Portugal: Detetada fraude em software de cabeleireiros
No âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), através da Inspeção Tributária e Aduaneira cumpriu, no dia de ontem, 20 mandados de busca, sendo 1 domiciliário e 19 não domiciliários.
Em causa está a produção e venda de software certificado para a área de atividade de cabeleireiros e estética.
Numa nota emitida pelo Ministério Público, foi detetada fraude fiscal e falsidade informática, associada à produção e venda de software certificado para a área de atividade de cabeleireiros e estética, o qual contém aplicações que permitem aos proprietários das diversas lojas em que tal programa é instalado/utilizado, omitirem valores de faturação, causando, deste modo, um prejuízo ao Estado correspondente ao valor do IVA cobrado aos clientes e ao valor do rendimento auferido, mas não declarado fiscalmente pelos comerciantes.
Segundo o que revela o DCIAP , de acordo com os indícios recolhidos, após a certificação do referido software, por parte da AT, terá o mesmo sido alterado de modo a permitir a manipulação de registos, caso o cliente não tenha solicitado fatura com número de contribuinte e tenha efetuado o pagamento em numerário, possibilitando assim a ocultação destes montantes nas declarações efetuadas à AT por parte destes estabelecimentos comerciais.
Embora no âmbito do sistema e-Fatura exista um benefício fiscal que devolve aos contribuintes 15% do valor do IVA, suportado por estes, nas faturas emitidas por estabelecimentos de estética e salões de cabeleireiros, constata-se que muitos contribuintes não solicitam, de forma recorrente, as faturas com a indicação do seu número de contribuinte, facilitando deste modo este tipo de fraude. No inquérito investigam-se factos suscetíveis de integrarem a prática dos crimes de fraude fiscal e de falsidade informática.
O DCIAPF informa também que foram apreendidos todos os equipamentos (POS) que serviam a prática dos crimes.
Este artigo tem mais de um ano
fonix se o cliente não quer fatura não precisa do talão para nada…
uma coisa que vejo em alguns sitios é que só aceitam dinheiro, fatura não existe, é um papel de um livro de expediente que dão ao cliente como prova do pagamento…
outros, como já vi (por acaso num barbeiro), no sistema o corte está a 5€ mas levam 12, consegui ver porque estava ao lado dele e assim evitam de pagar tanto de iva e como diz o outro, dinheiro não fala…
Vou ligar pra titia que foi trabalhar em Portugal. Afinal no Brasil não cobram impostos de salões.
E esse software ainda é certificado ou a certificação já foi suspensa/revogada?
Se eu tiver um cabeleireiro e for comprar o dito software é a AT que me indemniza? É que eu não sei qual é o software afetado , logo como sei qual não devo comprar?
Foram trocos … foram apanhados. Se fossem milhões estavam safos …
Sugestão para estarem legais: arranjem um sócio chinês, assim não pagam impostos durante 5 anos, depois é só arranjar outro chinês ou mudar de firma e dá para mais 5 anos …
E qual é o software?
E qual é o software?
piores sao aqueles que nem registam nada,dizem que nao fazem lucro suficiente portanto nao sao obrigados a ter as maquinas no salao,mas vai se a haver estao sempre a mudar de carro e tem grandes ferias…
Mas há algum gerente que declare lucros no final do ano?
Há. Porque caso contrário não tem crédito bancário.
Listas de todos os programas certificados, podem ordenar lista para ver os revogados/desativados.
https://www.portaldasfinancas.gov.pt/pt/consultaProgCertificadosM24.action
Este ano só tem 1.
“ataquem” é a restauração esses tem um peso maior, viram o iva na area deles diminuído e continuam a cobrar absurdos para fugirem que nem esfomeados.. mas também chego à conclusão que o governo não quer, ainda agora à dias falei com uma inspetora e é só ridículo e demorado todo o processo para poderem agir
Cabeleireiros, restaurantes e oficinas automóvel…todos a pagar impostos e o país vivia melhor.
Os suspeitos do costume. As feiras, discotecas, cafés, lojas de roupa, pubs, bares, ginásios e centros de estudo são todos idóneos, portanto.
Se todos passarem fatura do que vendem não havia restaurantes para ir jantar fora ou senão o preço não consegues pagar, com o ordenado de 600 não vais lá.
É muito bonito dizer que todos deviam pagar impostos, para o estado mamar mais e desviar e perdoar aos que ganham fortunas ou falências de empresas do estado ou contas offshore, ou derrapagens de obras públicas, por isso não venham com tretas. O estado incentiva a fugir.
engraçado, o proprio estado nao passar factura!!!
so recibo!!!
E que tal verificar outras áreas como oficinas/mecânicos, restauração/hotelaria, oculistas, perfumarias, etc. Aposto que também deve existir software adulterado…
É verdade, deviam exigir de forma a que tudo o que o consumidor paga, fosse declarado, no entanto não sem valorizar o nosso jeitinho português (latino ou como o queiram chamar) ganha mais força pela carga fiscal e a perseguição que o próprio estado e finanças faz às empresas (sem esquecer ASAE e Operações Stop com esse intuito.).
Apesar dos brandos costumes, poucos concebem levar a marmita para o escritório, andar de transportes públicos ou ter um automóvel sem a sigla AMG/M/etc… Os salários pagos a grande parte da classe trabalhadora são descaradamente baixos. Quer pelos grandes grupos, quer pelos pequenos.
Estes são alguns dos motivos que levam a que as mentalidades não mudem, sem esquecer o exemplo de quem governa ou já (des)governou o nosso país.
A forma de evitar fugas é não haver limite à dedução em IRS da percentagem de IVA recolhido. 15% para o consumidor que tratou de incluir o seu NIF na fatura e assim obrigar o comerciante a pagar 85% ao Estado. Para quê ter limite?!
Concordo.
É verdade, deviam exigir de forma a que tudo o que o consumidor paga, fosse declarado, no entanto não sem valorizar o nosso jeitinho português (latino ou como o queiram chamar) ganha mais força pela carga fiscal e a perseguição que o próprio estado e finanças faz às empresas (sem esquecer ASAE e Operações Stop com esse intuito.).
Apesar dos brandos costumes, poucos concebem levar a marmita para o escritório, andar de transportes públicos ou ter um automóvel sem a sigla AMG/M/etc… Os salários pagos a grande parte da classe trabalhadora são descaradamente baixos. Quer pelos grandes grupos, quer pelos pequenos.
Estes são alguns dos motivos que levam a que as mentalidades não mudem, sem esquecer o exemplo de quem governa ou já (des)governou o nosso país.