IT Fair Contracting – chegou a Revolução no Outsourcing IT
As empresas intermediárias, as chamadas empresas de outsourcing, são responsáveis pela contratação de milhares de profissionais de tecnologias de informação. O problema é que muitos deles ficam “reféns” deste tipo de condições contratuais que nem sempre são as mais justas.
A Job Deploy vem apresentar uma alternativa dirigida ao mercado nacional: uma plataforma de IT Fair Contracting, que se afirma como um meio justo e transparente de contratar profissionais IT.
Os contratos por outsourcing são hoje uma solução para muitas empresas que não podem aumentar o seu quadro de pessoal ou simplesmente têm projetos que exigem algumas competências técnicas apenas por um período de tempo determinado.
Alguns dos melhores projetos IT estão neste momento em empresas que só contratam indiretamente, o que torna difícil para um profissional aceder a este tipo de oportunidades. No entanto, as empresas de outsourcing, na qualidade de intermediários, apropriam-se de uma fatia significativa do valor gerado pelo trabalho dos profissionais IT. A prática normal do mercado situa-se entre os 20% e os 40% e há que dizer que esta não é situação mais favorável para os trabalhadores, com muitos deles acabando por ficar presos a este método de trabalho durante anos.
IT Fair Contracting - a alternativa
A Job Deploy vem apresentar uma alternativa: uma plataforma de IT Fair Contracting, inovadora e que quer ser um meio mais justo e transparente de contratar profissionais IT. Mas em que medida?
Esta plataforma dará aos profissionais IT mais poder para gerir a sua carreira e elimina os intermediários, beneficiando de total transparência sobre a forma como é distribuído o valor pago pelo cliente.
Os profissionais estabelecem um contrato de trabalho com a Job Deploy e utilizam a plataforma para viabilizar a sua presença em determinados projetos. A plataforma fica apenas com um fee de 10% para cobrir os custos de financiamento e dos serviços prestados.
O projeto afirma-se como uma nova opção para os profissionais IT que querem uma relação mais transparente com o seu empregador e que gostariam de ter um salário mais elevado.
Uma revolução do setor - Upgrade your life
O IT Fair Contracting promete ser uma autêntica revolução no setor, criando uma comunidade de profissionais que controlam diretamente a sua carreira e o seu crescimento profissional. Esperam-se, nos próximos meses, mais novidades e funcionalidades da plataforma que aproximem ainda mais os profissionais das empresas, contando, em três anos, ultrapassar os 1.000 membros.
Com base nos quatro princípios do IT Fair Contracting enunciados no Manifesto, transparência, justiça, reconhecimento e responsabilidade, a Job Deploy estará a promover esta nova forma de acesso ao emprego sob o slogan Upgrade your life.
Este artigo tem mais de um ano
Tudo muito bonito, mas …..
Pelo formulário de registo na JobDeploy, dá para ver ao que vêm. Preenchimento obrigatório de dados contratuais actuais, tais como:
– Cliente onde está colocado;
– Função que desempenha;
….
– Nome do responsável no cliente;
– Email do responsável no cliente … 🙂
Esta última então é de rir. Não sabem o que são dados confidenciais?
Resumindo, pretendem os dados do cliente porque assim a papinha está toda feita mas pode correr muito mal para o consultor por divulgar dados confidenciais.
Até que enfim alguém começa a fazer alguma coisa!
O que é alguma coisa?
“Acabar com os intermediários”, criando uma empresa intermediária?
mais do mesmo…com outro nome
Ia comentar isso.. Obrigado por me poupares as teclas
Ninguém começa a fazer nada, só são transparentes quanto aos valores, o resto é tudo igual.
Finalmente.
O outsourcing é um veneno na nossa sociedade.
Há quem lhes chame a p.. da programação.
Não estou ligado ao Outsourcing, mas este serviço parece um pouco caro. Pela simulação que fiz, com um rate mensal de 1500€ dava menos de 750€ de salário líquido. Não sei quanto fica numa “empresa normal”. Nas não acho que seja bom para quem quer fazer trabalho remoto.
Até gostava de saber mais opiniões.
Tinha feito o mesmo teste e exactamente com o mesmo valor.
Fiquei na dúvida se era bug.
Pedro, as consultoras na praça muitas das vezes (em praticamente todas, há exceções muito pontuais) pagam aos consultores uma pequena fracção do que cobram ao cliente.
Imagina que tu para prestares um serviço queres uma remuneração liquida os tais 1500€ líquidos, a consultora para te pagar esse valor mensal cobra cerca de 4500 a 5000€ ao cliente (sim é verdade, por vezes mais), sendo que o teu salário bruto mensal (engenharia deles) é bem menor que o valor correcto para ganhares os tais 1500€ (imagina 1100€ brutos) depois o restante é pago em modo de “despesas”, “deslocações fictícias” e subsídios de alimentação, duodécimos de ferias e natal, etc… até chegar ao valor que pediste. Quando fazes as contas ao ano é que vês a diferença.
Na verdade aquilo que é cobrado pelo teu trabalho é obsceno face aquilo que tu recebes, e essa é a grande razão pela proliferação das consultoras neste país. Faz lembrar um pouco o tempo de ouro de wall street, eles tao-se a marimbar se o teu projecto dura 2, 3 ou 5 anos, um dia termina e vais para outro lado, se não vais, vem outro…
Se souberes fazer a coisa bem até ganhas com isso mas sair desse mundo é difícil. Para te dar um exemplo pratico (o meu) estive ligado a uma consultoraseca dessas todas super nices, mega fixes e caturreira (uma m€rda igual as outras) passei de 1400€ brutos para 2700€ brutos (interno numa empresa normal) e o meu salário liquido não mexeu um cêntimo. É obra…
A rate que eles estao a falar é a rate que vão buscar ao cliente. Ou seja, é uma rate de X * 11 (Porque o cliente so paga o tempo de trabalho).
Desse total têm de sair vários descontos, subsidio de férias e de natal. E mais 20% a 40% para quem anda a mamar a conta do trabalho dos informáticos.
Como assim? Isto é uma empresa normal. Se tens uma rate de 1500€ o cliente está a pagar a esta empresa 1500€.
Esses 1500€ que são cobrados ao cliente já vêm com IVA, ou seja já são menos 345€.
A empresa recebe dos supostos 1500€, apenas 1155.
Tiras 10% de lucro para a empresa, já só sobra 1040€.
Depois não te esqueças que a empresa ainda tem de pagar a TSU que são mais 23,75%
Uma rate mensal de 1500€ como vês não é nada e é claro que dá 700 e poucos euros.
Das duas uma, ou não fazes ideia como funcionam os salários ou não percebeste o que de facto é a “rate”.
Mas no fundo é mais uma “consultora” como Olisipo ou Reditus, apenas cobra menos que as mesmas.. As pessoas continuam a trabalhar como “consultores” e não como internos.
Ou percebi mal?
Exacto.
A diferença é que o fee deles segundo dizem é fixo.
É tipo como o Google Play ou App Store. Dão-te um espaço para teres a App e mamam um bocado na teta.
É mais ou menos isso, tem um bonus relativamente à Reditus, esta empresa, como é nova, por enquanto ainda paga o ordenado 🙂 A Reditus não!!
Lol.. Chamar a isso “consultor”, mesmo que com aspas é de rir. Uma consultora e consultores nada têm a ver com esse modo operando nem com essas práticas de trabalho.
Exato… A diferença é que estes não pagam segurança social nem contratam os recursos…
Dizem que cobram menos, tudo bem, mas continuo sem perceber porque é que alguém fica com 10%. Podem recrutar e receber pelo serviço prestado com base na minha remuneração, mas a partir do momento em que estou no cliente, devia receber 100% do que o cliente paga e não ficarem na mama ad-eternum por um trabalho que já não estão a desenvolver.
O meu problema é que está instalado um sistema de mama e cunhas em portugal em que os Clientes nem sequer aceitam pagar a trabalhares freelance, ou vais pela empresa X dos amigos ou não entras.
acho que não estás a compreender o conceito de outsourcing… O problema é que o cliente final não quer contratar diretamente para não aumentar os quadros. Logo, tem de haver um intermediário, daí ficarem com uma fatia. Esse intermediário é uma empresa de serviços que tem de ter lucro. Para além disso, tem de pagar o pc com que vais trabalhar, o teu subsídio de férias e natal (que o cliente não paga porque só estás lá a prestar um serviço), TSU, SS, etc. etc.
Compreendo sim senhor. O meu cenário é como se faz, por exemplo, no Reino Unido e em Espanha nalguns sítios, onde tenho conhecimento de causa exactamente de como é feita a situação.
O trabalhador não tem que pertencer aos quadros da empresa. Em portugal fala-se em precariedade precisamente porque é possível contratar sem inserir nos quadros durante X anos.
O que eu quero é receber 11*5000 (ou qual for a minha rate) e cortar quem se encontra no meio. O dinheiro extra que pagam às empresas de outsourcing podem simplesmente pagar 1/10 disso por um departamento de recursos humanos que faça processamento salarial.
O Outsourcing tem lugar em necessidades pontuais de certos clientes que precisam de mais 3 ou 4 pessoas durante 3 a 6 meses para o push final. Aí não faz sentido o cenário que tracei ou sequer ter departamento de recursos humanos. Mas todos os projectos de outsourcing onde estive inserido até agora são projectos com necessidades permanentes e onde o único objectivo do outsourcing é espalhar dinheiro pelas mãos dos intermediários. Isto é chulice e o facto de 90% da oferta ser nestes moldes é estúpido.
Se não és interno, quem é que te paga? com que dinheiro?
Não sou interno. Recibos verdes. Não fazes parte dos quadros. Não é difícil de perceber que passar recibos a título individual não implica um contrato laboral que te enquadre nos quadros.
aquele simulador não reflete a realidade do outsourcing, a maior parte do pessoal outsourcing recebe ajudas de custo etc… que ajuda a ter um liquido mensal maior… não vai tudo ao base… e os rates realizados por eles não são nada de especial…
Acho que há aqui variantes que não são retratadas.
Como o Zé Sousa disse e bem, muitas, se não praticamente todas, arranjam “truques” para que os consultores recebam um bocado mais, prémios em seguros, deslocações “fantasmas”, km’s, etc o que dá para um consultor IT, mesmo nessa situação precária, muitas vezes, conseguir safar-se com mais algum.
Neste caso, não me parece que isso exista, o que trocar burro por cavalo, não sei quem irá na conversa.
De qualquer forma, é preciso inovar e haver oportunidades e se esta for mais uma, mesmo que diferente e com o mesmo cheiro, é bem vinda.
Eu próprio já pensei em ser o meu próprio intermediário… a empresa para quem trabalho paga 5x mais do que eu recebo. No entanto há muito mais pelo meio q a empresa exige, como espaço, materiais, certificações e segurança que não é fácil ter como individual. Parece-me mais um intermediário a tentar a sua sorte.
Neste caso eles parecem querer é fazer lucro com os dados.
E relativamente as empresas de outsourcing e trabalho temporário deveriam preencher as necessidades precisamente temporárias, se usam essa desculpa para preencher quadros permanents então mais não são do que cancros a remover do mercado de trabalho.
Sabem lá as devolucoes de valores que as próprias empresas recebem por baixo da mesa vindas das empresas outsourcing de modo a compendarem os gastos avultados. No meio disto tudo o programador ou outro pessoal de it contratado precariamente é que perde sempre. Isto até dava matéria para uma reportagem do Sexta às Nove.
outsourcing = escravidão
outsourcing = corrupção
outsourcing = falta de qualidade