Portugueses criam radar para medir a respiração à distância
A tecnologia está hoje muito ligada à área saúde pelos mais diversos motivos! O objetivo é sempre desenvolver soluções não intrusivas, que disponibilizem resultados instantâneos e fidedignos e possam ajudar qualquer médico ou até paciente na avaliação de patologias.
No âmbito de uma investigação que decorre no Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro, está a ser desenvolvido um radar para medir a respiração à distância.
Esqueça os sensores no peito ou qualquer outro método usado hoje para medir o ritmo respiratório. Dá pelo nome de Bio-Radar, está a ser desenvolvido na Universidade de Aveiro (UA) e, através de ondas rádio, permite registar à distância a frequência respiratória humana. Eficaz, rápido e cómodo para doentes e médicos, o Bio-Radar já está a abrir as portas para a medição e registo de outros sinais vitais humanos por ondas de rádio.
De acordo com as informações, este projeto além de conseguir medir o ritmo respiratório, poderá, brevemente aferir também o ritmo cardíaco.
Sendo possível determinar distâncias através da reflexão de sinais rádio, é possível ao Bio-Radar detetar pequenos movimentos do peito que são consequência da inspiração e expiração e, a partir daí, registar o ritmo respiratório. O mesmo sucede com o batimento cardíaco. “Os períodos de sístole e de diástole do coração criam pequenos movimentos no peito que podem ser medidos pelo sistema e, a partir daí, obter o ritmo do batimento cardíaco”, explicam os investigadores.
Onde pode ser usado este radar?
Os investigadores apontam que “podem ser utilizados em ambientes hospitalares para avaliação sem contacto do estado de saúde dos pacientes” e, até, “dentro de carros para medir o nível de stress ou descontração de um condutor ou até detetar se o mesmo está perto de adormecer ao volante”. Os investigadores estão a avaliar também a possibilidade de o sistema ser utilizado para análise psicofisiológica e de avaliação da credibilidade de depoimentos.
A principal característica deste tipo de equipamento é de permitir a avaliação não invasiva, que permite uma medição de longa duração sem afetar o conforto do paciente. O facto de serem usadas ondas rádio para obter os bio-sinais, sublinham os investigadores da UA, “possibilita também que o equipamento fique de atrás de obstáculos opacos permitindo a implementação do mesmo em objetos do dia-a-dia”.
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