China revela centro de computação submarino equivalente a 30.000 computadores gaming
A China desenvolveu um inovador centro de computação inteligente submarino, localizado em Lingshui, na província de Hainan. Esta estrutura avançada foi instalada no fundo do mar e integra mais de 400 servidores de alto desempenho.
De acordo com relatórios, o centro tem capacidade para suportar até 7000 interações por segundo com assistentes de inteligência artificial (IA) impulsionados pela DeepSeek.
O poder de processamento do centro é equivalente à capacidade combinada de 30.000 computadores gaming topo de gama a funcionar em simultâneo. Assim, em apenas um segundo, consegue realizar cálculos que levariam um computador convencional um ano inteiro a concluir.
Centro de computação submarino da China reduz o espaço em terra
Com dimensões de 18 metros de comprimento e 3,6 metros de diâmetro, a cápsula de dados liga-se a terminais de clientes através de uma estação costeira próxima. A estrutura tira partido da água do mar como sistema de refrigeração natural, o que reduz a necessidade de espaço em terra e o uso de água doce.
Estudos indicam que o ambiente estável das profundezas marítimas oferece uma segurança acrescida para a infraestrutura, minimizando riscos relacionados com variações de temperatura e contaminação do hardware.
Wang Peng, investigador associado da Academia de Ciências Sociais de Pequim, afirmou ao Global Times que o novo centro em Hainan representa um avanço estratégico que reforçará ainda mais a posição competitiva da China no cenário global da IA.
Resistência a altas pressões submarinas
Na terça-feira, dia 18 de fevereiro, a cápsula foi oficialmente conectada a um cluster de processamento de dados eficiente em termos energéticos, localizado na região sul da ilha de Hainan.
A infraestrutura foi projetada para suportar as elevadas pressões das profundezas marítimas. Ao manter o hardware afastado da atividade humana, assegura um ambiente estável, isento de pós e livre de oxigénio, fatores que contribuem para a longevidade e eficiência dos equipamentos eletrónicos, conforme reportado pelo South China Morning Post.
A instalação deste centro ocorre num momento de crescente rivalidade tecnológica entre a China e os Estados Unidos. A DeepSeek captou atenção global recentemente ao apresentar um modelo de IA altamente eficiente, desenvolvido a um custo consideravelmente inferior ao de outras soluções concorrentes, segundo fontes chinesas.
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Mas mais virá 😉
Isto sim é algo que ninguém fala e aparentemente os nossos oceanos estão cheios de porcaria destas aos molhos, desde cabos submarinos a bases submarinas e super comp.utadores e não só, centrais de armazenamento de dados e depois culpam o derretimento dos icebergs nas condições climatéricas causadas pelos geradores eólicos que também são uma treta que gasta mais energia do que produz, mas enfim.
O problema das civilizações é esse mesmo. Se for só um centro de dados o impacto no meio ambiente não é significativo, o problema é quando se multiplica a solução por milhares de milhões e aí temos um novo problema difícil de resolver.
Foi assim com a revolução industrial com a energia a vapor que levou à criação desregrada de minas de carvão, que levou à poluição atmosférica por emissões de carbono, o que até hoje ainda não foi resolvido. Mais tarde surgiu a indústria automóvel que só veio agravar o problema. Com a extração de petróleo e a produção e refinação de hidrocarbonetos, combustíveis, dissolventes, diluentes, plásticos, etc, que levou ainda a mais poluição atmosférica, nomeadamente pela produção de dióxido de carbono, chumbo, ácido sulfúrico, etc.
Agora é a indústria automóvel elétrica que está a levar à extração desregulada de lítio, cobalto, níquel, manganês, grafite, alumínio, cobre, aço e ferro, terras raras, nióbio, entre outros. Esta tecnologia já nos está criar um outro problema que é como reciclar todas as baterias produzidas. Por outro lado está a inflacionar o custo da eletricidade. Consequentemente a elevar o preço da energia para a produção industrial, comercial e individual o que nos obriga a pagar mais para climatizar as nossas casas.
Em relação ao artigo, esta solução, aparentemente parece boa pois parece dispensar o uso de energia para climatização das unidades de processamento, mas como o maxapadajáá referiu, quando toda a gente adotar esta solução a temperatura dos oceanos vai subir ainda mais. Se agora, com os atuais níveis de aquecimento dos oceanos já é um problema difícil de solucionar. Se toda a gente começar a afundar centros de dados não sei como isto vai acabar.
+1
A Microsoft já fez um projeto similar mas chegaram a conclusão que é ineficiente. Para fazer manutenção, por exemplo demanda muito mais tempo e dinheiro do que ter os servidores em terra.
https://news.microsoft.com/pt-br/no-fundo-do-mar-a-microsoft-testa-um-datacenter-rapido-de-implantar-que-pode-fornecer-conectividade-a-internet-por-anos/
Se os oceanos já estão a aquecer a um ritmo acima do cenário mais pessimista das simulações feitas pelos cientista, então imaginem com o proliferar deste tipo de centros. O Homem está a caminhar lucidamente para a sua extinção, apenas porque o lucro é o que conta sempre mais.