Quase 100 mil libras de dinheiro público gasto no Brexit em anúncios no Facebook
Reina uma grande confusão na terra de sua majestade. Na verdade, o Brexit está a gerar na sociedade britânica uma controvérsia e nota-se já que o desejo de voltar atrás e dar o dito por não dito é a preferência da maioria dos cidadãos.
O governo do Reino Unido gastou quase 100 mil libras (cerca de 110 mil euros) do dinheiro dos contribuintes, na semana passada, na compra de anúncios do Facebook numa tentativa de convencer o público a apoiar o acordo de Theresa May sobre o Brexit - apenas para o voto decisivo ser adiado.
Brexit sim ou Brexit não?
Os britânicos lutam internamente para decidir se avançam com a saída da União Europeia ou se dão o dito pelo não dito e volta, à condição que tinham anteriormente ao referendo de 23 de junho de 2016.
Os anúncios foram promovidos com a hashtag #BackTheBrexitDeal e ofereceram vídeos curtos promovidos recorrendo a recursos do serviço público e ligando a um site oficial do governo chamado The Brexit Deal Explained.
Embora o Facebook não forneça dados precisos sobre quem foi o alvo, os anúncios financiados publicamente em apoio ao acordo custam 96.684 libras e foram exibidos pelo menos 5 milhões de vezes na última semana.
Segundo o que foi veiculado, pela imprensa britânica, foram elaborados anúncios diferentes, sob medida, para diferentes públicos, com homens mais propensos do que as mulheres a ver anúncios do governo afirmando que o acordo ajudaria a Grã-Bretanha a reduzir os níveis de imigração.
Havia também anúncios para vender o negócio nos países constituintes do Reino Unido, com vídeos curtos feitos especificamente para a Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Redes sociais são agora uma arma "mental"
Os dados estão contidos nas novas ferramentas de transparência de publicidade política do Facebook, que foram finalmente lançadas no mês passado em resposta as críticas sobre o papel da publicidade nas redes sociais e os chamados "anúncios obscuros" durante o referendo na UE.
As novas regras exigem que os anunciantes políticos verifiquem que estes se baseiam num endereço postal do Reino Unido e criem um ficheiro público de todo esse conteúdo, embora não deem clareza completa sobre o principal financiador de uma campanha de propaganda política.
Os dados mostram que os conservadores gastaram mais de 40 mil libras (cerca de 44 mil euros) do seu próprio dinheiro na semana passada, comprando anúncios no Facebook para promover o acordo de Theresa May, uma decisão que poderia enfurecer os ativistas conservadores que apoiam um Brexit forte.
A campanha do Voto do Povo para um segundo referendo gastou 47.000 libras (cerca de 52 mil euros) argumentando que o acordo não satisfaz ninguém e exortando as pessoas a exigirem um novo voto.
O grupo pró-Brexit, o Britain's Future, gastou mais de 21.000 libras (cerca de 23 mil euros) na última semana em anúncios no Facebook, encorajando o público a enviar um e-mail aos seus deputados e dizer-lhes para rejeitar o acordo.
Este grupo é encabeçado pelo ex-argumentista da série Two Pints of Lager e Tim Dawson, do Packet of Crisps. O site Future da Grã-Bretanha incentiva o público a enviar doações para apoiar as suas campanhas pró-Brexit, embora não esteja claro se isso é suficiente para pagar a campanha publicitária.
O Partido Trabalhista não pagou por quaisquer anúncio a promover a posição do partido no Brexit e o partido central foi superado em toda a publicidade do Facebook na semana passada pelos Democratas Liberais.
A "guerra" política parece estar a deixar as ruas, os anúncios de televisão, os spots nas rádios para atacar nas redes sociais. Aqui a força mede-se com a engenharia social a trabalhar a mente de quem "vive" nas redes e pelas redes.
Quem está a ganhar nesta guerra online?
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, confirmou o adiamento da votação sobre o acordo do Brexit. A líder vai reunir-se com os líderes europeus para uma eventual renegociação da solução para a Irlanda.
UK, YouGov poll:
European Union membership referendum
Scenario: Remain vs. May Deal
Remain: 62% (+12)
Leave: 38% (-12)(24% undecided not included)
Fieldwork: 6-7 December 2018
Sample: N/A#Brexit #BrexitVote— Europe Elects (@EuropeElects) December 10, 2018
As sondagens, contudo, são claras e substancialmente diferentes do de 2016. Entre os inquiridos da sondagem, YouGov, 62% disseram ser a favor de ‘Ficar’ e apenas 38% preferiram ‘Sair’. De fora do estudo ficaram os 24% que se disseram indecisos.
Esta é uma semana difícil para Theresa May que tem nas mãos o futuro próximo dos cidadãos do Reino Unido.
Este artigo tem mais de um ano
Propaganda… nos tempos atuais é sempre mais fácil e discreto comprar banners online do que mandar avionetas lançar panfletos como antigamente se fazia
Na minha opinião, produto que é bom não precisa de publicidade o simples passa a palavra basta, especialmente se já está na cabeça de toda a gente 😉
Oxalá continuem na UE para poder continuar a comprar na Amzon UK sem me preocupar com a alfândega eheh
À excepção de um ou outro artigo que não exista em Espanha, compensa mais comprar na Amazon.es.
Para ser enviado pelos ladroes da SEUR? Nao obrigado 🙂
Tenho dezenas de encomendas entregues pela SEUR e nem um problema.
nem tudo há muitas lojas de terceiros associadas á amazon UK que compensa comprar lá mesmo com o cambio, alem de que há muita oferta que lá se encontra a preços em conta e não é vendido directamente pela Amazon… a mesma é apenas intermediaria…
eles agora quando saírem em muitos artigos vou ter de me virar para os Alemães o problema vai ser o tempo de entrega, pois vindo do UK era muito mais rápido…
nem tudo se arranja aqui ao lado em nossos hermanos…
Espero que continuem porque fazem falta e porque temos muitos portugueses lá a trabalhar e ficariam com a vida mais atribulada.
No primeiro referendo o povo foi manipulado com fake news e o Facebook foi o grande culpado. Começou aí o esquema de manipulação das políticas governamentais. Trump é a favor do brexit ele que é um produto da manipulação das consciências.
Os Portugueses que estao lá a trabalhar estao seguros, só podem ficar a vida um pouco mais dificil se a economia for abaixo. Agora aqueles que nao fazem nada na vida esses sim podem ser “convidados” a sair.
Não estão nada seguros. O Brexit só vai acontecer em meados do ano que vem e só depois disso é que se vê as perdas, isto para além de não se saber se será com acordo ou sem acordo.
Um dos acordos feitos pelo RU com a UE nos anos 70, foi a segurança do mercado Londrino (a chamada bolsa da Europa), com o Brexit acha que os europeus vão permitir que continue na mesma e perderem muito dinheiro com isso?
O UK, só com o anuncio do Brexit já começou a perder economicamente – porque as empresas e bancos não arriscam. A própria liberdade de circulação que impulsionou bastante o turismo e o emprego especializado no UK vai ser algo que será certamente abalado.
Depois do referendo fizeram umas sondagens e a malta que mais votou no sim à saida foram os mais velhos, gente que já teve a sua vida e que agora está a limitar o futuro da geração mais nova. Infelizmente a democracia tem disto: – Os velhos do restelo, que já viveram tudo, vão votar em decisões que já não mexem com o futuro (médio/longo prazo );
– As gerações mais novas, que podem votar, preferem ficar em casa a queixarem-se no facebook ou a atirar pedras a carros do que a exercer o seu poder de voto.
Depois os Brexits da vida acontecem e temos a vida a piorar e a malta la´veste o colete amarelo e vai destruir propriedade alheia.
+1
Está a mandar a piada aos franceses, mas é merecida. Aquele país tanto reclama e não tenho a menor dúvida de que vai caír nas mãos da extrema direita da Le Pen. E o mais caricato é que vejo os dedos americanos e russos na tentativa de destruição da União Europeia, assim como vejo a Le Pen (extrema direita) e o Melanchon (extrema esquerda) com os coletes amarelos a reinvindicarem!
E o mais absurdo é que em França exigem o impossível: baixar impostos e mais subsídios/apoios!!!!
Paradoxalmente uma parte da Força do Brexit advém do facto do RU não querer uma comunidade como a Francesa, onde uma minoria pode partir tudo e saír impune, só porque são muçulmanos!!!!!!
O refendo nunca deveria ter existido, foi um erro monumental, Cameron vai ficar na história pelas piores razões.
Olhe,agora é que não há volta a dar !! Na altura queriam sair,agora o governo britânico tem o povo na mão.Que votassem ao contrário.Quando entrar o “Brexit” vai ser o bom e o bonito lá na Inglaterra.E depois com aquela extrema-direita que lá anda que ninguém se admire de virem a acontecer confrontos todos os dias nas ruas entre as pessoas.E a última leva de emigrantes portugueses (de há 10 anos para cá),que se ponha a pau porque vai apanhar de tabela.É que nem ponham a mínima dúvida !!
“o desejo de voltar atrás e dar o dito por não dito é a preferência da maioria dos cidadãos ingleses.”
Como sempre a mentalidade portuguesa é que o Reino Unido é tudo inglês e que querem ficar (quando a maioria dos ingleses que querem ficar são de Londres e muito desses “ingleses” são descendentes de imigrantes de outra paragens, pois Londres é mais uma cidade mundial hoje em dia que “Inglesa”.
O Reino Unido é constituido por 4 países, País de Gales, Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte, não é apenas “os ingleses”, mas quem votou na maioria para sair foi os Ingleses. Mas pronto, parece que faz confusão aos portugueses ter nacionalidades diferente no mesmo país, visto que em Portugal os governos regionais com suas bandeiras e hinos dos Açores e Madeira já faz confusão a mentes centralistas e unitárias como são os Portugueses.
Acho que estás a levantar problemas que não existem. Não é uma questão de mentalidade, é uma questão de vocabulario.
Não misture os assuntos. Se fala do pretendida independência dos Açores e da Madeira, é melhor ler mais para perceber que os Ingleses e americanos manipularam as populações açorianas e madeirenses a pedirem a independência, porque receavam que Portugal se tornasse em mais um fantoche de Moscovo com o 25 de Abril de 74. Só quando os moderados afastaram os a extrema esquerda do poder em Portugal, em 1975, é que a CIA deixou de financiar os movimentos separatistas nas ilhas.
Quando fala no Brexit, o mais trágico para os Ingleses, é que só eles e o País de Gales votou a favor do Brexit, mas os escoceses e os norte irlandeses votaram pela permanência na UE. E é importante não esquecer que estes países querem permanecer na UE, ou o Brexit só deve favorecer os Ingleses que apoiam o Brexit?
O principal responsável pelo Brexit é sem dúvida o Cameron, mas não é o único, já que há muitos extremistas que apoiaram o Brexit e quando viram que ganharam, puseram-se a milhas porque sabiam que tinham enganado o povo! Onde anda o Nigel Farage?
” Se fala do pretendida independência dos Açores e da Madeira” Pronto e já está. Mas quem raio falou de “pretendida independência”? E quem disse que é pretendida? E sim, concordo 100% nas não foi só porque “foram manipulados” houve de facto pois 25 de Abril um movimento forte de independência pois Portugal não dava a autonomia pretendida que durava mais de um século e claro, o isolamento, o facto das populações de lá terem uma identidade própria e populações frustradas de séculos de neo colonialismo faz isso. Mas aí está o que quero dizer, fala-se nas bandeiras, hino e governos próprios, os portugueses falam logo em independência. Parece que até hoje faz confusão.
E quanto ao Bre Exit nem acho o Cameron culpado, pois apesar de suas críticas há união Europeia (como ela merece em muitos casos), ele era pró UE. E o Nigel Farage anda por aí a comentar, caso não tenhas reparado.
Neocolonianismo nos Açores e Madeira? Está a gozar, só pode! Sabe que os impostos cobrados na Madeira e Açores são todos gastos lá, não sabe? E sabe que além disso recebem transferências do orçamento de estado do continente (que eu apoio porque sem dúvida são uma região desprotegida), que ultrapassa os 500 milhões de euros por ano!
O que pode dizer é que sem dúvida Lisboa é absolutamente centralista e fica com a maior parte do investimento público, que é um aspecto que eu sempre referi! Então agora que já não bastava todos os portugueses financiarem as empresas públicas falidas de transportes públicos de Lisboa e do Porto, ainda vamos subsidiar os passes, como se no resto do país existissem transportes públicos!!!!!!
“Neocolonianismo nos Açores e Madeira? Está a gozar, só pode! ” Pronto e aqui está a ignorância e falhanço do sistema educativo português.
Para já, estou a falar no passado, daí eu ter dito as pessoas na altura estavam frustradas (e com razão) com o continente. Só porque é algo muito pouco falado no sistema educativo português, não quer dizer que não tenha acontecido. Por razões óbvias Portugal não fala muito nisso, até os governos regionais também não, mas já se fala mais no assunto hoje em dia. Cheira-me se os Açorianos e Madeirenses fossem etnicamente africanos iria ser algo muito mais falado. Aconselho veres (caso não tenhas paciência de pesquisar ou ler) os documentário da RTP “Uma História de Autonomia”.
E o dinheiro do orçamento de estado para o estatuto de “região desprotegida” vem do estatuto especial da UE que são as RUP, que até tem um presidente. E sim isso de Lisboa ser centralista é um problema do continente Português, pois como bem disseste, o dinheiro dos Açores e Madeira (sem ser os campos que a Republica tem lá) é gasto lá. Pode ser que a coisa mude com esta onda de descentralização tão falada agora. Mas claro que não vai ser como os níveis dos Açores e Madeira (por razões óbvias). E sim, o centralismo Lisboeta é um problema geral do país, mas durante a história afectou mais uns que outros.
Nao entendo nada do teu discurso…
Então es pro independencia das ilhas? É aí que queres chegar?
Qual é conclusão?
100.000€ não é nada para o pais/tema em questão.
Já trabalhei em empresas que gastaram isso em panfletos para promover apps.
Como é possível ?? Viva o luxo !!
Podem pelo menos explicar qual é a razao para eliminarem os meus comentários?
Brexit = País auto-Suficiente / Economicamente Independente ——-> Nos dias de hoje, isso já não é possível, parece que estão sonhando com as politicas ou pensamento de Thomas Robert Malthus. Pensamento da Teresa May é fundado no pensamento deste homem.