Itália proíbe o auto check-in em alojamentos de Airbnb: será que a moda vai alastrar?
O principal motivo parece ser o combate ao terrorismo. Mas é também uma forma de tentar disciplinar o algo caótico negócio do alojamento local. Itália proibiu o auto check-in no alojamento Airbnb: e quer os pequenos cofres com código fora da paisagem. Os gestores devem conhecer a quem alugam o espaço.
Airbnb: Auto check-in tem permitido "abrigar" terroristas
Muita gente já alugou um espaço na plataforma Airbnb e nunca pôs os olhos em cima do proprietário. Basicamente, chega-se à morada previamente arrendada, há um pequeno cofre com um código, que depois de aberto disponibiliza a chave da habitação.
Bem, esses dias estão prestes a acabar em Itália, após o país ter aprovado uma proibição de auto check-in e uma das razões é... o combate ao terrorismo. Mas quem aplaude entusiasticamente a medida são aqueles que temem que as principais cidades acabem por ser como que esmagadas pelo turismo e pela indústria que o alimenta.
Assim, e de acordo com o Ministério do Interior italiano, serão destacados agentes da autoridade para garantir a remoção de caixas de chaves e teclados de propriedades com auto check-in.
E se em Itália todos os inquilinos, independentemente da duração da ocupação, devem ser registados nas estações de polícia locais, o que aconteceu nos últimos anos é que os gestores de propriedades têm enviado fotocópias ou imagens de telemóvel para um serviço de mensagens para cumprir com a regulamentação. Agora, terão de fazer verificações físicas presenciais.
Segundo os responsáveis políticos italianos, a nova regulamentação é necessária para "implementar medidas rigorosas destinadas a prevenir riscos para a ordem pública e a segurança em relação ao possível alojamento de pessoas perigosas ou ligadas a organizações criminosas ou terroristas".
É preciso não esquecer que o país se prepara para em 2025 receber alguns eventos que deverão arrastar milhares de turistas, como é o caso do Ano Jubilar do Vaticano ou os Jogos Olímpicos de Inverno, em Cortina.
Cidades saúdam medida
Os governos locais já saudaram a medida, que segue uma proibição de caixas de chaves emitida pela cidade toscana de Florença em meados de novembro. O prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, disse à CNN que aplaudiu a proibição, afirmando que os cadeados e as caixas de chaves "desfiguram as nossas ruas" e declarando que é "boa notícia para todos".
Expresso a minha apreciação por uma decisão que tenho esperado há algum tempo, que esclarece e garante uma melhor prevenção de abusos, controlos de acesso mais eficazes e um freio inicial à concorrência desleal.
A ministra do Turismo da Itália, Daniela Santanché, chamou a proibição de "um passo essencial para prevenir riscos e garantir uma experiência turística pacífica e positiva".
Em comunicado, a plataforma Airbnb disse levar a segurança a sério e que apoia os esforços oficiais para combater as caixas de chaves ilegais em espaços públicos. No entanto, defendeu os auto check-ins como "uma opção conveniente para ambos os anfitriões e hóspedes gerenciarem as chegadas de forma flexível".
A proibição dos auto check-ins nos alojamentos em Itália marca um novo capítulo na gestão do turismo no país. Os turistas devem estar preparados para uma experiência de check-in mais tradicional, onde a interação pessoal com os anfitriões se tornará a norma. Será que a medida se vais alastrar a outras cidades europeias?
Apoiado, espero que a mesma Lei seja posta em prática em Portugal.
Podia citar muito mais situações não descritas no artigo, mas por ser tantas e extensas apenas deixo o alerta.
Pequeno cofre com código para fazer Check-in é altamente perigoso, contudo abstenho-me na remoção das mesmas, deste que, haja critérios que não prejudique a desfiguração das propriedades, pois estas tem outras utilidades nos alojamentos. Exemplo, as senhoras da limpeza poderem usar.
Em zonas de surf, por exemplo, é muito comum terem portas com código ou caixas de chaves. A malta sai de casa literalmente com o fato e prancha e sem chave.
Já quanto às fechaduras de código, se for um código por cada reserva, tudo bem, agora como já apanhei o prédio ter o mesmo código para todos… e que aposto nunca é mudado, qualquer pessoa lá entra, mesmo depois de sair.
Lá vão os custos aumentar no aluguer bem como os custos dos atrasos por causa dos voos 🙂
Lá vem a alfinetada do costume ao AL. Não é mau ser ladrão, mau é ser apanhado. O auto check in promove o terrorismo tanto, quanto os caixotes de lixo na rua, ou as caixas de correio, ou os marcos de correio… Vai proibir isso tudo?
Usam sempre o terrorismo e o combate ao branqueamento de capitais para justificarem o aumento do controle sobre tudo e todos. Qualquer dia até as cuecas vão passar a ter legislação apertada para combater o terrorismo .
não há controlo nenhum adicional por parte das autoridades daí que a tua afirmação não faz qualquer sentido.
o controlo adicional, se é que lhe podemos sequer chamar isso, é da parte dos anfitriões uma vez que vão ver os hóspedes pessoalmente ou contratar alguém para o fazer, contribuindo até para uma eventual diminuição do desemprego se optarem por esta última hipótese.
aliás muitos alojamentos em grandes cidades pertencentes a anfitriões diversos são já geridos por uma única entidade/pessoa responsável por fazer os check-in. também em muitos casos essas entidades/pessoas têm várias outras pessoas contratadas, a quem pagam por cada check-in feito, para que esses mesmo check-in possam ser feitos 24h por dia, 365 dias por ano
Concordo plenamente.
Alugamos quarto em Zurique pela Booking.com e quando chegamos o lavatório da casa de banho estava entupido e tinha água suja. Tivemos que ligar para um número de telefone suíço. Ficamos com a ideia de que era una empresa gestora que teve bastante dificuldades em aceder à nossa reserva, não nos garantiu a resolução imediata do problema, dizendo que não dispunham de pessoal para consertar o dito lavatório e que só o fariam no dia seguinte. Só quando me alterei é que se dispõs a resolver e após uns 15 minutos de espera nos trocou de quarto.
Na ótica do cliente também é muito bom a abolição do self check in.