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Intel deve juntar-se à onda de demissões das grandes tecnológicas

Muitas das grandes empresas de tecnologia têm estado a apresentar quebras nas suas receitas e as perspetivas para o futuro não se revelam animadoras, considerando o estado da economia global e toda a incerteza que paira sobre a guerra e sobre a crise dos combustíveis. Muitas destas empresas já anunciaram reestruturações que passam pelo cancelamento de projetos e pela consequente dispensa de pessoal.

A Intel é a mais recente visada. A quebra nas vendas dos seus chips de consumo poderá estar a ser apontada como uma das causas para um despedimento coletivo anunciado ainda este mês.


Intel vai despedir

A Intel deverá estar a planear cortes substanciais de pessoal face à quebra da procura e de produção de chips de consumo da empresa, o que, no fundo, é uma consequência da desaceleração generalizada do mercado. O Bloomberg avança mesmo que poderão ser despedimentos na casa dos milhares.

As demissões irão afetar particularmente as equipas de vendas e marketing da Intel, afetando cerca de 20% dos membros da equipa, considerando que tem atualmente 113.700 funcionários. Os cortes serão anunciados “já neste mês”, aquando da apresentação dos resultados financeiros do terceiro trimestre da Intel, a 27 de outubro.

Um mercado em recessão

Depois de dois anos de vendas em alta durante a pandemia, o mercado de PCs está a abrandar e com dificuldades. Face a 2021, neste terceiro trimestre houve uma queda na ordem dos 15%, segundo dados do IDC. Já o Gartner avançou com números que apresentam quebras nas vendas em quase 20%, um declínio mais acentuado desde que se a analista começou a acompanhar a evolução do mercado, na década de 90.

Estamos a falar de números que representam o momento regresso às aulas, com muitas promoções a acontecer por todo o mundo para incentivar ao consumo. Contudo, a pandemia obrigou muitos consumidores a adquirir um computador para fazer face às necessidades de ensino à distância, por isso, têm computadores relativamente novos.

Depois há o fator da instabilidade económica que leva a que os produtos tecnológicos deixem de estar no topo das prioridades das famílias.

A Intel, em julho, com a apresentação de resultados do trimestre anterior, já tinha relatado algumas dificuldades. As vendas de chips ao consumidor final caíram 25% e a receita geral 22%. Já na altura o CEO da empresa revelou que estaria a reduzir as despesas principais no ano civil de 2022 e que iria tomar medidas adicionais no segundo semestre do ano, onde poderão ser incluídos os tais despedimentos.


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