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A crise vista do Pplware

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Vítor M.


  1. Cavalão says:

    Em primeiro lugar, a minha opinião para que se consiga acabar com a crise, não de hoje para amanha, mas daqui por alguns tempos… será ensinar as novas gerações a pensar, algo que não tem vindo a ser feito desde à muito tempo. É por esse motivo que hoje estamos todos a sofrer na pele as suas consequências. Certamente que esta opinião não será muito bem aceite pela maioria de vós, pois estamos todos habituados a ter tudo e mais alguma coisa de mão beijada, mas isso tem custos. Custos esses que se estão e reflectir nos dias de hoje. Se todos tivesse-mos poupado um pouco na altura em que não se sonhava com a crise, hoje certamente estaríamos bem melhor.
    Mas infelizmente pertencemos a uma geração extremamente consumista e muito pouco produtiva.
    Cumprimentos

    • André says:

      Você tem toda a razão, mesmo todo excepto num pequeno detalhe “para que se consiga acabar com a crise, não de hoje para amanha, mas daqui por alguns tempos… será ensinar as novas gerações a pensar, algo que não tem vindo a ser feito desde à muito tempo” aqui e que se esqueceu de uma coisa, não é só ensinar as novas gerações, é também habituar as gerações presentes, sei que se der-mos atenção á máxima: “Burro velho não aprende línguas” poderá ser um pouco difícil, mas habituar para alem das próximas gerações como disse e muito bem é tentar também ensinar ás presentes para que abram os olhos e vejam o que têm causado a este mundo

    • Miguel Alho says:

      Concordo com o ensinar a pensar. É quase óbvio – a evolução não é uma solução “copy-paste”. Há passos que tem de ser dados.

      Há é um problema grave com o “ensinar a pensar”. Dois talvez. O primeiro é a resistência apresentada pelos jovens nesse sentido. Eu vejo isto quase diariamente, por estar nessa “linha da frente” (se bem que é o meu primeiro ano a dar aulas, e é do 3º ciclo, para contextualizar). Eles simplesmente não estão para aí virados e nem querem saber. Mesmo apresentando algo que possa ser “interessante” (é sempre algo subjectivo o que é interessante do que não é) é difícil agarra-los. Querem as soluções feitas, querem a solução sem saber qual é a questão sequer, querem o “copy-paste”. Já tive situações em que a solução podia estar muito bem descrito no quadro (do tipo “basta ler o que está lá”) e mesmo assim não te dão uma resposta. Há efectivamente uma resistência grande da parte deles. Então com operações matemáticas “básicas”.. ui ui – “Ai stor isto é tão difiiiiiicil”…

      O segundo problema é a herança que tem. Eles são facilmente influenciados pela geração anterior, porque herdam da anterior. São os vícios dos pais, a mesquinhice dos vizinhos, é a cultura do subsidio – “vivo sem ter de fazer nenhum”. É ridículo como se deixou chegar a este ponto, isto sim é que vai ser uma trabalheira enorme a resolver, porque a resistência começa, efectivamente aí.

      O que deve ficar claro é que, independentemente do quão difícil é conseguir fazer esse trabalho, de ajuda-los a aprender a pensar e ter interesse, é necessário – essencial – mas é algo que não apresentará resultados a curto prazo. São demasiadas condicionantes a resolver para que possa apresentar resultados bons a curto prazo.

    • Bom dia aos amigos portugueses.

      Já acesso este site a muito tempo, sou analista de suporte em informatica por isto gosto de ver as novidades aqui postadas.

      Aqui no Brasil a crise também tem deixado muita gente sem emprego. Na minha cidade a oferta de emprego era constante e era as empresas que buscavam os funcionarios. Hj nossa principal empresa fechou as portas e despediu cerca de 200 funcionarios, as demais empresas reduziram sua carga de trabalho e demiu funcionarios e andam com o pé nop chão.

      Para mim, para vencer a crise é hora de aplicar novos conceitos e aprender também a segurar mais e ser menos consumista.

      Vivemos hj num mundo onde vemos que nossos recursos são limitados e a natureza pede socorro, é preciso neste momento de crise aproveitar também para criar novos habitos e começar a ver o mundo de uma forma diferente, de uma forma onde possamos preservar aquilo que temos hj para que nossos filhos tenham as mesmas oportunidades de ver o brilho de um amanhacer que temos hj.

  2. Hugo Barata says:

    Boas Pplware,

    Antes demais, acho que isto é uma grande iniciativa da vossa parte. Todos sabemos que não podemos mudar o mundo, mas pelo menos podemos agir sobre aqueles que nos rodeiam, e talvez isso, um dia venha a fazer a diferença.

    Pessoalmente, penso que para se resolver o problema da crise actual, temos que resolver o problema de onde ela começou. O sistema financeiro. Neste momento, o sistema financeiro simplesmente não funciona. Quer seja um particular, quer seja um empresa a dificuldade em obter crédito é mais que muita e muitas empresas (demasiadas diria mesmo) necessitam deste financiamento para manter superarem as dificuldades de tesouraria que enfrentam.

    Neste momento o mundo empresarial é uma autentica selva, o problema nem sequer é vender, mas sim receber o valor da mercadoria vendida. Enquanto o sistema financeiro não voltar a funcionar, as empresas não voltaram a funcionar, não voltam a ter liquidez, e não voltam a criar novos postos de trabalho.

    Agora a grande questão é, como é que se põem o sistema financeiro a funcionar? Investimento do estado… Não, não é essa a solução, injectar mais dinheiro no sistema monetário internacional não passará de um balão de oxigénio que poucos meses depois deixará de fazer efeito. O que é realmente necessário é criar novamente confiança no sistema financeiro, para que os mercados, e nomeadamente o mercado das taxas de juro volte a funcionar.

    Actualmente, a maior parte dos bancos, prefere investir os seus excessos de liquidez a uma taxa cada vez mais baixa do BCE do que emprestar a outras Instituições Financeira. Porque ninguém sabe se o Banco A, B ou C irá falir nos próximos meses.

    Por isso na minha humilde opinião o importante a separar o trigo do joio. É necessário perceber quais são os bancos que tem capacidade para continuar no mercado, e quais não o têm e apoiar apenas aqueles que conseguiriam sobreviver sem os apoios.

    Mas a ultima maneira de garantir isto seria com uma completa renovação dos mecanismos de supervisão bancária, e isso implica mexer com muitos interesses, e necessita de muita coragem politica.

    Até que alguém tenha coragem para o fazer, o máximo que podemos esperar é que se vão tapando os buracos que se encontram pelo caminho.

    • allskin says:

      Acima de tudo que as pessoas não se deixem abater e que lutem contra a maré.

      Costumo ver por exemplo muita gente a queixar-se, mas reparem, para encontrar uma loja aberta a um domingo à tarde não é nada fácil.

      Se querem que os portugueses comprem e invistam também é necessário que lhes dêem condições para tal.

    • Luís Gonçalo says:

      Existe muita desinformação económica.

      Depois de ler alguns economistas da Escola Austríaca (Austrian Business Cycle Theory), nomeadamente:

      – Ludwig von Mises
      – Friedrich August von Hayek
      – Murray Newton Rothbard
      – Jesus Huerta de Soto

      ver em http://mises.org

      Tudo fica claro e transparente.
      O Porquê da Crise. Onde estamos e para onde vamos.

  3. rastuiot says:

    penso que a crise começou porque no capitalismo o que importa é conseguir o lucro (através de um consumo e produção desenfreada que gera outros problemas como, por exemplo, problemas ambientais)e os valores éticos e morais são esquecidos, isto é, não se importam com quantas pessoas ficam sem emprego (e as consequências que daí advém). Se houver menos pensamentos egoistas (por parte dos que estão lá no topo da pirâmide) e, tal como referido no comentário anterior, mudanças a nível de ensino e educação (obrigar as cabeçinhas das crianças a pensar mais e a lutarem mais pelos seus objectivos na vida) poderemos então alcançar a tão desejada solução para a crise.

    Peço desculpa se ofender alguém com isto, não é esse o meu objectivo, é apenas e só a minha opinião.

    • Diogo Carvalheira says:

      Concordo com a sua ideia, muitas empresas quando tiveram o seu bom momento financeiro apenas se importaram em satisfazer os seus luxos e nada de investir para o futuro. Na minha opinião, o grande problema é que a sociedade esteve muito tempo habituada a ter tudo o que queria, e se nao tinha dinheiro fazia empréstimos (ou seja, pagar mais por algo que poderiam ter dai a algum tempo com um pouco de paciência) , nada de guardar algum dinheiro, ou investir, que acho ser o mais seguro (claro que depende do investimento,por exemplo, o mundo das acções e’ bastante traiçoeiro).

  4. BESTCINE says:

    Boa iniciativa… Parabéns!

    Abraço,

  5. Ryan says:

    A crise está aí mas será que Portugal não está em crise há muito tempo? Penso que sim. Mas isso seria pano para mangas. Os oportunistas continuam por aí e no meio de crashes financeiros há quem ande a fazer dinheiro ate dizer chega.

    • Rui Oliveira says:

      Bem verdade ora a está um factor importante “Especulação”. Esta crise eventualmente interessam a alguns, aqueles que eu vulgarmente irei designar, com o diminuitivo simpático de os “parasitas da sociedade”.

      Será que que o poder e influência, desses senhores que obscuramente controlam aspectos fundamentais da nossa economia, pensando no seu bolso e não nos milhões de pessoas que vão perder o emprego por esse mundo fora, não será também uma das razões de estarmos todos onde estamos?

      Pensem nisso 😉

      Posso-vos dizer que a nossa contribuição para ajudar não será aquela que gostaríamos que fosse. Mas fundamentalmente a nossa ideia será contagiar as pessoas com o movimento que iremos lançar na segunda, e daí precisarmos que vocês passem a palavra para o evento.

      A melhor publicidade ao evento será pela boca do povo 😉

  6. The Duke says:

    Durante o meu trabalho, visito muitas industrias, algumas bastante saudáveis e outras não tanto, e constato que a crise ainda nem a meio chegou, o pior, mas o muito pior ainda está para vir…As pessoas muitas vezes caem no ridículo de dizerem: “A crise é imposta pelos media” e “Não vejo crise em lado algum, não percebo”, pois bem, o João (nome fictício), trabalhava, vivia com o seu ordenado certo ao fim do mês, que lhe permitia pagar todos os empréstimos ao fim do mês e ainda algum dinheiro para garantir alguma qualidade de vida à sua família. O João vivia num centro urbano, boa casa.
    Um dia, o João foi despedido, porque a sua empresa, apesar de não gerar lucro, porque o gerava, não gerou os lucros propostos ao accionistas pelo sistema capitalista. O João foi despedido. Apesar de voltar a entrar de novo no mercado do desemprego, o João tem experiência de trabalho, mas o mercado está cheeinho de recém-licenciados, todos para o estagio, o novo emprego do João terá de esperar mais um pouco. Entretanto, o João tem de pagar os empréstimos de vários bens. O João não arranjou emprego a tempo e o banco ficou com a casa, pois era a caução do empréstimo do João.
    O banco, tal como a casa do joão tem mais umas milhares de habitações na mesma situação que ganharam de vários processos idênticos ao do João.
    O banco tem de vender as casas. Mas as pessoas que as compram, ou não precisam neste preciso momento, ou estão na mesma situação do João.
    O banco, começa a apostar em fundos de investimento, pois tal como uma empresa, tem de apresentar lucros aos accionistas no final do ano, para se manter viável. A vida não é linear e novas variáveis se juntam ao processo. O banco resolve apostar em fundos de investimento de alto risco.
    Como tudo na vida, os resultados só se conseguem com trabalho árduo, e não por sorte, os fundos de investimento afundam ainda mais o banco. Ora neste período temos casas por vender, um banco com uma dívida sem fundo, e o João desempregado.
    O banco, desgraçado da vida, não tem dinheiro e arrastou o dinheiro de inúmeros clientes com ele par uma divida sem solução, a não ser pedir dinheiro, pedir e não pedir emprestado, ao estado, porque esse é de ferro. Porque se isso não acontece, milhares de pessoas que têm o dinheiro depositado nesse banco ficam sem poupanças.
    O estado, claro, dá o dinheiro, dos contribuintes, para o banco poder emprestar o dinheiro que o salvou, aos mesmos contribuintes.
    Como o dinheiro não cresce nas árvores, o estado vai buscar dinheiro aos impostos. Para ir buscar esse dinheiro, adia umas reformas no fundo de pensões, aka Segurança Social. Quem se iria reformar este ano, tem de esperar, e quem iria começar a trabalhar nas vagas das reformas vai para o desemprego, pois o “mercado de trabalho está cheio”.
    O número de desempregados como o João aumenta, o estado não consegue ir buscar dinheiro aos impostos, aumenta-os noutro lado. Ao contrário de outros países europeus, apercebendo-se, por pessoas inteligentes, que o mercado têm de ser “excitado”, cometem o sacrifico de baixar os impostos em vários bens que fomentam a industria e revitalizam a economia.
    O estado do João é cego e aposta em obras faraónicas, não obstante da borrada passada que já fez, tais como negócio dos submarinos (estão quase aí), Casa da Música, Ponte Europa em Coimbra, negócios ruinosos de privatização, vender a rede de telecomunicações à PT, para depois a alugaram por 5 milhões de euros ao ano, derrapagens em orçamentos feitos por engenheiros e gestores oriundos de faculdades privadas, conhecidas pela sua árdua conclusão, ou a troco de alguns euros, talvez não.
    O João está no desemprego, veio viver para um bairro fora do centro urbano, é mais barato, mas gasta 4 horas por dia para o seu novo emprego precário, numa nova construção de algum centro comercial/ponte/linha férrea de alta velocidade, essa sim, a ser utilizada por todos nós, que temos capacidade económica para tal. O João sai cedo de casa, e chega tarde a casa, não tem tempo para estar com os miúdos, provavelmente vai pedir à escola para ficarem com eles das 8 Às 8. Os profs não vão à bola com isso. Agora são controlados para não atingir o topo da carreira através da avaliação. Uma medida inteligente do estado. Mais uma.
    A crise, não existe, é dos media, não é dos autarcas que rebentam orçamentos em palmeiras e novas marginais, mas “fizeram muito bem À cidade”, com o dinheiro dos contribuintes, não é dos deputados que faltam ao parlamento, e têm mais que dois empregos, não é das câmaras com mais de 3000 habitações vazias ou de borla, para quem as quiser utilizar, se for da câmara ou amigo de alguém, não é dos políticos, que esses sim, estão cheios de dinheiro, e a crise vai-lhes passar ao lado, porque as obras que arranjaram aos amigos enquanto vereadores/secretários de estado/ministros, lhes vão garantir lugares nas administrações privadas das empresas num futuro próximo.

    A crise, essa é de mentalidade portuguesa, que não obstante da borrada que certos políticos fazem continuamente, continua a votar nos mesmos, qual cor clubistica, à espera que D. Sebastião chegue num dia de nevoeiro e venha salvar o país.

    Enquanto esse dia não chega, eu, que visito industrias todos os dias, reparo que a vida já começou a mudar, vi lagrimas de desalento nos olhos de trabalhadores, até em engs chefes de serviço, mas não em administradores…

    Querem ver a verdadeira crise, esperam mais uns 6 a 8 meses. E votem nos mesmos, nos que estagnam o país À sucessivos anos. Ao contrário de vários países da Europa e do mundo, a crise deste país já vem de trás, o problema é que agora, embalou numa descida.

    Outra coisa muito peculiar, a frase “bota-abaixo”, foi criada a pensar na impunidade de erros que se cometem, pois se eu cometer erros grosseiros, por falta de inteligência e de dignidade, e me criticarem, eu argumento: “Isso é bota-abaixismo”, como quem diz, “Mas agora não posso fazer merd@ a meu favor?”

    Tenho pena deste país, vivemos num letargia tal, e temo que só vamos acordar tarde e pelas piores razões. Peço desculpa pelo tamanho do “testamento”.

    Continuem com o óptimo trabalho.

    • Paulo Pereira says:

      Belo texto. Deixo o meu apreço pelo tempo que o levou a escrever e por o ter partilhado. Dava um artigo do Pplware pois antes de falar de soluções é preciso falar das causas e explicar o que realmente se está a passar. Para título: a crise tal como ela é!

    • PreTenDer666 says:

      @The Duke

      Não têm razão, têm mais que razão.

      Vcs já viram que estão sempre os mesmos no poder?

      Deve ser qualquer coisa assim “Olha, tu já tiveste no poder, agora é a minha vez” “- Ha OK, mas não te esqueças que o “X” é a seguir”

      Discutem e mandam bocas uns aos outros, no final juntam-se todos e vão jantar fora com o nosso dinheiro.

      Se pudesse fazer uma pergunta a eles era: “E que tal passarem a investir no País que nós vivemos, em vez de gastarem dinheiro com vcs?”

      Para melhorar esta fase da crise? Bem comecem pelos politicos.

      2º A seguir fechem as fronteiras (não é uma cena racista, é uma cena nacionalista). “Vens para trabalhar e contribuir para o País, entra e sê bem-vindo”

      3º Depois deixem os portugueses começar a produzir, sem medo de levarem multas, sem medo de saberem que têm de deitar o produto final fora. (Tanta gente com fome, e proibem a produção de alimentos.)

      Sim, eu sei, uns também fazem as coisas de maneira a receber o dinheiro do Estado, mas por uns não devem pagar os outros…Hã! Quer dizer…Mau exemplo pois por uns (os politicos), pagam os outros (nós).

      Ensinaram-me que cargo publico era alguém que trabalhava para o povo, mas enganaram-me, é sim o povo que trabalha esse alguém.

      Boa fim de semana a todos,

      [[]]

    • Ana says:

      As minhas saudações.
      Antes de mais gostaria de esclarecer que a “crise” financeira que há já alguns anos prometia consolidar-se, teve outras causas, sempre com base em negócios muito especulativos e geradores de bolhas e não foi propriamente o desemprego em massa como o Duke afirma. Na realidade o desemprego em massa é uma consequência das bolhas.
      Para melhor percebermos como tudo começou, nada melhor do que voltar atrás no tempo e recordar primeiro, a famosa “bolha” da internet (1995-2001).
      Quem é que não se lembra do auge da Internet na entrada do século XXI? E o famoso bug do milénio (?!) que não gerou prejuízos, antes pelo contrário, implementou o desenvolvimento de grandes empresas da era virtual, nascidas a partir de pequenas ideias como o MSN, Google, Yahoo, etc… e que num ápice contabilizaram lucros antes impensáveis? E as grandes fusões de empresas, com a OPA do Netscape?! E a euforia das bolsas?!
      Em suma, os negócios especulativos no virtual foram capazes de gerar triliões de dólares em investimentos na internet, pelo que no auge da euforia o dinheiro de outros sectores passou a ser canalizado quase unicamente para sites, produtos e serviços da www. O e-commerce surgiu como um novo canal de vendas e a Internet prometia um futuro rico, infinito e cheio de possibilidades, multiplicando-se as ofertas de serviços e os utilizadores da rede.
      Porém, acontece que tanta especulação (capital de risco) gerou uma imensa “bolha” – sobrevalorização de produtos, empresas e acções “virtuais” – que acaba por estoirar em meados de 2001 (com o 9/11 e o tsunami) e milhares de pequenas empresas desaparecem da rede e com elas muitas fortunas também se evaporam.
      Ora, após este estoiro dos negócios virtuais, os capitalistas de serviço têm de arranjar outra forma de enriquecimento garantido até porque as taxas estão baixas de mais e nada melhor do que o financiamento ao negócio imobiliário, em grande desenvolvimento desde o final da década de 90.
      Aqui fica pois, uma das melhores e mais claras análises (sem “compostos tóxicos”) da génese da actual crise financeira… e escrito há mais de um ano: http://www.nachogiral.com/2008/03/explicacin-la-crisis-financiera-que-nos.html

      Por outro lado, gostaria também de salientar que não há maior ladrão de Bancos (e quem diz Banco, diz também país) do que os próprios banqueiros: http://www.baltimoresun.com/news/opinion/oped/bal-op.smith10apr10,0,4568204.column

      No meio de tudo isto é evidente que a livre circulação de capitais, os off-shores e as respectivas lavagens de dinheiro sujo proveniente de droga, prostituição, pedofilia, etc… continuam a alimentar a corrupção, a especulação imobiliária, os negócios dos banqueiros, financeiras e seguradoras e não tarda teremos outras “bolhas” ligadas às energias (fosseis e alternativas), água e comida (transgénicos e terrenos férteis).

      Também não devemos esquecer a declaração de Henry Kissinger, nos idos anos 70: «If you control the oil you control the country; if you control food, you control the population..»

      Em suma, nada acontece por acaso, rumo à nova Ordem Mundial: http://www.lawrei.eu/MRA_Alliance/?p=3431

      Bom domingo!

    • Também concordo, porque havemos de votar sempre nos mesmos?!
      Fica aqui a minha promessa, nas próximas eleições vou votar num partido novo, o MMS ou aquele da Laurinda Alves. Abstenção também não é a solução, temos que dar oportunidade a outras pessoas.
      E se mesmo assim não resultar, proponho que se faça um partido, ou melhor,o grupo de trabalho Pplware. Neste, não só votaria como ia querer fazer parte da equipa para que nas gerações futuras ficássemos lembrados como bravos guerreiros.
      Parabéns Pplware, cada vez gosto mais deste Blogue.

    • EacHTimE says:

      Muitos parabéns pelo texto!!!!

      Está mesmo muito bem escrito!!!

      Tenho muita pena de viver num país nestas condições. Este país não me parece que vá sair disto e pessoalmente não vejo quem poderá mudar isso. Não consigo ver nenhum partido que me inspire confiança e que me mostre que realmente vai mudar alguma coisa. Este país vai ser sempre vampirizado por corrupção e por pessoas que em vez de pensarem como uma consciência global e lutarem pelo bem estar de todos, apenas querem encher os bolsos o mais que podem..

      Globalmente o capitalismo vai tendencialmente consumir-se a si próprio pela ganancia dos ricos e poderosos que não pensam a longo prazo e só querem encher os bolsos seja a que custo for. Os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres…

      Deixo aqui este vídeo que explica bastante bem a crise: http://crisisofcredit.com/

      E aconselho também a verem o Zeitgeist Addendum que fala sobre tudo isto em http://www.zeitgeistmovie.com

  7. carlos rajas says:

    Não ha muito o que se dizer ou fazer, a não ser uma mudança em nós mesmos e nos nossos conceitos. A crise foi formada, orquestrada e entocada por muito tempo, dentro de uma bolha, que quando explodiu espirrou para todos os lados, fruto da especulação dos que deveriam zelar pela saude financeira do mundo. O sistema capitalista mostrou que ja era. A miseria aumenta no mundo, a superpopulação,a conciência dos povos antes atrasados a procurar melhores destinos para se viver, tipo africanos, sulamericanos e por aí vai. Caminhamos firme para o fim de uma época, e que no final, trará resultados positivos. Resumo: não imagino o mundo nestes moldes daqui a 30 ou 40 anos….talvez voltemos Às cavernas….

    http://www.delaorden9.com
    o amor é a droga

  8. Cromo says:

    Para resolver a crise?

    Salazar ao poder!

    • Aptenodytes Tuxus says:

      Felizmente que está morto, mas se por acaso aparecesse uma espécie de clone entraríamos numa crise ainda pior.

      • UKN says:

        Não foi a Manuela Ferreira Leite que disse qualquer coisa acerca de fechar a democracia !?

        Além disso … democracia e lucidez também é qualquer coisa que este governo não tem usado.

        Por isto também já perdi qualquer esperança nas próximas eleições em que houvesse uma mudança.

        [Note-se que não simpatizo com nenhum partido político, que por mim, é metê-los num barco de casco furado e mandá-los a todos para o alto mar com desejos de uma curta viagem]

  9. ApacheDraco says:

    The Duke, o teu texto está 5 estrelas, é daqueles textos que devia vir em tudo o que é jornal.
    Parabéns.

  10. Manuelito says:

    Para resolver a crise não tenho nenhuma receita. No entanto no conforto do meu emprego “certo” na Administração Local, pergunto-me se não posso fazer nada por aquelas pessoas que perderam o emprego e que vivem com dificuldades até ao nível da alimentação.
    Não aceito que haja pessoas, homens, mulheres e crianças do meu País, a passar fome…isso não aceito. Também compreendo que o “Estado” não pode chegar a todo lado e sempre me disseram que o “Estado” somos todos nós.
    Acho que é altura de aqueles que como eu têm um emprego, contribuírem com um “imposto” voluntário e solidário para ajudar a matar a fome àqueles que estão a passar um mau bocado.
    Em termos práticos, quantos são os que visitam o pplware com frequência? Quantos de nós temos um emprego? Muitos certamente!
    E se decidíssemos depositar mensalmente, por exemplo, €5,00 na conta da Cruz Vermelha Portuguesa ou no Banco Alimentar Contra a Fome? Já pensaram quantos pacotes de arroz, massa, latas de conserva, fruta isso dava para comprar? Quantas pessoas íamos ajudar! E se dentro do nosso serviço/empresa conseguissemos elucidar os nossos colegas para nos apoiarem nesta causa!
    Coisas concretas, meus amigos, há muita gente que neste momento precisa de gestos concretos para conseguirem sobreviver com alguma dignidade…palavras não chegam, são precisos actos.
    Acho que a solidariedade é um gesto que enobrece e enriquece quem a pratica.
    Pensem nisso.
    Fiquem bem.

    • Cavalão says:

      Seria uma boa ideia, e apoiada até por muitos nós, mas isto se todas essas instituições fossem geridas por pessoas “sérias”, não estando de forma alguma a retirar a credibilidade das ditas instituições nem de quem as gere. Apenas estou a referir isto porque muitos de nós sabemos que anda ai muito boa gente que não tem produtividade nenhuma para o país e que passa a vida a viver de subsídios atribuídos pelo governo “dinheiro dos nossos impostos” assim como a comer algo que vão recebendo dessas mesmas instituições.
      Para que tal funcionasse era necessário uma grande fiscalização dessas dádivas e como em tudo não é fácil, pois o infractor irá sair sempre beneficiado.
      Um caso flagrante desta mal distribuição de dinheiro assim como alguns alimentos, é o rendimento mínimo atribuido pelo governo às famílias ditas “desfavorecidas”, que em 99% dos casos tem chefes de família em óptimas condições para entrarem no mercado de trabalho e alimentar a familia em condições. Mas levantar a horas e cumprir ordens é trabalho para os outros….
      Uma vez mais volto a dizer que não estou aqui para ofender ninguém, muito longe disso!
      Vamos mudar as mentalidades isso sim é um ponto de partida para um mundo melhor, pois o problema é mundial e não local!

    • UKN says:

      Dinheiro não dou. Nunca. Simplesmente porque não sei para onde vai. Até porque normalmente mesmo que seja uma associação voluntária os dirigentes se forem relacionados com a política recebem sempre uns cheques gordos por essas práticas.

      Quando fazem colectas de alimentos tenho por costume dar.

      Como o “Cavalão” disse, o rendimento mínimo garantido é uma macacada. Conheço quem o receba e não faz UM CARVALHO o dia todo. Ainda há uns tempos passou um documentário sobre a ciganada na SIC e estava lá um a dizer à câmara, se me dão 600€ por mês para não fazer nada e se for trabalhar me deixam de pagar, acha que vou trabalhar ?!

  11. Nelson N says:

    Boa noite a todos!
    Todos têm razão! e como já alguém disse, há muito tempo que estamos em crise. Enquanto houver políticos que defendem com unhas e dentes a corrupção, a crise continua (pelo menos cá). E continua porque? enquanto o Zé-povinho for às urnas “eles” continuam a gozar com o Zé. Vejamos casos concretos: há poucos anos um empresário por ter acesso privilegiado na bolsa, “ganhou” 4 milhões e meio de euros; o tribunal condenou-o a pagar 450 mil; já este ano outro num processo que envolvia cerca de 200 mil euros foi “condenado” a pagar 5 mil. Em paraísos fiscais, há dinheiro suficiente para tirar o País da crise. E que faz o governo? facilita-lhes a vida. Mas não é só este governo, são todos os que já por lá passaram. Sendo a corrupção um dos principais cancros da democracia, todos os governos têm feito tudo para dar cabo dela. Pela minha parte já começou: não voto. Votar em quem? já por lá passaram todos! se a abstenção fosse de 70 ou 80 por cento gostaria de ver o que “eles” faziam. Para acabar, não resisto em citar o Sr. António Aleixo:

    Vós que lá do vosso império
    Proclamais um Mundo Novo,
    Calai-vos que pode o Povo
    Querer um Mundo Novo a SÉRIO!

    • The Duke says:

      Tenho pena de ler o que li “Pela minha parte já começou: não voto. Votar em quem? já por lá passaram todos!”

      Ora é por causa deste tipo de situações, que acho que os portugueses andam a dormir à muito, e que lhes interessa é ao fim do mês a equipa de futebol em primeiro lugar, o telemóvel de ultima geração na mão, internet com mais de X megas e tvcabo em casa e um carro a diesel com mais de 100 CV.

      Meu caro, desde o 25 de Abril apenas passaram governos de dois partidos em Portugal. Ainda bem que somos uma democracia, ou tentativa de, não como os USA, e temos um numero considerável de partidos, aos quais pode recair a nossa escolha. Como já disse anteriormente, em Portugal vota-se pela cor clubistica, o Rosa e Laranja é que estão na berra.

      Pois eu digo-te, quando era miúdo, intelectualmente subdesenvolvido, votava no laranja, é uma das minhas cores favoritas. Na adolescência, devido à musica dos Vangelis, votava Rosa, estava na moda, e tinha um impacto descomunal.

      Agora que acabei a faculdade, e as minhas ideias assentaram e observei este país desde as entranhas até ao topo, mudei os meus ideias e voto por quem acho que deveria estar no lugar de certos incompetentes, que não só envergonham o nome deste pequeno país, como destroem o futuro, não o meu, pois esse já está arruinado, mas o dos meus futuros filhos e talvez futuros netos.

      Tenho imensa pena que penses dessa maneira. Mas imensa. Porque como tu, cerca de 40% do país, desiludido com o passar do tempo, e o país sempre na mesma, vota em branco, e não se apercebe, que só está a perpetuar o mesmo sistema de sempre, o do falhanço.

      Se soubesses o que muita gente passou à umas centenas de anos para poder ter o simples direito de voto, e muita gente, desperdiça-lo de uma maneira tão irresponsável…Enfim, é o país que temos.

      • Pedro says:

        Se não votas nos laranjas nem nos rosas, votas em quem? Nos Azuis que da ultima vez que lá tiveram tomaram a brilhante de cisão de comprar submarinos, ou nos vermelhos, que numa altura em que o país tá falido andam aí a incitar greves e manifestações (que custam ao país muitos milhões de €)?

        • maximilian says:

          Pois as opções de escolha são muito limitadas.

          A merd@ é a mesma, apenas mudam as moscas…

        • EacHTimE says:

          Pois esse é o problema… Não consigo ver alternativas realmente boas =|

          O que me resta é votar nulo ou num partido que acho que seja menos mau..

          Eu concordo com o The Duke especialmente na parte do futebol.

          Faz-me tanta impressão como é que só se fala de futebol neste país. Ninguém sabe falar sobre mais nada e só quer que o seu clube ganhe como se isso melhorasse a sua condição de vida. Preferem ver o país a afundar-se do que o seu clube..

          Esta mentalidade revolta-me profundamente!

  12. Almeno Rocha says:

    Boas a todos, vou ser muito breve e penso que o que vou dizer alem de ser pouca coisa seria muito eficaz.
    Primeira mediada do Governo seria cobrar o IVA apenas na emissão do recibo e não da factura e assim tornar o recibo um documento fiscal… Como exemplo posso descrever uma situação em que eu num negocio a 3 anos facturei 25 000 + IVA € e nunca os recebi, ou seja nunca foi emitido o recibo mas o IVA foi pago ao estado, ora sendo assim fiquei com muito mais prejuizo do que devia ter ficado…
    A outra situação é que existem em fundos comunitarios do QREN 21 000 000 000 € para investir e aprovar, este sera o ultimo apoio recebido por Portugal e acaba em 2013, mas ainda só foram aprovados 1 000 000 000 €. O governo para combater o defice uma vez que tem que cobrir uma parte do investimento,não está com pressa nas aprovações…
    Sei lá isto são algumas medidas que penso que nos ajudariam a todos…

  13. NT says:

    Boas,

    Crise? Háaááááá a crise do ppl não ter dinheirinho para comprar coisas… Mas já pensaram porque é que raio temos dinheiro? Quem vende o dinheiro? Quem compra dinheiro? O que é que raio dá valor ao dinheiro? Porque é que o dinheiro vale mais que milhões de vidas humanas e milhares de milhões de vidas…????
    Acho que estamos numa crise existencial pois se somos Racionais… como diz a música “… The only thing you can say about mankind, there is nothing kind about Man …” [Sorry my bad english…]

    Uma pequenas descoberta, recomendo a sua visualização!
    http://www.zeitgeistmovie.com/

    Algum do ppl vai de encontro ás ideias que vêm nestes 3 Documentários/filmes, sei que são compridos mas vejam com olhos de ver, desliguem a TV e o caso da mãe que afinal é tia que conheceu o sobrinho/filho no trágico acidente provocado pela crise de estado… blá blá blá whiskas saketas!

    • Almeno Rocha says:

      Sim já viesse video a bastente tempo, e sim todos deveriam ver mas tambem pelo que sei a grande maioria que vê dz que isso são tudo tretas e preferem ver um video de uns gajos a mandar uns tiritos aos outros…
      Já agora para quem quizer ver mais alguns videos relacionados, vejam um site que eu criei ja a bastante tempo mas devido a falta de tempo não tenho actualizado. Mas tem algumas coisas interessantes.
      http://aoutraface.co.cc

  14. Nelson N says:

    @The Duke
    O primeiro parágrafo em relação à minha pessoa está totalmente errado; não ando a dormir, há muito tempo que me deixei de futebóis, tenho um telemóvel barato, não tenho Tv cabo nem cabovisao, e nunca na minha vida tive carro, e não tenho nem nunca tive, carta de condução. Tenho é uma reforma que tem de ser bem gerida para chegar para todo o mês, e uma mulher também reformada e com doença crónica.
    No segundo também não está totalmente correcto; com maior ou menor responsabilidade (coligações) só os mais pequenos não passaram por lá.
    E finalmente, é precisamente por ser responsável e ainda gostar deste País que não vou votar; e digo-te que até às últimas eleições sempre votei, e votei precisamente no actual governo. No entanto podes ter a certeza que se ainda andar por este mundo, para as autorquias vou votar.

  15. mm says:

    Boas, provavelmente vou levar na cabeça por dizer isto mas cá vai… em primeiro lugar não sinto muito a crise, tenho um emprego e um ordenado razoáveis e até comecei a trabalhar à pouco tempo.
    Acho que tenho tido sorte, mas também já trabalhei com pessoas que vão ter azar, não os vejo fazer nada, o único interesse que tem é cumprir as 8 horas por dia fazendo o menos possível.
    Penso que o primeiro passo para ultrapassar esta crise seria cada um de nós tentar ser o mais produtivo e profissional possível. Fico cansado de fazer esforços e ver os outros coçar a barriga quando estou cheio de trabalho. Não digo fazer horas extraordinárias nem nada que se pareça mas ter algum interesse naquilo que se faz ou então mudar de emprego para não andar a empatar os outros.
    O mesmo se aplica do mais pequeno para o cargo mais alto, se todos fizerem o melhor possível podemos ser um país produtivo e com sucesso. Não é só ficar à espera de quem governa que resolva tudo.
    Espero não ferir susceptibilidades, é apenas uma opinião pessoal.

    • Pedro says:

      apoiado 🙂

    • carlos rajas says:

      eu concordo sim que devemos fazer nossa parte e deixar de culpar governo ou quem quer que seja. Agora isso pode se aplicar em lugares onde haja o mínimo de civilidade possível o que não é o caso do Brasil, onde vocÊ tenta fazer sua parte mas o poder público se transformou numa gangue de proporções irreversíveis, onde os tres poderes da república estão corrompidos até a alma e a população esta sendo tratada a pão (pouco) e circo. Fica até complicado para que está de fora ouvir estas críticas, mas basta folhear alguns jornais durante uma semana por aqui para entender grande parte do problema.

    • maximilian says:

      Isso está muito correcto, mas também é muita verdade que o governo pode fazer muita coisa para melhorar o país e quem quer trabalhar e ser produtivo deve ter essa oportunidade, mas normalmente isso não é possivel porque não é escovinha ou engraçadinho, mas sim profissional.

    • pss says:

      Sublinho por baixo cada palavra. Há quem esteja sempre a espera que tudo continue a cair do ceu, sem nada fazer para merecer ou limitando-se a fazer o minimo.
      E não me estou a referir aos que estao com o salario minimo (ou pouco mais) agarrados o dia todo a uma maquina, e que mal podem levantar a cabeça. Há quem va para o emprego para passar tempo e sugar o rendimento de outros que trabalham arduamente.

  16. Coisa says:

    O problema da crise é pensarmos que somos pequenos, e nada podemos fazer para mudar isso… A crise de Portugal está na mentalidade… Enquanto essa não for alterada sempre existirá uma crise.

    @The Duke

    Gostei muito de ler o texto que escreveste no teu primeiro post (mas lembraste-me um bocado o noticiario da TVI)… Mas se estás assim tanto contra o governo, o que sugeririas que se fizesse, quem sugeririas que governasse?. A crise tem de ser combatida com acções e a partir disso contruir uma base sólida para remontar a sociedade. Pessoalmente estou de acordo com muitas das decisões do governo, pois imagino que serão utilizadas para tecer um futuro melhor para todos. “Desperate times require desperate measures…”

  17. Nuno says:

    Penso que acima de tudo se deve a mentalidade!Reparem a crise é global correcto mas há um pais que se está a vingar na crise,A China está actualmente a financiar 44 países africanos,para construção e evolução dos mesmos,só a angola foram 4 mil milhões duma virada,20% de títulos tesouro Norte Americano para quem não sabe dinheiro que os bancos emprestam as pessoas,estudos provam que também são possuidores da maior poupança a nível mundial na ordem dos 40%, agora pensem e vejam se não é um problema de atitude, os chineses têem uma adaptabilidade ao trabalho que mais nenhuma sociedade tem.Eu tenho um establecimento e meti um anuncio no jornal que precisava de um funcionario a ganhar 600 euros para uma loja de musica,sabem quantos telefonemas eu reçebi nenhum.Sabem porque preferem metade da SC mas sem fazer nenhum.O Povo Portugues não quer trabalhar logo CADA UM TEM AQUILO QUE MERECE.

  18. Bife says:

    Crise? Crise de quem ou para quem?
    Os Governos dão dinheiro aos bancos para os bancos levarem taxas de juro se emprestarem (o pior é que não se confiam uns nos outros) provavelmente porque são todos corruptos..
    A ideia geral, para o comum cidadão é não gastar nada e poupar tudo o que possa, com o rendimento habitual resultante do trabalho. Especialmente se esse dinheiro for guardado fora do sistema bancário. Esses são os maiores LADRÕES do sistema económico capitalista. A bolha que rebentou não foi por minha/nossa culpa e o povo é que paga sempre, especialmente aqueles mais precários.
    Seguradoras, Bancos, sistemas privatizados que vivem da ganância do querer sempre mais.. ser os maiores e dominar tudo num regime liberalista até chegar ao monopólio do mercado. Ai está o auge do capitalismo egocêntrico liberal.
    Para quê ver isto com políticas? O povo que não sabe no que vota continua de olhos tapados.. Leiam um pouco mais sobre os ideais da esquerda e da direita e depois falem algo. Tudo tem a ver com tudo e quem pode regular são apenas os políticos… (pior é se tiverem a receber €’s para ficarem calados e nada fazer.. o tal lobby económico)

  19. Kripton says:

    Incrível a quantidade de pontapés que esse senhor dá na língua portuguesa. Quando o tema é software, ainda disfarça as lacunas com recurso à salada de termos técnicos. Porém, quando se escreve algo que ultrapassa a esfera de natureza ‘nerd’, ou para a qual não há Lifehacker nem tradutor que valha, tudo se complica.

    Curiosamente, não faltam aí treinadores de bancada (com a mesma habilidade para o futebol), perfeitamente habilitados para explicar o que deu origem à crise, mas quando se pedem soluções..bem..aí é melhor mudar de assunto.

    Já ouviram falar, por exemplo, em Diário Económico?

    • Pedro says:

      já ouviste falar em

      ‘Fica calado quando não tens nada para dizer’

      ?

    • ApacheDraco says:

      Mais um iluminado…

    • Rui Oliveira says:

      Alguém te chamou para cá ò senhor doutor da economia e português? 😉
      Vai destabilizar para outro lado que nós sabemos de onde vens e que sentimento é esse que estás a demonstrar

    • Vítor M. says:

      Kripton sim ouvimos e é uma tristeza de diário… só fala em crise e vive à custa dela, assim como os cinzentos, como tu e os oprimidos… como tu também. Chavões e técnicas recursivas.. tipos bem falantes, vão levando este país no bico…. sim e depois o país, que começou de tanga, vai roto ao som de baladas bem escritas com termos fantástico, dignos de um editor de economia.

      Bebe um copo e saboreia o néctar, coisas simples da vida para problemas enfadonhos e complicados… hmm cenas que não entendes.

      só erra quem escreve, quem nunca escreveu cemeteu logo o maior erro!

      • Kripton says:

        Ser ‘bem falante’ não é um dom. Está ao alcance de quem lutou e transpirou para o conseguir. A tipos como tu (ou fotocópias), esta realidade parece assustar, pois torna-te responsável por aquilo que (não) és.
        Por outro lado, o facto de ser eu – ou o meu comentário – o primeiro alvo da tua intervenção, mostra bem a tua fraca tolerância à crítica, e aí talvez não tenha sido claro:

        Simplesmente não sabes escrever. Claro que tentaste, e com isso ganhaste um site todo catita e mal escrito. Nada mau!

        Eu acompanho, mas de economia prefiro ouvir a opinião de quem realmente percebe e dedicou a sua vida a isso. Algum problema com isso, poeta?

        • Vítor M. says:

          Kripton está em crise!
          hehehe sim tu escreves mal. És um sem sombra homem, refugiaste atrás de um nick pois na vida real estás acanhado a olhar para o chão.

          É fácil ver o teu perfil triste de crise.

          É outro sinal da crise, os pobres de espírito renascem quando dizem “Está ao alcance de quem lutou e transpirou para o conseguir.”

          Transpiraste sim… 😉 hehehe

          Quanto ao que tenho (e tu não)… cada um é para o que nasce. Tu és um nick e ainda por cima pouco original.

          Também há grandes crises culturais!

  20. helder says:

    Gostava muito de ver sugestões prácticas para resolver a “crise internacional”…
    A verdade é que a política não tem nada a haver com esta “crise”, sejam os governos laranjas, rosas, vermelhos, azuis ou amerlos às bolinhas. As origens desta “crise” são basicamente sociais, porque desde há séculos que nós, os plebeus, nos contentamos com o velho “pão e circo” que generosamente nos é oferecido pelos feudos.
    Desde sempre que a civilização (global) está divida em dois os que têm em abundância (uma minoria) e os que mendigam. O que vai mudando é a relação entre as duas classes, se antigamente era assumida e até, devo dizê-lo mais “honesta”, agora está camuflada e chega ser preversa ao ponto de termos de implorar ser escravos para ganhar temporáriamente uns trocos que não chegam para pagar o “imposto” de ser escravo… se é que me consegui fazer entender… enfim vejam a obra de Peter Joseph e deixem-se sentir revoltados, às vezes faz bem…
    Quanto ao nosso burgo, acho que tirando alguns empresários oportunistas, temos lidado bem com a situação (tanto privados como governo), pois se olharmos para países como a Alemanha, que tem um poder de resposta inconparável ao português, vemos que em muitos dos pontos estamos a implementar medidas com objectivos mais duráveis no tempo. O nosso grande problema é a dependência de algumas multinacionais que se instalaram cá no tempo das vacas gordas (governo do Cavaco) e agora encontram na crise a desculpa ideal para se mudarem para países com custos de mão de obra mais baixos.

    Quanto a sugestões para lidar com a crise:
    -boicotar os produtos de empresas que sejam incorrectas socialmente para com o nosso país (que se tenham mudado para outros paíse com mão de obra mais baixa);
    -sempre que possível optar por produtos portugueses;
    -fazer um boicote programado a uma das gasolineiras (não importa se é mais ou menos culpada do que as outras…paciência) de forma a obrigá-la a descer os preços para valores justos;
    -semelhante ao anterior mas para os bancos. Eles queixam-se da “crise”, mas aposto que vão continuar a ter lucros obscenos, mesmo que desçam 90% em relação aos últimos anos continuam a ser lucros muito grandes…
    -quanto ao governo poderia incentivar ou mesmo participar da constrrução de novas indústrias do tipo automóvel (eu sei que é um sector com problemas, mas os veiculos aí produzidos, não seriam para obter lucro mas sim para oferecer um produto barato aos portugueses e ao mesmo tempo empregos e impostos!) ou mesmo armas (se os americanos podem, nós não?); informática (como eu gostava de ter um PC 100% tuga, tenho um portátil da JP Sá Couto mas os componentes são ASUS),…

    fico à espera de ver as vossas sugestões

    • Cavalão says:

      Gostei das medidas que foram aqui propostas, embora não possa concordar com algumas das mesmas, como é o caso do boicote às gasolineiras. É verdades que existe corrupção no preço do combustível, pois assim que uma desce o preço todas as outras descem, tal como quando uma sobe, todas as outras vão de encontro. Mas o tempo que se quer fazer um boicote porque não exigir ao governo que desça o imposto sobre os produtos petrolíferos, pois este sim é o grande culpado dos preço exorbitantes que são praticados no nosso país.
      Reparem nisto, sei que o governo tem um imposto superior a 60% nos combustíveis mas só fazendo as contas a 60% reparem que o governo ganha mais num litro de combustível sem trabalho nenhum do que uma petrolífera que tem todo o trabalho desde a sua extracção até o trazer às suas bombas onde o vamos comprar. Por isso julgo que o elevado preço dos combustíveis se deve aos elevadíssimos impostos que lhe é aplicado. Isto para não falar da compra de carros novos, pois como todos sabemos temos dupla tributação de imposto, algo ilegal e que mais tarde ou mais cedo vamos ter de pagar uma grandíssima multa à União Europeia, mas que o governo não se está para chatear, pois o dinheiro que vai ganhando até ser condenado paga facilmente essa multa.
      Este exemplo veio só para dizer que ninguém pensa fazer um boicote a uma marca de automóveis com o intuito desta baixar o preço dos veículos. Basta comprarmos uma revista de automóveis e verificamos que todas as marcas praticam os mesmos valores para os veículos idênticos. É certo que existem marcas a fazerem promoções mas também temos gasolineiras a faze-lo.
      O que para mim não passa de fantasias, pois o veículo que está em promoção ou tem de obedecer a um crédito X ou a um pack de equipamento Y. O que não nos permite escolher o que realmente queremos com o anunciado desconto!
      Já pensaram que o melhor boicote às gasolineiras que podemos fazer, é reduzir um pouco as nossas viagens de automóvel, basta que todos nós reduzamos uma ida ao café por dia “os que usam Automóvel para tal” e assim fazemos um boicote generalizado. O que no fim do mês se vai reflectir nas contas estatais.

  21. Angelo da Costa says:

    Antes de mais , excelente artigo !

    Na minha opiniao cada problema seja muito grave ou nao tudo tem uma soluçao “numa porta que se feche abre sempre uma janela” … mas para que seja resolvido acho que tanto a classe politica como empresarial tem que ser renovada , sangue novo com ideias novas , tem que se começar a pensar global e nao apenas para enriquecer. E na minha opniao o critico mesmo e apostar nas energias renovaveis e deixar o petroleo …energia renovavel com preços baixos, tudo gira a volta do petroleo. Nao sei ate que ponto será uma realidade , mas acredito que seja possivel mais tarde ou mais cedo.O povo tem que falar e que caiam os bodes velhos.

  22. claudio says:

    Em portugal é quase impossível.
    Estamos em crise, e é o tradicional “deixa andar”.
    E enquanto decorre a crise, toca a fazer grandes obras públicas, pontes e auto-estradas. Está na moda e ainda nos enterra mais em dívidas. Leiam este e-mail que recebi (se tiverem paciencia).
    ————————————————————–
    Título: Portugal – Dá que pensar

    “Portugal é assim

    Este é o pensamento político que temos (em Portugal), está em todas:

    · Estádios de futebol, hoje às moscas,
    · TGV,
    · novo aeroporto,
    · nova ponte,
    · auto-estradas onde bastavam estradas com bom piso,
    · etc. etc.

    A quem na verdade serve tudo isto?

    PORTUGUESES, LEIAM AS LINHAS SEGUINTES E PENSEM

    A QUEM VAI SERVIR O TGV …

    1. AOS FABRICANTES DE MATERIAL FERROVIÁRIO,
    2. ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS E …. CLARO,
    3. AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA …

    OS PORTUGUESES FICARÃO – UMA VEZ MAIS

    – ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS

    POR CAUSA DE MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA ! ! !

    Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio.

    Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos ‘Alfa’ por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros.

    A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.

    Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos.

    Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.

    A resposta está na excelência das suas escolas,

    · na qualidade do seu Ensino Superior,
    · nos seus museus e escolas de arte,
    · nas creches e jardins-de-infância em cada esquina,
    · nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.

    Percebe-se bem porque não

    · construíram estádios de futebol desnecessários,
    · constroem aeroportos em cima de pântanos,
    · nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.

    O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.

    É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).

    É por razões de sensatez que não o encontramos

    · na Noruega,
    · na Suécia,
    · na Holanda
    · e em muitos outros países ricos.

    Tirar 20 ou 30 minutos ao ‘Alfa’ Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de eurosnão trará qualquer benefício à economia do País.

    Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.

    Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se:

    – 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma);
    – mais 1000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma);
    – mais 1000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um).

    E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.

    Cabe ao Governo reflectir.

    Cabe à Oposição contrapor.

    Cabe-lhe a si participar

    Se concordar, reencaminhe esta mensagem!”

    Por mim está tudo dito,
    mais uma coisa,
    a crise é psicológica ou maior parte das pessoas não ligam.
    É uma crise económica, mas nunca se viu tanta gente nos fóruns, centros comerciais e em hoteis e resorts como nos tempos de hoje (a aumentar cada vez mais).

    TENHAM DÓ!

    Crise?! Queixam-se tanto da falta de dinheiro mas se calhar no domingo vão ao Fórum Coimbra fazer compras espalhafatosas.
    -.-

  23. claudio says:

    Mais uma coisa,
    o desemprego é , tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto que tiveram de vir os estrangeiros para preencher os empregos que a maioria dos desempregados portugueses ou acham repugnantes, ou exigem muito trabalho, ou preferem o rendimento minimo.

    • UKN says:

      Mas olha que os estrangeiros de leste já bazaram “todos” (ou pelo menos uma grande percentagem).

      Agora é só brasileiros por cá porque vêm iludidos do Brasil. A prostituição de leste foi quase toda susbtituida por prostituição brasileira aqui na zona, dizem, lol que não uso disso.

  24. carlos rajas says:

    Lendo os posts dos amigos fica mais do que claro o quanto Portugal tem a ver com o Brasil. O engraçado é que alguns xenófobos, de ambos os lados, se atacam, se xingam de burro, ladrão etc…mas no fim de tudo, perdão a palavrinha…é tudo a mesma merda !
    O Brasil não tem capacidade para ter um congresso nacional. O povo não sabe votar, é acomodado, quem tem seu empreguinho de 400 euros/mês está feliz da vida, pagando as 60 prestações de seu carrinho popular, e dirigindo bêbado aos fins de semana. O ideal seria um regime chinês, com pena de morte, e onde somente alguns roubassem e não essa gang de milhares de ladrões sentados na câmara de deputados, senado, prefeituras, e poder judiciario, sangrando os cofres públicos e se dando bem às custas deste povo, que de bonito só tem a embalagem pois mentalmente é pior que os africanos mais tribais.
    E para finalizar…aqui, no Brasil, não ha jeito…falo serio mesmo. Não ha santo que de jeito nesta joça. Perdemos a chance de ser um país decente ha muito tempo. Hoje somos exportadores de putas, travestís, ladrões, cafetões, criminosos de colarinho branco e somos o pais das bundas e da putaria, sem falar no entulho que produzimos todos os dias que crescerão sem pai ou sem mãe, sem estudo, sem alimentação decente e serão grandes candidatos a marginais. E tenho dito.

  25. The Duke says:

    Enfim, sinceramente, se o governo, ou sucessivos governos, não querem criticas, que não continuem a fazer borradas continuamente, anos após anos…

    E se eu decidir votar em alguém que ainda não tenha estado no poder, não tenho nada a perder, pois como nunca estiveram no poder e nunca fizeram borrada, sei que nunca os posso criticar.

    Os países Nórdicos são governados por partidos de esquerda, e vejam os resultados…

    @Pedro, por causa da sua incrível frase, de uma irresponsabilidade tremenda, “ou nos vermelhos, que numa altura em que o país tá falido andam aí a incitar greves e manifestações (que custam ao país muitos milhões de €)?”, meu caro, se não fossem as greves ao longos dos anos, enquanto tu ainda eras um miúdo, ou mesmo um par de células, se não fossem as tais greves que só dão cabo do país feitas por esses desgraçados dos vermelhos que comem criancinhas ao pequeno almoço, tu andavas a ganhar 300 euros ao mes e a trabalhar 12 horas por dia.

    Felizmente, existiram trabalhadores, com coragem suficiente para fazer frente ao poder, para mostrar o que eles tinham direito. E numa economia real, quem puxa por ela, não é o poder, são os trabalhadores normais, são eles que vão aos supermercados, que se alimentam, que compram outros bens, que gastam dinheiro na roupa, ou julgas que vao ser os 5% dos ricos que metem um país a andar?

    Julgas que se o TGV for feito, ou um novo aeroporto, julgas que alguém vai andar naquilo? Quem, o país vai estar falido, e o utilizador normal não vai ter poder económico para usufruir disso. Em vez que renovarem a linha férrea normal, como fizeram os espanhóis, não estouram-na em grandes obras para as empresas privadas dos “amigos”. Sabem qual é a diferença entre o Pendular e o TGV? Pois bem, com base no meu conhecimento, que é a minha área, é a linha! As máquinas são as mesmas.

    Se comparam o meu texto à TVI, dou os meus parabéns À TVI. Apesar de não gostar nada do noticiário, mas também não gosto do da RTP, pois é muito “abafado”…A TVI bem pode ter a fama, que tem, mas não se esqueçam que o grupo económico que a detém vai despedir cerca de 2000 pessoas…Ora estes vêem a crise de perto…

    Vivemos à muito num país que vive acima das posses, onde as pessoas não se mostram, mostram o que têm! Somos dos países mais individados no mundo, e as famílias portuguesas são das recorrem mais ao crédito…

    Acreditem, a verdadeira crise, ainda vem aí, 6 a 8 meses…Continuo muito desiludido com o que leio por aqui. Mas é o país que temos.

    • Angelo da Costa says:

      Tudo o que dizes é bem verdade, povinho portugues é “merdoso” …nao tendo nengum partido em particular,mas simpatizo mais com esquerda , sou contra o capitalismo.Cada um de nos é o culpado desta crise …toda a sociedade ocidental, chegou ao limite , e preciso urgentemente uma mudança radical… normal é sempre assim com as “eras” , é preciso haver um abano grande para as pessoas abrirem os olhos. Eu sinceramente nao acredito que portugal funcione com democracia mas enfim..penso que seria uma federaçao europeia a mandar cá … mas prontos !!

    • ApacheDraco says:

      Quem comparou o teu texto à TVI, deve ser um daqueles infiltrados, que no antigo regime eram conhecidos pelo lápis azul… E mais não digo.

  26. aver says:

    Dizia-me a minha sogra, que é de esquerda:

    Tenho ido espreitar as manifestações e tenho lá visto muita malta nova. Dantes (há pouco tempo) éramos só nós os velhos que protestávamos e fazíamos greve e eles riam-se – para quê fazer greve e perder o dinheiro do dia de trabalho, se havia os “trouxas” que faziam. O que interessava era ter mais dinheiro para comprar mais coisas … a crédito, barato e ilimitado. Agora que a crise apertou já os vejo lá.

    Juro que foi isto que ela disse. Não deixa de ter razão. De vez em quando é preciso um safanão para percebermos que somos todos portugueses e que estamos todos no mesmo barco (que mete água, mas há muitos séculos que não vai ao fundo).

  27. BR says:

    1) Crises sempre ouve desde 1920. Duas delas simuladas.
    2) Crises ha devido a bancos, nomeadamente o Mundial entre outros.
    3) Logico que é culpa da media. Todo o nosso comportamente que temos hoje em dia é devido a media. Se nos passa 50x o dia uma pequena guerra em pais X, que envolve 200 pessoas numa vila pequena, vamos pensar que se trata de algo grande e terrivel.
    E os que estao realmente no poder sabem disso, e claro que vao manipular essa mesma. Nomeadamente estas familias poderosas com os Rockefella entre outros, que estao por de traz dos maiores Bancos Mundiais. Caso vcs nao saibam, onde Bancos realemnte fazem dinheiro é com a miseria, e a guerra. Entao, estao a criar mais uma vez uma exelente situacao de Crise simulada.
    Vcs acham mesmo que nos EUA, milhares de Bancarios davam emprestimos a tordo e a direito sem pensar nas consequencias? E isso tudo o mesmo tempo?
    Caso tambem nao tenham pensado mais a frente, o que esta por traz disto tudo é uma uniao a nivel mundial. Um so governo um só poder. É o plano que esta a ser construido a mais de 60anos. Caso vcs tambem nao saibam, a uniam dos EUA Canada e Mexico, e ja uma realidade. Formando “North American Union”. Claro que a media nao fala disso, e claro que tambem nao querem que o povo saiba desdas coisas que fazem por de traz da cortina. https://www.youtube.com/watch?v=ecZnk_CYt58&feature=PlayList&p=B8A27B943E808BC6&index=0

    Enfim, vejam filmes como “Zeitgeist”, em vez de acreditar em tudo que vos é posto a frente dos olhos.

    • Ana says:

      @BR

      Concordo contigo.
      Aliás lá atrás referi algumas das causas, embora no essencial a verdade seja apenas uma – Um só governo um só poder – um esquema planeado e em execução há muito.

      Para os donos do capital não somos mais do que mercadorias conforme afirma Marx: “O trabalhador torna-se tanto mais pobre quanto mais riqueza produz… o trabalhador torna-se uma mercadoria tanto mais barata, quanto maior número de bens produz. Com a valorização do mundo das coisas, aumenta em proporção directa a desvalorização do mundo dos homens” (Marx – Manuscritos Económicos Filósofos).

      Mas, as pessoas na sua maioria tudo fazem para não acreditar que o TER tornou-se a RAZÃO DE SER da maioria dos indivíduos e, os mass media dão-lhes diária e ininterruptamente a maior lavagem cerebral (ou anestesias) possível, seja com futebóis, moda e derivados, novelas, sonhos e pesadelos, para além das “histórias” de acontecimentos (guerras, atentados, política,religião, etc).
      E as pessoas tomam tudo como verdade, sem se perceberem que essas ideologias prontas nada mais são que autênticas lavagens cerebrais, formatação, vínculos ao consumo para grande satisfação do capital. Tudo isto não é mais do que ALIENAÇÃO.

      Em suma, perceber o quanto somos “meras mercadorias” no actual contexto neoliberal seria um bom começo de mudança.
      A realidade é só uma a que está bem patente – desunir, dividir para reinar – tanto por cá, como por esse mundo fora. O capitalismo impõe a divisão social e o definhar do livre arbítrio, ou pensamento crítico. O que interessa às elites é manipular, de forma a manter os verdadeiros desígnios bem escondidos de todos. E os políticos não são mais do que marionetas ou lacaios do capital.
      A cada escândalo político, há quem reclame entre dentes e há quem se resigne mas, não fazemos nada de concreto a fim de mudar esta realidade, pelo contrário! A cada eleição votamos nas mesmas pessoas em troca de algumas promessas que jamais serão cumpridas. Na prática todos reivindicamos a necessidade de alteração das regras políticas: mais Ética; mais Justiça; mais Regulação; menos corrupção; menos mordomias; etc… e ingénuos (ou talvez não) esperamos que os corruptos façam isso por nós. Ou seja, nunca vai mudar! Se não nos mobilizarmos, se não agirmos, se soubermos exigir os nossos direitos enquanto cidadãos, as coisas continuarão como estão, ou pior!

      Já agora, deixo uma sugestão para quem ainda não viu, «The World According to Monsanto» aqui fica o link para visualizar o vídeo:
      http://wideeyecinema.com/?p=105
      Boa semana!

  28. UKN says:

    Eu pessoalmente acho que o Governo FEZ MERDA GROSSA quando deu subsídios a empresas para não fecharem. Uma empresa com por exemplo 70 trabalhadores ameaça que vai fechar e o governo vai logo andar a gastar os nossos impostos. Se criassem uma comissão de inquérito a ver o que correu mal e a responsabilizar os responsáveis …
    evitava-se muita porcaria desta.

    Agora todas as empresas querem o mesmo. Ameaçam que ficam sem dinheiro, atrasam os pagamentos aos trabalhadores e pressiona-se juntas e câmaras municipais sem fundamento para se desemerdarem com os subsidios senão fecham portas. Os seus administradores e dirigentes já têm a vida ganha e querem livrar-se de chatices com meia dúzia mal contada de trabalhadores.

    Conheço um caso duma empresa estrangeira, micro cá, macro lá, que meteu a sede da mesma numa zona onde recebia apoios do estado, e centro de trabalho noutro sitio. Acabou-se os 5 anos de subsidio, fechou tudo e foi-se.

    Outra empresa que tenho conhecimento já grande em que há finanças mais ou menos estaveis, onde não pagam aos fornecedores, aos trabalhadores e andam a ver se vão buscar subsídios para encherem os bolsos dos mesmos.

    Entretanto aproveita-se a crise para não subir salários de trabalhadores e qualquer arrebite de cabelo: baixa a crista que vais para a rua. O facto de existirem milhares de pessoas para substituir outros a baixo custo, ou por estágios ou por subsídios por parte do governo também não ajuda. Gestores sem escrúpulos aproveitam-se e bem disto.

    Tenho também o conhecimento de empresas que declaram falência num lado e abrem noutro. Ficam a dever aos fornecedores ou fazem esquemas e voilá … acabaram-se as dívidas de repente.

    Outro problema é a criminalidade. Penas maiores, trabalhos forçados, inserção social … na prática … nada … Se houvesse mão pesada que os fizesse meter na linha, agora mal roubam já estão na rua.

    Outro problema são os empréstimos, o pessoal quer ter o que nunca podia ter se levasse uma vida normal. Depois andam com a corda ao pescoço. Pessoas que compram telemovel que faz tudo e mais alguma coisa mas que nunca têm dinheiro para telefonar, que compram carro, mota mas que passado 3 meses já estão a pensar em vender …

    Eu por mim ainda não senti directamente a crise porque decidi avançar e fazer pela vida em vez de estar à espera que algo aconteça.

    O certo é que cada vez mais tenho mais amigos e conhecidos em situação de desemprego. E nenhum deles ocupava lugares de chefia.

    Um problema de fundo e como já disseram é a educação base. É PÉSSIMA. E NÃO HÁ JEITOS DE MELHORAR, não importa quantos magalhães se distribuirem … a próxima geração à minha também não pega nisto … e quer-me parecer que a seguinte também não. Os professores não estão motivados, os alunos não são motivados, os pais estão-se a cagar … ou seja está tudo FODIDO.

    Não há educação dos políticos, nem das pessoas, enquanto isto não mudar … não iremos longe.

    É claro que se nos acomodar-mos e não fizermos nada esperando que os outros se mexam também não vamos longe. Por exemplo, portugal tem dos mais baixos indices de empreendedorismo da europa, as pessoas não se conseguem organizar em sociedades para levar avante empresas maiores concorrentes com os monstros europeus, em vez disso há milhares de micro-empresas que andam sempre na corda bamba. Mas isto tem a ver com a educação e com as expectativas salariais e a realidade da coisa.

    Eu por mim decidi-me mexer em vez de me lamentar. E nas próximas eleições vou lá deixar pelo menos um voto branco. Como costumo dizer … se não votas … que direito tens de os criticar uma vez que não fizeste absolutamente nada para contrariar …

  29. Tiger says:

    Parabéns pelo tema!

    Enquanto a nossa justiça não funcionar, enquanto tivermos politicos destes, enquanto não produzirmos a maior parte do que comemos, enquanto não nos unirmos para endireitar as coisas que não vão bem…não vamos lá!

    Penso, e não estou ser péssimista, mas realista, que vamos passar tempos bem dificieis, nada nos é dado de graça, e anda muita gente a viver com coisas dadas e outros com coisas roubadas, alguém irá pagar, pois a Europa está esgotada, as colónias já se foram, os Brasis também já eram.

    Fico preocupaado que raio de País vamos deixar aos nossos filhos, um País com obras megalómanas, mas cheio de dívidas, que prefere apostar em pontes e afins, em vez de apostar em Universidades a sério sem Professores preguiçosos e encostados ao sistema, onde o conhecimento esteja acessível a todos, e para bem de todos. De onde as pessoas se formem para desenvolver e aplicar o conhecimento adquirido, sem jogadas ou negociatas.

    Gostava que se olhasse para Israel, da qual não gosto de algumas atitudes, mas que do deserto fizeram pomares, e que desenvolveram tecnologias que nem os americanos têm, tudo como…com conhecimento, estudo, laboratórios de alto nível, e acima de tudo união.Etc. Olhem se eles tivessem as condições que existem em Portugal, como seria?

    Já me alonguei…mas desejo o melhor futuro para todos.

    • carlos rajas says:

      O estado de Israel, no meu ponto de vista, é um estado americano fora do continente, financiado e subsidiado pelos americanos judeus. Ou seja a competência mostrada pelos nativos de lá, tem origem no continente americano. Não esqueçamos que o estado de Israel foi um presente dos europeus e americanos em troca dos bilhões de dólares em ajuda que os ricos judeus jogaram na segunda guerra mundial e que foram decisivos para a vitoria.

  30. carlos rajas says:

    O Vitor e equipa acertaram em cheio ao colocar um post com um tema sociopolítico. Acredito que deve ser praxe toda semana. Parabens a todos.

    Acabei de assistir um belo filme “the lost city”, não sei qual seria o nome que colocaram em portugues, mas poderia ser “cidade perdida”.filme do Andy Garcia, cubano, e que conta a historia dos últimos momentos da Cuba de Batista. Aqueles que acham que a revolução foi a salvação, logo verão que o drama de se viver num pais dominado pela ignorância e aristocracia, seja de esquerda ou direita, é pura ilusão e que o que importa é a real liberdade e sobretudo sentir e ter a sensação de que existe DE VERDADE, a justiça. Se ela for corrompida é melhor pegar o chapéu e ir embora.

    • Vítor M. says:

      Não é de praxe que falamos, falamos de iniciativa, falamos de oportunidade. Não queremos politicas só sociais, queremos politicas próximas das pessoas e politicas pró-activas. Rejeitamos e condenamos a preguiça da reactividade politica em detrimento da objectividade.

      Coisas simples com termos aborrecidos. Vai um copo de kryptonite? 😉

      Boa semana de trabalho meu caro.

    • Ana says:

      @carlos rajas

      «Se ela for corrompida é melhor pegar o chapéu e ir embora.»
      Para onde??

      Só vejo uma solução – acabar com a livre circulação de capitais (off-shores e afins) – de modo a se acabarem com as “bolhas” e “lavagens” de dinheiros sujos, provenientes de drogas, prostituição, pedofilia e outras atrocidades próprias do mundo da corrupção e então, sim, talvez possamos aspirar a um mundo mais equilibrado, com melhor e maior distribuição da riqueza produzida e menos miséria (espiritual ou material). Até lá, basta ver o que tem acontecido em África, com grande tendência para se alastrar à restante Europa e ao mundo em geral – a chamada “globalização da pobreza”!
      Boa semana!

    • Paulo Pereira says:

      carlos rajas: quase que acertavas… o filme The Lost City em Português é: Havana – Cidade Perdida
      http://www.dvdpt.com/h/havana_cidade_perdida.php

  31. The Duke says:

    Eh pa, esse filme já o vi, mas não acredito que o mundo seja uma conspiração assim tão bem engendrada…Espero eu.

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