos conhecemos já eventos na história humana em que cidades ou cidades-estado foram completamente arrasadas por vulcões ou inundações.
É uma infelicidade humana, arriscamos continuamente a vida para sermos ou… pelo menos, com a esperança de sermos prósperos mesmo que para isso tenhamos de viver em zonas perigosas.
Culpa das alterações climáticas que impediram um planeamento antecipado, pois os alteroclimatéricos declararam valência como deserto ibérico sem hipotese de aguaceiros.
Tem de se esforçar melhor…
Chega assim e até é demais. Sou humilde e osto de estar ao seu nível.
Eh, rapaz, que desgraça lá na Espanha com essas inundações! Mais de 200 almas perdidas, Deus tenha misericórdia. Aqui no meu pedaço, quando chove forte já é um sufoco, imagina lá. Tomara que aquele povo consiga se levantar depois dessa. A natureza é braba quando quer!