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Ford não quer elétricos com 1.000 km de autonomia: são economicamente insustentáveis

Será, porventura, justo dizer que a autonomia é o calcanhar de Aquiles dos elétricos – ou um dos. Se, por um lado, há fabricantes a trabalhar no sentido de melhorar as suas propostas, por outro, a Ford defende que 1.000 km de alcance são um problema.


O difícil, neste momento, é não ouvir um proprietário de um carro com motor de combustão a defender que, a bordo do seu veículo, faz n km de estrada, sem precisar de parar para o carregar. Na verdade, é o argumento que mais adeptos reúne.

De modo a ultrapassar esta barreira da autonomia, há empresas empenhadas em conquistar grandes autonomias, como 1.000 km. Exemplo disso não é a Ford:

Tudo o que oiço são estes anúncios de alcances de 724 km, 805 km… Essas baterias são enormes. Se tivermos baterias assim, não podemos ganhar dinheiro. Não estamos a tentar chegar aos 966 km… Estamos a tentar construir a bateria mais pequena possível para (conseguir) uma autonomia competitiva.

Assegurou o CEO da Ford, Jim Farley, segundo o The Verge.

James Farley, CEO da Ford

Os anúncios das baterias com grandes autonomias são entusiasmantes, porque aproximam os elétricos dos carros com motor de combustão, em termos de tempo associado ao abastecimento/recarregamento. Contudo, além de as autonomias anunciadas nem sempre corresponderem, há ainda outros problemas: o peso e o preço.

Além de serem baterias maiores e, consequentemente, mais pesadas, são muito caras, limitando o mercado a que se destinam. Segundo o Xataka, a NIO afirma que a sua bateria de 1.000 km é tão cara quanto um Mercedes Classe C ou quanto o seu NIO ET5.

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