Licenças pagas à Microsoft…
custam ao Ministério das Justiça 5 milhões de euros anuais! O Ministério da Justiça paga anualmente à Microsoft 5 milhões de euros em licenças de software. A empresa de Bill Gates é o principal fornecedor de programas informáticos da Justiça que está em fase de migração para software livre, em algumas áreas de actividade, com o objectivo de poupar custos.
A decisão foi alinhada pelo Governo nas Grandes Opções do Plano e tem vindo a ser posta no terreno de forma progressiva embora como sublinha Mário Valente, director do Instituto de Tecnologias de Informação da Justiça, o processo nunca venha a contemplar uma mudança radical para software livre.
Durante um debate sobre a utilização de software livre na Administração Pública, decorrido hoje na Torre do Tombo, o responsável - conhecido defensor da opção open source - sublinhou a possibilidade de coexistência entre software livre e software proprietário e referiu que as opções devem ser analisadas caso a caso, por forma a garantir a solução mais adequada para cada serviço ou função.
No caso do MJ está em funcionamento desde o ano passado um sistema operativo de código aberto que já tem uma segunda versão, o Linius, e estão também em marcha vários outros projectos com a mesma matriz.
Incluem-se aqui a criação de um Laboratório para a Iniciativa Open Source (um repositório de software), uma plataforma de portais, um sistema de controlo de custos VoIP, entre outros. Por outro lado, a organização afastou recentemente a hipótese de usar software livre na área da gestão documental por não encontrada uma alternativa suficientemente madura.
Mário Valente admite que não é racional equacionar uma migração rápida e total para o open source e lembra o peso da base instalada de software proprietário no MJ, bem como o histórico de utilização deste tipo de opção tecnológica, o que criaria sérios problemas num cenário de migração total.
Justiça não migra para o Vista
Nesta lógica a Microsoft manter-se-á um parceiro de peso do Ministério da Justiça, embora o organismo já tenha decido não migrar, pelo menos numa primeira fase, para o Vista. A decisão é fundamentada com razões económicas e humanas. "[Para já] Não temos condições financeiras e humanas para responder à instalação de 30 mil PCs e às exigências de hardware e impactos de compatibilidade nas aplicações que isso representa", detalhou.
Além dos encargos com a Microsoft o MJ gasta anualmente mais um a dois milhões de euros com licenças de software. Com a empresa de Bill Gates o actual enterprise agreement termina em 2007, altura em que o Ministério espera aproveitar para fazer uma renegociação mais vantajosa de condições.
Para as escolas, o Ministério da Educação estabeleceu com a Microsoft um entendimento para fazer um piloto com a nova versão do sistema operativo por forma a avaliar o interesse na migração, adiantou no mesmo encontro João Correia de Freitas do CRIE - Computadores, Redes e Internet na Escola.
Fonte: TEK Sapo
Este artigo tem mais de um ano
E quanto paga o MJ por ano à PT, pela realização de videoconferências para inquirição de testemunhas, com péssima qualidade do som e da imagem?
E quanto paga o MJ por ano na aquisição de material de gravação [autênticos “monos” (não é antónimo de stereo…)] para depois de concluir que nada se consegue ouvir?
E quanto gasta o MJ no pagamento de rendas de edifícios onde funcionam (às vezes até estão devolutos e/ou nunca foram utilizados) Tribunais?
Seguramente que vários milhões de euros….
Fica o link para uma notícia relacionada.
http://www.newsfactor.com/news/The-French-Say-Au-Revoir-to-Microsoft/story.xhtml?story_id=13000CYN8S0K
@jff
Há que poupar no que se pode. Ou sugeres que os julgamentos sejam feitos ao ar livre?
@nuno
Há que poupar no que se pode. Ou sugeres que os julgamentos sejam feitos ao ar livre?
Sugiro que sejam feitos em edifícios próprios (do Estado), porque o dinheiro que se gasta anualmente em rendas dá, com toda a certeza, para construir Tribunais de luxo!
O despesismo (autêntico regabofe) de quem tem dirigido os destinos da Justiça (e não só…) em Portugal é criminoso, porque ninguém é responsabilizado (como deveria) pela gestão que faz dos dinheiros públicos.
Ai meu deus!
Em Espanha mais de 70% dos departamentos governamentais é usado o LinEX, especialmente desenvolvido por universidades e instituições governamentais. No Final a coisa saiu funcional, barata e o suporte anual é baseado pelas universidades que ficam a cargo de renovar o sistema.
E eu pergunto! Nós temos o caixa magica! Pode não ser o melhor, mas também não é o pior! Porque é que não se põe mãos ao trabalho, investem esses tais 5 milhões, dão trabalho a muita gente, desenvolvem as actividades tecnológicas nacionais e no final tem um sistema autómato nacional e sem qualquer custos milionários para com empresas estrangeiras. Assim estaríamos a investir no que é nosso.
E em muitos postos de trabalho do estado um terminal com Linux e OpenOffice chega muito bem para desenvolver tarefas básicas como escrever e-mails, processador de textos, apresentações gráficas, relatórios, tabelas, bases-de-dados, etc
Haja dinheiro…
@jff
não tinha percebido o ênfase no teu primeiro post 😉
pq esse 5 milhoes n sao gastos em desenvolvimento de software propiro feito em portugal por escpecialista portugueS? criava-se assim um polo de investigaçao a longo prazo e enquadrava-se no plano teclonogico e tambem gerava emprego e especializaçao?
O MJ está dando suporte a uma distro especifica para eles julgo que se chama LISA
E quanto é que o MJ gasta em habitações que são cedidas de “borla” a magistrados, funcionários e não funcionários judiciais?!
Se o problema fosse somente o Software…
Aliás, na realidade o software, e nomeadamente o software proprietário, nem sequer deve ser associado a matéria de despesismo. Tratam-se de ferramentas de trabalho e um só fundamento, produção.
Diga-se o que se disser e independente da perspectiva (livre ou não), o software têm custos e, no meu entender, esses não devem ser julgados nem equacionados mas, sim, repensados e aplicados numa óptica de rentabilidade. Aí não há dúvidas que o software proprietário ganha, por muito, ao software livre. Ainda está para aparecer a ferramenta livre que inspire verdadeira confiança ou pelo que menos que disponha de índices de qualidade, de forma a que possa ser adoptada em larga escala e com aspirações de futuro.
@Nelson Lopes
“Diga-se o que se disser e independente da perspectiva (livre ou não), o software têm custos e, no meu entender, esses não devem ser julgados nem equacionados mas, sim, repensados e aplicados numa óptica de rentabilidade. Aí não há dúvidas que o software proprietário ganha, por muito, ao software livre.”
Para funções mais complexas, é verdade que o software proprietário ganha em relação ao software livre (os custos de mudança e de eficiência são enormes, sendo preferível pagar pela utilização do software a que já estão habituados).
Agora, para uma série de funções mais simples, o software livre funciona perfeitamente. Os custos de mudança e de eficiência neste caso são minimos, e o deixar de pagar tanto dinheiro à microsoft, mais que compensa os poucos custos envolvidos no processo.
Neste tipo de casos, a migração não deve ser uma opção, mas antes, uma prioridade – especialmente se estamos a referir-nos ao Estado, onde o dinheiro é de todos nós.
É por isso que a maior parte das empresas operadoras de chamadas telefónicas (call centers) por esse mundo fora, já estão a mudar para o software livre.
Isso é neste Ministério.. agora imaginem o que a microsoft lucra com as centenas de milhares de licenças que os ministérios pagam pelos seus “Microsoft Enterprise Agreement”. Isso não teria nada de mal se efectivamente as licenças que se pagam fossem usadas para os efeitos de trabalgo efectivo… mas pareceme que não é bem parai isso, senão vejamos: Office Completo… gostaria de saber quantas pessoas neste país ao nível das maquinas que são abrangidas por esse s tipos de acordos, usam na plenitude todas as ferramentas que a MSFT comoca no pacote. Quantas pessoas usam o Access? Quantas pessoas usam o Powerpoint para fazer apresentaçãos (serão mais do que as que usam o access, certamente…) mas para a grande maioria, um viwer servia perfeitamente para ver a quantidade de mil’s que recebemos de e-mil’s de serviços do Estado que os funcionários Públicos usam enquanto estão “A trabalhar”
O que digo, e em forma de resumo: a MSFT quase que impõe a sua Suite, paga-se 60 contos por ano/máquina de sistema operativo + Office completo, eísto é uma renda… sempre todos anos a RENDER para o Amigo Bill Gates.
Julgo que uma RENEGOCIAÇÂO nas condições destes contratos EA não seria nada mal pensado… o país agradecia, nomeadamente os Cofres do Estado… Pensem nisso, senhores!
Este é um caso ambiguo, ou se tem o melhor serviço ou poupa-se no orçamento, tudo o que tem a vêr com o Ministerio da Justiça em Portugal está lento e arcaico, nos tribunais os processos acumulam-se em pilhas e todo o equipamento informático e de som e imagem é do seculo passado , a Judiciária não tem dinheiro para veiculos nem investigação, eu acho que um ministerio com a importancia do da Justiça devria ter material de ponta e equipamento de primeira software incluido sem se olhar a despesas talvez assim isto andasse mais direitinho e não existissem tantos escandalos. Li acima um comentador muito preocupadinho com as casas dos Magistrados, é que a maioria nem lá habita dada a falta de dignidade das mesmas, preferem pagar do seu magro salário, sim é um escandalo um Juiz ganhar o que ganha enquanto em Espanha por exemplo ganham o triplo, um cargo que deveria ser incurruptivel deveria ter um ordenado a que isso permiti-se e com a dignidade merecida. Venham melhores condições para a Justiça é a palavra de ordem .
Bem Haja
Carlos
@Im MrKs
claro que precisam do powerpoint. Senão como é que abriam as apresentações com cãezinhos e bebés? Outras coisas essências para produtividade são o solitaire e o msn messanger.
Não foi no MJ que arranjaram um tacho prá filha do ministro estar a actualizar conteúdos da internet e a ganhar uma batelada de euros por mês?
Está-se a discutir racionalização de custos e rentabilidade numa casa onde começa por faltar moralidade???…
Se não me engano é o governo espanhol, para além do governo francês, que utilizam Linux em vez do Windows.
Não vejo como podem fazer retenção de custos a pagar milhões de euros em licenças…
A nível de ensino muitas empresas hoje pedem conhecimentos de Linux ou Mac, porque é que raramente vemos isso nas escolas?
Não gosto de esta mania dos responsáveis portugueses irem sempre atrás do que é feito nos EUA…deviam seguir melhor os exemplos europeus.
@Carlos
Na minha modesta opinião, não é um avultado vencimento mensal que dá dignidade a um juiz e lhe permite não ser corrupto!
A formação de uma pessoa, a sua dignidade, não se pode medir pelos numeros da conta bancária…
@Lápis Azul
No meu pensamento utopico também partilho a tua opinião, mas na nossa realidade infelizmente a conta bancária fala mais alto. A maioria das pessoas com um curso superior pensam que não estudaram tantos anos para ganhar o mesmo que um pedreiro. E também acham que devem levar uma vida socia de acordo com o cargo que ocupam.
Bem Haja
Carlos
PS Com este comentario nao estou a tirar dignidade há profissão de pedreiro
E venha o Linux…ponham o pessoal da função publica a ter formação, porque eles não são nenhuns burros e comece-se a trabalhar no linux….