OE2023: Famílias com Crédito Habitação vão ter desconto no IRS
As famílias com empréstimo à habitação vão poder beneficiar de uma redução da taxa do escalão de retenção na fonte do IRS, prevê o OE2023, determinando que a medida beneficia quem tem rendimentos mensais até 2.700 euros brutos.
Segundo as estimativas do Governo, esta medida poderá beneficiar até 1,4 milhões de pessoas e terá um impacto na receita do IRS da ordem dos 250 milhões de euros no próximo ano.
De acordo com o que foi revelado, para poderem beneficiar deste alívio no pagamento mensal do imposto, os trabalhadores terão de, cumulativamente, possuir um empréstimo para uma casa de habitação própria e permanente, e de auferir uma remuneração mensal até 2.700 euros – o referencial que o Governo usou para definir a atribuição do apoio extraordinário de 125 euros que é pago este mês.
As famílias terão de comunicar à entidade empregadora, “em momento anterior ao seu pagamento ou colocação à disposição, a opção de redução da retenção na fonte prevista”, através de declaração acompanhada dos “elementos indispensáveis à verificação das condições referidas, bem como qualquer outra informação fiscalmente relevante ocorrida posteriormente”, revela a Lusa.
Esta medida irá juntar-se a outras que o Governo está a preparar para ajudar às famílias face à subida acentuada das Euribor, o indexante usado em mais de 90% dos empréstimos à habitação.
Recorde-se que as regras fiscais em vigor, no que à habitação diz respeito, permitem aos devedores abater aos IRS o correspondente a 15% dos juros dos empréstimos da casa, até ao limite de 296 euros.
Poupar com uma Consolidação antes do OE2023
Existem algumas estratégias para as famílias reduzirem os custos dos seus empréstimos. Ainda assim, a menos burocrática e que permite uma boa redução nas mensalidades, é a consolidação de créditos.
Ao consolidar créditos vai juntar várias prestações num único contrato. Este procedimento permite poupar na taxa de juros, evitar encargos desnecessários e reduzir o valor que é reembolsado mensalmente aos bancos.
Para além disso, se o principal foco é poupar já, com um crédito consolidado é ainda possível alargar o prazo de pagamento. Isto significa que vai pagar o empréstimo durante mais tempo, mas vai conseguir baixar o valor mensal e conseguir um novo fôlego na carteira.
O OE2023 vai ser debatido na generalidade no parlamento nos dias 26 e 27 de outubro, estando a votação final global do diploma da proposta do Governo marcada para 25 de novembro.
Este artigo tem mais de um ano
O artigo está bem feito, mas incompleto.
É verdade que pode descontar menos de IRS mensalmente como foi explicado no vosso artigo, no entanto, faltou dizer e quiçás o mais importante, descontando menos mensalmente não é mais do que contribuir menos para os cofres do estado, no IRS deste ano a submeter em 2023, não se admire receber menos que no reembolso de 2021 e em casos que o reembolso é pequeno, não se admire receber uma nota de liquidação. À pois é, não é própriamente uma GRANDE NOTÍCIA.
As famílias não irão ter um desconto no IRS como diz o titulo da noticia, irão sim poder usar uma taxa de retenção inferior. Quando chegarmos a 2024 irão pagar o mesmo valor de IRS, ou seja depois receberão um reembolso menor ou irão ter de pagar em vez de receber.
“As famílias terão de comunicar à entidade empregadora…” hum?
“Recorde-se que as regras fiscais em vigor, no que à habitação diz respeito, permitem aos devedores abater aos IRS o correspondente a 15% dos juros dos empréstimos da casa, até ao limite de 296 euros.”
Isto só é verdade para CH celebrados até 31 de Dezembro de 2011.
Atenção que não é desconto. É uma redução do que deveria reter durante o ano de 2023 com acerto na entrega do IRS em 2024.
Perfeito, essa gente irresponsável mete-se nos créditos e depois se corre mal ganha ajudas, muito bem.
Apesar de em parte muitos créditos foram feitos com irresponsabilidade – culpa seja das pessoas como também dos bancos e permissibilidade do sistema – é preciso ter cuidado quando se “cospe para o ar” porque um dia pode cair na propria cabeça.
Muita gente foi quase empurrada para comprar casa porque não conseguia pagar as rendas. Para muitos é mais “lógico” para o orçamento familiar comprar uma casa e pagar 300-400€uros com taxa variavel do que pagar uma renda de 600-800 euros pelo menos tipo de casa e se calhar com menos condições. Mas algumas familias isto até pode ser suportável mas o problema são os casos em que a taxa de esforço já está esticada e, pior, o caso de pessoas que para pagar a entrada pediram créditos pessoais e agora pagam dois créditos. Os créditos pessoais normalmente têm uma taxa fixa mas são mais caros e agora com a taxa variavel a subir do credito habitação ficam com a corda ao pescoço.
No entanto, apesar de ser irresponsabilidade em alguns casos, diria que em alguns pode ter sido necessidade ou até falta de informação.
Quando fiz o meu crédito a habitação em 2020 pedi com taxa fixa e muitos me chamaram maluco porque ia pagar mais caro e os juros estavam baixissimos. Agora a minha taxa é menor que a atual ::) Acontece.
E os falsos trabalhadores independentes, excluídos? Discriminados??? Por*ra
Grande Costa. Só falta dar chamuças
Uma brilhante demonstração de como apresentar porra nenhuma…
Ha portugueses de primeira e de segunda linha… Porque e que ha limite nos descontos para quem ganha x? O sol nao nasce para todos?
Um salário de 2700€ mensais é o novo limiar de riqueza neste país.
Quem ganhar 3000 euros mensais, não deverá ter nenhum problema em aguentar juros de 17% nem a inflação de 8%. A não ser que possuam 10 casas de 20 milhões de euros e os arrendamentos não estejam a chegar aos 150000 euros anuais.
cuidado a assumir as despesas e situação das pessoas ^_^.
3000 euros mensais não é nada mau mas não é rico.
Tem noção de que 3000€ brutos mensais se traduz num ordenado de cerca de 2000€, já com subsidio de alimentação incluido de 7€/dia?
Como indico J Martins é um valor confortável, mas não faz de ninguém rico, com os valores de custo de vida atuais.
Mal dá para uma casa de meio milhão, quanto mais “10 casas de 20 milhões”…
Nem confortável é para quem vive em Lisboa, qualquer jantar fora para 2 são 100€, qualquer renda supera os 1000€, basta juntar filhos e colégios na equação que isso torna-se uma pobreza.
Costa o grande ilusionista 😉 O melhor de todos os tempos, faz parecer uma coisa e depois da magia fica outra. A malta bate palmas, ri e no fim é tudo uma cambada de boys. Porteiro, pá! Que tristeza de país este…
Ilusionista no seu melhor.
Mais um expediente do governo PS…
Temos de ser sérios: “a opção de redução da retenção na fonte prevista”,”
Isto não é desconto no IRS. A tributaçaõ do IRS vai ser a mesma.
A pessoa vai, se entrar com toda a papelada na AT, vai ter menos retensão na fonte todos os meses mas, na altura de fazer o IRS no ano seguinte a pessoa poderá :
1- ter uma redução do que lhe é devolvido no IRS em Abril/maio. Esta é a situação ideal.
2 – continuar a zeros (não paga nem lhe é devolvido) porque as despesas continuam a bater certo com os descontos. Pode ser o caso para quem antes recebia pouco na devolução.
3 – passa a pagar mais IRS porque descontou menos durante o ano em retensão na fonte. Para estas situações, se as familias já estão apertadas, será que vale a pena o risco? Conseguirão elas fazer poupança durante o ano para pagar depois isto? Se pagarem às prestações o IRS, vão cosneguir pagar a prestação da Casa + o IRS a partir de setembro de 2024?
Isto, a meu ver, é uma medida que não deve ser muito celebrada por todos que têm crédito à habitação. devem ponderar bem a situação porque, no seu caso, pode correr pior do que ajudar.
Quem retém é o patrão e não a AT.
O ponto 3 está completamente errado, o que pagamos de IRS é um valor anual, para o qual adiantamos um pagamento mensalmente, e que depois é acertado no ano seguinte onde é devolvido o que se pagou a mais, ou temos de pagar mais algum porque pagamos a menos durante o ano. Dizer que se descontou menos se traduz em mais pagamento é errado.
Não está errado. No limite pode ter faltado a palavra “pagar mais no acerto do IRS”. Claro que as taxas de IRS não vão subir. Acho que olhando ao contexto do que escrevi antes daria para perceber o que quero dizer; não fosse isso então o ponto 1 e 2 também estariam errados dado a lógica ser a mesma: — reténs menos na fonte durante o ano então no acerto irás ver diferenças. Por alguma razão existe também a opção de se usar a taxa liberatória para subir o que se retém na fonte durante o ano para, na altura do acerto, o susto ser menor (isto é usado por quem todos os anos “paga” no acerto do IRS e, assim – como tem condições, aumenta a retenção para criar essa espécie de “poupança” para na altura do acerto o susto ser menor.
Infelizmente não dá para editar textos aqui no forum ^^
Curioso que não tocam no ponto mais importante:
O fim do pagamento de 0,5% a 4%, do valor em dívida para abater ou pagar um crédito. Esse sim vai sofrer grandes contestações da direita e da banca.
O reduzir 10-40 euros mensais, na retenção, mal será usado. Só mesmo se for para renegociar o crédito, em que o valor mensal líquido permite baixar a prestação negociada.
Tudo muito bonito, até que este orçamento não é mau.
Agora vai começar o circo, os partidos em vez de agora ajudar, vão atirar lenha para a fogueira e deitar abaixo os orçamentos como tem acontecido…..
Só visionários macro económicos e especialistas em finanças.
Devem de ser os mesmos especialistas em guerras, vírus, IT, agricultura e astrofísica. Obrigado senhores pelos seus comentários sobre tudo e sobre nada
A solução da habitação está na avaliação governamental do imóvel pelas finanças. Sendo que após avaliação a casa pode ser vendida entre 20% acima ou abaixo do valor do imóvel nas finanças.
Ex: uma casa avaliada em 100 000 euros poderia ser vendida/comprada entre 80 000 e 120 000 euros protegendo o comprador, o vendedor e o mercado.
O mesmo poderia servir de regra para o arrendamento, em que o valor mensal seria 1/400 de até 20% acima ou abaixo do valor da casa registada nas finanças