Como importar pastas IMAP de um backup de Outlook
O Outlook é um dos melhores clientes de e-mail para Desktop. As funcionalidades são muitas e normalmente são bastante intuitivas. Mas, como todas as ferramentas, há sempre alguns truques para realizar algumas ações.
Hoje vamos ensinar como importar pastas IMAP de um backup de Outlook.
Recentemente, a minha empresa teve necessidade de mudar de provedor de correio eletrónico. Quer com o provedor antigo, quer com o novo, as contas estavam configuradas como IMAP (por oposição a POP3) e optou-se por fazer a migração criando simplesmente cópias de segurança (ficheiros PST) a partir do Microsoft Outlook, com a intenção de mais tarde transferir a informação dessas pastas para as contas do novo provedor de serviços.
Até aqui tudo bem. A exportação de ficheiros PST a partir do Outlook é trivial e sua importação (ou simples “abertura”, o que não é a mesma coisa, mas tem o mesmo efeito prático) é igualmente simples.
Acontece que, no momento de abrirmos os ficheiros PST para repormos a informação nas novas contas de email, “caiu-nos tudo no chão”, como se costuma dizer: a informação não estava lá!
Ou estaria? Sabíamos – porque tínhamos testado os backups e certificado de que tudo estava bem – que os ficheiros estavam bons e o seu tamanho (vários GB) era também indicativo de que deviam lá ter a informação exportada. Mas a verdade é que não aparecia nada no Outlook.
Depois de muitas voltas e consulta à documentação, lá descobrimos o problema. Acontece que o Outlook, não por omissão (qualquer “bug”) mas sim por feitio (ou seja, “by design”) não mostra efetivamente as pastas IMAP em ficheiros PST. Ou melhor, não mostra com os parâmetros predefinidos. Mas é muito simples – embora pouco óbvio – alterar as definições de forma a que isso aconteça.
Para todos os que possam já ter-se confrontado (ou vir a confrontar) com este problema, aqui fica a solução.
Passo 1) Já agora, comecemos pelo princípio. Sabe como criar um backup no Outlook? É simples (mas, mais uma vez, não totalmente intuitivo): clique em Ficheiro, depois na opção Abrir e Exportar na barra azul lateral e, finalmente, no botão Importar/Exportar.
Passo 2) Não aceite as predefinições. O que pretende é a segunda opção, “Exportar para um ficheiro”. Clique em Seguinte e depois escolha Ficheiro de Dados do Outlook (.pst).
Passo 3) Está quase. Selecione a conta pretendida (clique mesmo no nome da conta) e certifique-se de que a opção “Incluir subpastas” está também selecionada.
Passo 4) Escolha a pasta para onde quer exportar o ficheiro. A última janela dá-lhe a opção de usar ou não uma palavra-passe.
Passo 5) Já está. Agora vamos à parte que realmente nos interessa, que é a da importação da informação que ficou no ficheiro. Pode voltar ao menu Ficheiro para abrir o ficheiro e agora escolha a opção “Abrir Ficheiro de Dados do Outlook”.
Passo 6) Navegue até ao local onde gravou o PST e abra-o. Não se assuste ao descobrir que não está lá a informação que era suposto estar. Clique em Ficheiro de Dados do Outlook (o ficheiro que acabou de abrir) e, em baixo, clique em “…” e depois em Pastas.
Passo 7) Depois, identifique a pasta IMAP de raiz; provavelmente será Caixa de Entrada, Inbox ou similar. Depois (mas só depois!), clique no separador Ver, na opção Alterar Vista (a primeira do lado esquerdo), Mensagens IMAP (idem) e, finalmente, “Aplicar Vista Atual a Outras Pastas de Correio”. E voilá! Todas as pastas da estrutura original surgem visíveis no ficheiro PST.
Caso pretenda, pode simplesmente copiar-e-colar as mensagens das pastas deste ficheiro PST para os novos locais de outra(s) conta(s) que tenha entretanto criado e configurado no seu Outlook.
Passo 8) No final, não se esqueça de “fechar” o ficheiro de dados que abriu. Caso contrário, o Outlook tentará sempre abri-lo cada vez que iniciar o programa. Para isso, clique em Ficheiro de Dados do Outlook com o botão direito do rato e selecione a opção respetiva.
Estejam atentos pois vamos lançar mais tutoriais sobre o Outlook. Se tiverem sugestões, enviem-nos que nós trataremos como todo o gosto.
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Este artigo tem mais de um ano
Ainda há empresas a usar IMAP e POP3? E PSTs também, nunca ouviram falar em archiving e politicas de retenção ou legal hold?
Certamente empresas que não são auditadas, deixem chegar Março de 2018 que eu começo a rir-me com as multas.
Um comentário verdadeiramente útil era explicares tudo o que disseste. Ou achas que toda a gente tem o mesmo nível de informação que tu?
O entendido em cima não sabe que empresas auditadas são uma minoria no tecido empresarial, e ainda menos no universo de utilizadores de email.
Sim, IMAP e POP3 vão viver por muitos e bons anos.
O entendido sabe que o GDPR está a chegar e que essa minoria de que falas há muito que devia ter seguido boas práticas da indústria de IT, em todo os meus clientes já só se usa SMTPS e emails assinados digitalmente, já para não falar com políticas de DLP e RMS em cima. Não se pode brincar aos computadores sem conhecer as consequências, e é isso que 90% das empresas faz.
Nem todas as empresas contam com colaboradores com tamanhos conhecimentos em “archiving e políticas de retenção ou legal hold”. Mas não vai ser causa disso que vão desaparecer.
Talvez o post tivesse sido bem mais positivo e bem mais revelador dos seus conhecimentos se tivesse feito uma abordagem construtiva em vez de uma premonição apocalíptica pela ignorância que muitos possivelmente sobre esta matéria.
Premoniçao apocalitica e basofia narcisista…
Não disse que iam desaparecer, só dei a entender que após o GDPR entrar em vigor vão levar com umas multas jeitosas 😉
Mais construtivo não poderia ter sido, contribuí para ajudar a largarem protocolos e metedologias do tempo da minha avózinha.
Interessante… o que é que os protocolos IMAP e POP3 têm que ver com arquivo de mensagens e políticas de retenção? A pergunta é retórica – eu respondo: nada. Como se costuma dizer nestes casos (ou, pelo menos, *eu* costumo), “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”.
Santa paciência…
BTW, para quem pretenda saber um pouco mais sobre sistemas de email e quais os prós e contras de cada um, este é um link útil – mas não para si, José, que já sabe tudo sobre o assunto! 😉 http://www.envisionup.com/blog/pop3-imap-microsoft-exchange-email-platform-use/
Caríssimo Tony, não tem nada a ver como é lógico, por isso teve pontuação a separar os temas, se quiser posso fazer parágrafo e mudar de linha se isso ajudar ao seu entendimento.
Santa paciência 🙂
Sim, tenho centenas de clientes a usar email, e assentam em vários clientes e até webmail, mas o MS Outlook é de longe o mais usado seja IMAP ou POP3. E deve continuar por muito tempo, não sei do que está a falar…
Já ninguém usa IMAP ou POP3, não sei que clientes são esses, devem ser empresas de vão de escada, o standard há alguns (longos) anos que é MAPI para receber e SMTP, de preferência com TLS, para enviar.
Resposta típica de um especialista especializado em especialidades.
Desmistifique lá o que quer dizer com archiving, politicas de retenção e legal hold, para menos iluminados como eu saiba em que medida isso é melhor que os protocolos abordados neste artigo e já agora se leu com atenção o GDPR.
Archiving, retenção e legal hold serve para combater a praga dos PSTs que não sei como ainda existem empresas com essa permissividade, já vi muitos processos em tribunal e muita fuga de informação de empregados despedidos por causa de PSTs. A questão é que nenhum patrão se quer molhar, mas muitos andam à chuva.
E sim, conheço o GDPR de cor, caso contrário não sei o que faria a trabalhar na área que trabalho, como muitos “especialistas” que trabalham com POP’s e IMAP’s (não confundir com POPS ou IMAPS) 😉
A propóstio, existe alguma forma eficaz de bloquear mensagens de correio electrónico indesejado – SPAM, sem que esta nos volte a incomodar? Refiro-me, em concreto, aos emails (…)xx.pharma.xx, que, por mais que os bloqueie, quase todas as semanas surgem com endereços diferentes, embora similares, sendo comum, apenas a palavra “pharma”
Uma opção é criar um filtro com a palavra “pharma” ,por exemplo, no domínio e ir criando excessões conforme forem surgindo.
O MS Outlook permite criar Regras que automatizam ações, de acordo com as características das mensagens.
Por exemplo, podes criar uma regra que envia para o lixo todas as mensagens com a palavra “pharma” no corpo do email.
Talvez o Pplware possa dedicar um artigo à criação de regras no Outlook e em outros programas/serviços de email.
Como este?
https://pplware.sapo.pt/truques-dicas/dica-aprenda-a-criar-regras-no-microsoft-outlook/
TekMan, o Pplware já fez há uns tempos um artigo sobre criação de regras para combate ao spam:
https://pplware.sapo.pt/truques-dicas/dica-aprenda-a-criar-regras-no-microsoft-outlook/
Obrigado, desconhecia o artigo
Obrigado pela dica. Já há uns tempos tinha criado diversas pastas e definido o encaminhamento dos remetentes para as respectivas categorias, no entanto, por qualquer motivo, não olhei mais para aquilo e não explorei devidamente essa funcionalidade. Qualquer das formas, voltei lá ontem e resolvi o problema 🙂
Ninguem utiliza o pop e imap…Mas o MAPI é o mais utilizado porque ?
Não me parece que empresas pequenas isso seja muito relevante se é por mapi ou imap.
No entanto podemos afirmar que para maior segurança, deverá configurar as contas, sejam elas POP ou IMAP com TLS/SSL.
Boas,
penso que não me enganei em nenhum passo a criar a exportação de dados do outlook mas quando fui fazer a importação nem aparece os dados das contas de correio, nem os contactos e só meia duzia de mails.
Alguma dica onde poderei ter falhado? Exportação de outlook 2007 para 2016 depois de uma instalação de raiz do windows. Obrigado
Me ajudou muito esse post, estava importando o backup realizado de um e-mail IMAP para .pst , mas ao importar O PST mostrava as pastas em branco ( SEM E-MAILS ) seguindo o passo a passo em EXIBIR > ALTERAR MODO DE EXIBIÇÃO > MENSAGENS IMAP , lá estava tudo !!!
O pessoal aqui perdeu o foco em agradecer o conhecimento partilhado e ficou perdendo tempo com um tal ZÉ sabe tudo, nosso mundo de analista Ti cada um faz de um jeito o importante e o resultado final.