Encontro Tablets: Uma Nova Era de Comunicação – 1ª Parte
Foi ontem, dia 23 de Novembro, que decorreu o Encontro Tablets: uma nova Era de Comunicação, organizado pelo semanário Expresso no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.
Esta conferência teve como objectivo analisar a forma como o mercado emergente dos tablets constitui um factor de oportunidade e inovação na imprensa, face à cada vez maior mobilidade de conteúdos, seja através de portáteis, smartphones e agora recentemente, tablets.
Esta 1ª parte foca-se essencialmente no primeiro conjunto de oradores nacionais e internacionais provenientes de empresas como o Grupo Impresa, Innovation Media Consulting e ainda a britânica The Times.
Os nomes mais sonantes desta guerra de tablets são o iPad da Apple e o Galaxy Tab da Samsung, cada um deles defendendo o seu sistema operativo, iOS e Android respectivamente. Ambos foram já foram analisados no PPLWARE aqui e aqui, mas é no mercado da imprensa que estes novos brinquedos se poderão revelar uma mais valia.
Na nota de boas-vindas, Pedro Norton, Vice-Presidente do Grupo Impresa, falou acerca da posição do Grupo nesta nova realidade, pretendendo estar presente num grande número de títulos já no 1º semestre de 2011. Após esta muito breve nota, seguiu-se a primeira apresentação.
Tablets: the big picture
09h45 - Juan Antonio Giner, Fundador e Presidente da Innovation Media Consulting
Juan Antonio Giner começa a sua apresentação afirmando: "A salvação dos produtos em papel não são os tablets. Há que criar conteúdo que se adapta melhor aos novos dispositivos".
"Se não fizermos nada agora, alguém fá-lo-á!"
De seguida, Giner mostrou quem são os "alguéns" que já se colocaram na fila da frente das empresas inovadoras na área dos tablets:
- Startbucks e o seu conteúdo grátis para tablets dentro dos cafés.
- Nomad Editions que lançou a primeira revista exclusivamente em formato tablet com a tecnologia TreeSaver.
- A Stimul, Jason van Genderen e Benjamin Reece começam já a produzir filmes para os tablets.
- Kraft Foods e a sua app de receitas de cozinha para iPdad "Big Fork Little Fork".
- El País de Cali, México com uma reportagem fabulosa sobre a cidade.
Todas estas empresas começam já a produzir conteúdo único e rico, apropriado aos tablets. Nas suas palavras "Não é a garrafa, é o vinho!" explica que "o problema não são os dispositivos móveis, mas sim os novos conteúdos multimédia", sendo necessário concentrarmo-nos no conteúdo e na audiência a esse mesmo conteúdo. Giner acrescenta ainda que "os tablets são os novos integradores dos media", pois conseguem integrar todos os conteúdos multimédia, livros, filmes, músicas, jornais, revistas, num só dispositivo, verdadeiramente portátil.
Por fim, é-nos antecipado o futuro: o novo "tablet de borracha". No futuro os tablets não serão peças sólidas, mas sim dispositivos maleáveis e resistentes a líquidos. Com esta antecipação, Giner apresenta o protótipo da Innovation, The Newsslate, cujas palavras de ordem são "desdobramento, flexibilidade e integração".
Uma viagem à volta dos Tablets: alguns exemplos de aplicações para Galaxy e iPad
10h15 - Pedro Monteiro, Coordenador de Arte Digital do Grupo Impresa
Pedro Monteiro começa por afirmar, à semelhança do orador anterior, que o conteúdo clássico dos media não pode ser o mesmo conteúdo dos tablets, o touchscreen é um novo intermediário na interacção pessoa-máquina, apelando mais à proximidade ao contrário do rato e teclado do vulgar PC. Por esta razão "há que repensar as narrativas", conclui Monteiro.
Existem 3 formas de colocar conteúdos num tablet:
- Leitor PDF - É o vulgar PDF a que estamos habituados no PC.
- Aplicações estáticas - São próximas de um PDF, mas têm muito mais conteúdo rico. Imaginem uma espécie de revista interactiva, onde a publicidade é um vídeo ou um jogo, existe ainda uma tabela de conteúdos e é possível tirar partido da orientação do tablet para desvendar mais conteúdos. Um dos melhores exemplos é a app para iPad da Time Magazine.
- Aplicaçações dinâmicas - Fazem tudo o que as aplicações estáticas fazem, mas assemelham-se mais a um CMS, possibilitando a busca de conteúdo dinâmico a partir da Internet, como por exemplo vídeos que podem ser carregados; é ainda possível fazer zoom a qualquer página, ajustando-se automaticamente o layout da página ao tamanho do ecrã, assim como o tamanho do tipo de letra. Um dos melhores exemplos é a app para iPad do Daily Telegraph.
Em relação ao Galaxy Tab, Pedro Monteiro refere que, como o dispositivo ainda não saiu nos EUA, ainda não teve o impulso necessário no mercado, por isso é natura que se encontrem bem mais aplicações para iOS do que para Android.
De seguida, foram mostradas a funcionar ao vivo 3 apps nas quais o Grupo Impresa trabalhou: Expresso, Visão e Caras. A primeira, Expresso, foi mostrada num Galaxy Tab e insere-se na categoria das aplicações dinâmicas, já faladas anteriormente - proporciona ao leitor, além do conteúdo normal do Expresso, uma nova foto por dia, assim como a possibilidade de ver por alto todos os artigos sob a forma de uma imagem ou vídeo, se for o caso.
A aplicação Visão é semelhante e a Caras é especialmente curiosa, quando nos permite vestir uma série de personalidades numa passadeira vermelha, com os vestidos da moda (as senhoras vão adorar).
A transição do papel para o digital
10h30 - John Hill, Design Editor do The Times
John Hill veio ao Encontro Tablets falar da sua experiência ao longo do desenho da nova aplicação do The Times para iPad - a fase de rabisco da interface, com papel e caneta, tendo o cuidado de manter todos os elementos de layout transversais aos diversos media - jornal, site e tablet - mantendo também a fluidez de navegação a que estamos habituados no iPad. "A versão iPad do The Times não pretende substituir o website ou o jornal! Mas se os leitores passarem a comprar esta versão, não faz mal!". Até as famosas "Crosswords" não foram esquecidas nesta versão tablet.
Hill fala também de alguns exemplos de conteúdo rico na sua aplicação, Wall Of Debt, um visualizador gráfico da dívida do Reino Unido; World Cup, onde se pode ver os resultados e estatísticas dos jogos e jogadores; e ainda Health Indicators, onde são mostrados mapas com informação aumentada, muito interessante - vejam o vídeo.
A Eureka, a revisa científica suplemento do The Times, é uma revista com 1 ano e que já tem versão em iPad. Com a sua interface muito peculiar, permite ultrapassar a dificuldade que o leitor tem em saber a "grossura" da revista, e assim prever o tempo de leitura. Para isso a Applied Works, empresa que fabrica este tipo de conteúdos para o The Times, adoptou uma interface inovadora, uma espécie de rede de neurónios para relacionar os vários temas no interior da revista, tendo o leitor noção da profundidade e quantidade de temas abordados na mesma.
Hill refere algumas das suas aprendizagens ao longo da sua experiência:
- "O sucesso tem um significado diferente para cada posição: para o developer significa automação e para o editor/designer significa editar e esboçar."
- "Deve-se reorganizar as redacções para produzir mais eficientemente e estar pronto para se trabalhar para um grande caldeirão central, o sítio onde todo o conteúdo deve parar."
- "O cliente é o mesmo, seja qual for a plataforma. Então, a sua experiência deve ser a mesma."
Após o término desta apresentação lançou-se um pequeno debate entre o moderador do Encontro e os oradores convidados John Hill e Juan Antonio Giner.
Orador: Para o The Times, como é que o mercado iPad está a crescer no Reino Unido?
John Hill: Já temos mais de 200.000 subscrições, o nosso modelo de negócio assenta actualmente sobre o iPad, em que o leitor tem os conteúdos disponíveis às 04h00 da manhã, pelo jornal à porta de casa tem às 07h00 da manhã e pelo website tem todo o dia.
Orador: Acha que as edições mobile devem ser grátis ou pagas?
Juan Antonio Giner: Pagas sem qualquer dúvida, só a publicidade presente nestes meios não financia de longe a criação destes conteúdos específicos.
Por fim, fez-se um pequeno intervalo para um merecido coffee-break, onde tive oportunidade de experimentar alguns Galaxy Tab que estavam em exposição num stand da Vodafone. Infelizmente não me pude habilitar a ganhar um brinquedo destes, que ia ser mais tarde sorteado, devido a confusões com a lista da imprensa. Fica para a próxima. 🙂
Deixo-vos esta 1ª parte do Encontro Tablets, amanhã de manhã não percam a 2ª parte. 😉
Lanço a seguintes questões para os nossos caros leitores:
Acredita que os conteúdos para tablet deverão/terão de ser pagos, tal como Juan Antonio Giner afirma?
Acredita que o mercado dos tablets será lucrativo na imprensa portuguesa?
Acredita na substituição dos meios da imprensa actuais por tablets?
Ficamos à espera das vossas opiniões.
Nota: Todas as fotos são propriedade do site aeiou.expresso.pt.
Este artigo tem mais de um ano
Os tablets estão na moda e vão deixar os netbooks e mesmo os portáteis a um canto… mais dois anitos e está feita a transição… 😉
Nao me parece que seja assim.
Se falarmos em termos de mobilidade concordo….
Sim em termos de mobilidade, afinal foi para esse sector que os tablets foram desenhados.
Eu não acredito nisso, um não substitui os outros (em grande parte das tarefas). É apenas mais um gadget que pode ser bastante útil, a par com os outros.
Vai faltar muito mais para isso acontecer.
Tablets não vão substituir portáteis, o teclado é super importante e algo imprescindível para quem passa horas a escrever.
É isso e dropbox passar a ser vulgarmente usado, só daqui a uns 5 anos, eu sei que nisso também tens ideias “precoces”.
Para te dar uma ideia da lentidão que existe em transições deste género, o XP ainda é usado e instalado por todo o Mundo 🙂 Estou a falar de uma transição a nível de software, também apoiada pelo não investimento em novo Hardware é certo mas mesmo assim o conceito está muito batido nas cabeças do Mundo, e tablets demorará #uiii# muito tempo mesmo. Há gente que não tem lifestyles modernos e práticos, nem o quer, tech sim mas não me chateie a cabeça a toda a hora em todos os cantos da casa ou trabalho ou café ou a cozinhar etc etc etc…
Pelo menos 5 anos, aposto o dinheiro que quiseres, mais do dobro da tua previsão, bem mais.
A única coisa que explica as tuas previsões é por não teres conhecimento real da sociedade tecnológica quer em PT quer no Mundo. Não acho mal nisto mas daí a generalizar, desculpa mas é errado.
Cumpts
Ah e já agora, eu leio os teus artigos e comentários bastantes vezes como podes reparar, e interesso-me pela maioria das coisas que escreves, tens conhecimentos muito aprofundados em certas áreas e aprendo muitas vezes.
Mas … palpites em timmings de transições, definitivamente não é o teu forte. Estrapolar a nossa realidade à população é mesmo muito errado,estatisticamente falando e empiricamente.
Os netbooks acredito que estejam seriamente ameaçados.. A única vantagem que ainda apresentam em relação a tablets (e já não são todos) é o preço mais baixo.. De resto, para fazer o que faria num netbook, um tablet é no geral, melhor.
Quanto a portáteis já não digo tanto, pois são máquinas para trabalhar.. É claro que os tablets também se vão desenvolver, mas para um tablet substituir completamente um portátil (daqueles a sério) é mais difícil..
O que era capaz de se safar bem era um netbook/tablet, ou seja, tablet com teclado agarrado.. mas com um design decente e não como os HP e Asus que já aí andam..
Bastante interessante é uma ideia (não sei se é protótipo ou se já se pode comprar) de uma capa com um teclado para o iPad.. Alguém pôs o link nos comentários há poucos dias (penso que era da ZAGG), é bastante interessante essa opção..
Portáteis serão sempre um segmento importante. Netbooks não… esses surgiram do nada apenas com um sentido. Serem portáteis Low Cost de pequenas dimensões…para coisas banais. Mas aquilo que oferecem é tudo menos qualidade.
O verdadeiro sentido de Netbook está nos tablets. Serão um dia baratos, são totalmente praticos para as coisas banais e serão usados em larga escala, porque para muita gente (para aquilo que fazem) não se justifica terem portáteis.
Concordo contigo. Também acho que os netbooks são uma espécie de transição entre os laptops e os tablets.
Existem pela simples razão de serem muito mais baratos. Até ao dia em que um tablet for mais barato que o netbook, os netbooks continuarão a vender.
Por outro lado, há tarefas simples como redacção de textos, que são feitas perfeitamente num netbook, no entanto num tablet estou sou mais céptica. Acho que com o passar do tempo a escrever, torna-se desconfortáveis tocar constantemente num “vidro”.
Para redações de texto num tablet, tudo o que seja mais que algumas linhas necessitará sem dúvida de um teclado externo.. Já há por aí para o iPad capas com teclado incluido, uma ideia muito boa mesmo!
@Ana narciso
É verdade.. não acho os tablets bons para escrever longas horas e isso um portátil é insubstituivel.
Mas também tenho um netbook, e as dimensões deles também não são nada boas para escrever longas horas… fico com uma dor nos tendões… vá lá vai.. por ter ali as mãos confinadas, àquele espaço…depois com aquele “micro” trackpad pior ainda…
Nesse sentido, penso que um Tablet terá obrigatoriamente que ter um teclado aparte, como o iPad tem, que tem as mesmas dimensões de um teclado normal e pode ser facilmente transportado para certas ocasiões que sabemos que vamos ter que dar muito aos dedos.. 😉
A minhas mãos dão bem no meu EeePC, por acaso, melhor até que num laptop vulgar. É curioso, porque nem tenho mãos “pequeninas”. 🙂
De encontro com este artigo já surgiu um rumor que em Dezembro a Apple irá lançar o iOS 4.3 com novos API’s para facilitar a subscrição de revistas…
Quanto a Tablets, ainda não acredito em Tablets Android… acredito sim em Tablets com iOS e talvez o que tenha pernas para andar mais longe é o da RIM que mais se aproxima ao iPad.
Os tablets android irão continuar a sofrer das diferentes resoluções e dimensões que cada marca impõe nos seus produtos e se para fazer Apps já tem sido um martirio, quando surgirem revistas pior.. e digo isto numa altura que a variante de tablets Android ainda é pequena e já se nota isso… imagino quando chegarem mais e mais tablets.. de diferentes specs.
Mas aparte disso, quem diria que à um ano se criticava o iPad… foi mal aceite pelo publico em geral e agora é dos produtos que mais foi falado este ano e deu um impulso enorme num novo segmento que agora (finalmente) é aceite… e mais que bem aceite.
Oh aFriend quem te paga para denegrir o Android? Quem percebe um bocadinho disto já não te liga nenhuma, é pena é que como comentas em todos os tópicos (deves ser pago pela Apple para fazer publicidade) possas desviar clientes de um Sistemas claraente superior (Android) para outro bom mas inferior (iOs)
Todos os argumentos que apresentas se aplicam aos PC’s e ao Windows/Linux. Por esse ponto de vista só devia existir um tipo de pc, com um tamanho de monitor, com 1 tipo de placa gráfica. UM GRANDE LOL PARA TI
Tenho um cliente que tem uma edição limitada (U2) de um iPod. No outro dia caiu e danificou a bateria. Pedira-lhe 400€ para substituir a bateria (serviços técnicos oficiais
Palavras do cliente: “Nunca mais compro nada da Apple!”
Por isso não vão em cantigas do aFriends e companhia porque vão paga a mais por produto a menos!!!
O teu comentário é um grande LOL em todos os aspectos.
E mais não digo porque seria perder tempo…mas és aquilo que chamo um belo técnico da bancada… se enviares um curriculo para a assembeleia de certeza que arranjas lugar como braço direito do socrates. Força nisso..
É lixado não ter argumentos não é?
Técnico de bancada é que não sou. E não achas ridículo estares em todos os tópicos Android a bater no ceguinho? Gostavas de ter um ? Compra!
Por mais que vociferes um Android faz tudo o que o iOs faz e muito mais. E os utilizadores na prática vêm isso não é preciso andar a pregar. Como me movimento num mundo de tecnologia, de pessoal que percebe, trabalha, e tem formação na área, posso-te dizer que o rácio de Androids/iPhones deve andar na casa dos 10 para 1.
Porque quem percebe não se deixa enganar pela publicidade (enganosa)da Apple !!
@Gerardo
“Sistemas claraente superior (Android) para outro bom mas inferior (iOS)”
Não digo que não, mas porquê? É que não estou a ver onde..
“Android faz tudo o que o iOS faz e muito mais.”
Também não digo que não (nem que sim, atenção), mas faz lá isso num android de 100 €…
“rácio de Androids/iPhones deve andar na casa dos 10 para 1.”
Sim, é verdade, e toda a gente sabe a razão 😉 não é preciso explicar 😉
“Porque quem percebe não se deixa enganar pela publicidade (enganosa)da Apple !!”
Isso é muito relativo…
– Quem percebe e tem dinheiro, compra iPhone ou android topo de gama, de acordo com o gosto pessoal e não por um fazer mais que outro. Pode também ser importante para a escolha a appstore da Apple e o suporte e actualizações do iOS; Disse isto para comparares iphones com androids ao seu nível, e não com os androids todos que há por aí..
– Quem não percebe e tem dinheiro compra iPhone porque é mais fixe para mostrar. Há muitas situações assim, infelizmente, porque são aparelhos com potencialidades enormes a serem usados apenas para telefonar e acessório de moda, ou seja, dinheiro para o lixo;
– Quem não percebe e não tem dinheiro, compra androids de 100 €, e depois diz mal daquilo até dizer chega porque…deves saber, não preciso de escrever mais 😉
Atenção que não sou nenhum entendido, apenas sou um utilizador que sabe mais ou menos para que é que as coisas servem..
Já estive perante várias situações em que olham para o meu iPod (que anda sempre comigo) com ar de que aquilo é APENAS um brinquedo, e que sou rico para ter uma coisa daquelas que só serve para brincar, etc.. Dou este exemplo apenas para deixar claro que a GRANDE maioria das pessoas não tem noção do que estes “brinquedos” fazem.. Alguns pensam que um iPod Touch de 300 – 400 € apenas serve para ouvir música.. Ás vezes esquecemo-nos que a grande maioria da população não olha ainda para estas tecnologias com olhos de ver, e não consegue perceber as suas potencialidades..
Outra situação é a das pessoas que, ou por não saberem, ou por não terem tempo, não querem um android que depois não é compatível com todas as aplicações, ou que para actualizar tem que se dar umas voltas muito manhosas. Há por aqui um comentário que diz que o Android, tendo um cantinho no XDA, tem potencialidades enormes e dá para fazer qualquer coisa..
Não duvido disto, até concordo, mas isso é real para uma percentagem ínfima da população.. Eu até gosto de explorar essas coisas (embora não seja nenhum pro), mas saio de casa às 8h e chego perto da meia noite..onde é que eu tenho tempo para andar a dar voltas e voltas para por um android a funcionar como quero? É aí que eu mais defendo o iOS.. As coisas funcionam e pronto! Como eu quero! A empresa faz o trabalho, e não deixa para ser o utilizador a fazer..
Quem quer aventura…jailbreak..e ficam todos contentes..
Peço desculpa por me ter alongado..
Cumps 😉
Os teus tambem são muita “iLol”
@Gerardo
Mas quais argumentos? Se me segues tanto quanto aparentas (embora negues) vai lá buscar um comentário meu, de uma convicção minha, que tenha estado errada…. va… puxa lá da cartola uma?
Eu não preciso de comprar um.. a minha empresa desenvolve soluções de software para uma vasta maioria de aparelhos do mercado.
Tu és como os outros tantos que aparecem, ficam lixados e aziados… por isso é que nem vale a pena a perca de tempo.
Mas vá… chora lá mais um pouco:
http://www.rethink-wireless.com/2010/09/12/despite-galaxy-tab-android-ready-tablets.htm
Google says its OS will not be optimized for slates until release 3.0, late this year
Se a própria o diz… ainda precisas mais argumentos?
E não.. não sou pago pela Apple, se fosse usaria muitos nicks, diferentes, como vocês fazem para tentar destacar as vossas convicções. Alias, se fosse pago pela Apple até já teria um iPad… meu! Mas infelizmente (ou não) são mais as ofertas das outras empresas (inclusivé Samsung) que da Apple… tenho que pensar nisso seriamente… lol
Quem diria mesmo… Um pisa papéis que dá tanto que falar 😛
É isso que causa azia a muitos.
Depois os tapados somos nós… mas cada vez que faço uma retrospectiva do que já foi dito e do quando fui atacado nessa altura, só me dá vontade de rir… 🙂
Essa questão das resoluções dos ecrãs dos aparelhos é muito pertinente.
Pelo que vi neste Encontro, cabe aos fabricantes das apps construí-las de forma dinâmica. Nesse caso, o layout e tamanho do texto ajusta-se sem qualquer problema a qualquer ecrã – foi esse o caso da app “Expresso” que o Grupo Impresa mostrou a funcionar ao vivo no Samsung Galaxy Tab.
Agora se o iPad monopoliza o mercado de tal forma que os fabricantes acham mais rentável optimizar apenas para iPad, a conversa já é outra… só o futuro dirá!
Isso é a demo que eles fazem agora, com poucos modelos. Quando aparecerem várias dimensões, resoluções, etc… eles serão forçados a escolher apenas “X” modelos para suportar aquela App, como acontece hoje em dia em muitas aplicações de smartphones android.
A Samsung é esperta porque está a forçar um mercado altenativo ao iPad para ganhar terreno face aos outros concorrentes de outras marcas. Porque tal como a Google disse, o Android actual não está preparado para Tablets ainda, mas a Samsung antecipou-se para ganhar uma clara vantagem… porque se fosse esperar pelo Android 3.0, com a saida de outros modelos de outras marcas em simultâneo, não iriam conseguir ganhar tanto destaque quanto aquele que estão a ter agora…
Basta a Google agora para o Android 3.0 definir certos padrões, e um ou dois não se adaptarem ao Galaxy Tab, que são 700 euros pelo cano abaixo. Já houvi dizer que ele terá suporte ao Android 3.0… mas já há também quem diga que não… mas isso só no futuro saberemos. Mas o que vejo actualmente, é uma grande oportunidade de negocio enquanto o mercado não está saturado.
Não creio que os tablets sejam completamente aceites.. Sinceramente não me vejo a andar com um “aparelho” de 7 polegadas para cima e que custa entre 400€ e 600€.
Adoro tab’s, são úteis, intuitivas e portáteis, mas enquanto esses preços não baixam ninguém vai arriscar andar com elas na mochila ou na mão.
nao sei como é que ainda nao falaram aqui do “the daily” subscrição de revistas para ipad que será anunciado em meados de dezembro…
vai deixar o ipad a anos luz dos outros chassos que andam aí no mercado…essas imitações rascas…
é uma parceria com o rupert murdoch…
Ver links:
http://www.blogdoiphone.com/2010/11/parece-piada-rumores-ja-falam-de-um-ios-4-3-para-o-mes-que-vem/
http://mashable.com/2010/11/23/ios-4-3-and-murdochs-the-daily-to-launch-in-december-report/
http://mashable.com/2010/11/21/the-daily-ipad-journalism/
Chassos? Vá lá Apple boy… sabes bem que o android dá um bailarico ao teu iPhone. Mete o iphone ao lado dum galaxy S com o 2.2 e confirma… Hardware? nunca foi o forte da Appel. Além disso é só software proprietário. Dêem liberdade de escolha ao utilizador please… Tablets? lindinhos e com conectividade limitada? não obrigado. A gente gosta é de tirar e meter as nossas pens 🙂
” A gente gosta é de tirar e meter as nossas pens”
Como fazes no Galaxy Tab? lol…
lol? tens o Toshiba Folio 100 com:
.Nvidia Tegra 2, processador Dual-core ARM Cortex-A9 a 1GHz
– 1 porta USB e outra HDMI
– leitor de cartões
– Sistema Android 2.2 e 3.0 agendado
e o mais importante: 339 Euros !
Achas pouco?
Sim, acho… falta-lhe o essencial.
Funcionalidade, Apps com qualidade, acima de tudo para a area profissional.
Já me deixei de iludir apenas por specs à muito… um tablet (até mesmo um computador) para mim é feito de um conjunto de coisas, e até agora o melhor conjunto tem sido oferecido pelo iPad. Tem lacunas? Sim, várias.. mas as virtudes superam. Especialmente na area qualitativa.
Sem referir que o Android lá arrasta-se como tudo (desde a mover menus, a mover páginas de internet), nem parece que tem 1Ghz como o iPad tem.. e a qualidade do ecrã dá dó… assim como a qualidade de construção, sem dúvida justifica o preço… o que tem de bom, acaba por não ser justificado em nada.
Bom bom é ter specs e usufruir delas. Mas isso é a prova que com 1Ghz, o iPad tem uma fluidez e qualidade fantastica e esse não… porque será? 😉
Apenas esse dinheiro por essas especificações? Isso já está à venda?
Mas atenção, é como o aFriend disse, hoje em dia as especificações já não são tudo.. contam quando se está a falar do mesmo sistema operativo, mas quando se comparam produtos com sistemas operativos o hardware já não pesa assim tanto.. 😉
Por favor não dês o exemplo do Folio100, há cadeias de lojas no Reino Unido que após tantas devoluções e reclamações simplesmente decidiram retirar do mercado o Folio. A qualidade do produto esta longe de ser um exemplo.
HDMI não é propriamente uma vantagem, tens muitas situações em que tal não serve, e o iPad tb pode ser ligado a um ecrã ou projector. Junta-lhe o peso e autonomia, qualidade de ecrã, variedade de software e poder ligar a uma loja oficial, e chegas à conclusão que o iPad é melhor alternativa.
Substituir os netbooks acredito que o continuem a fazer rapidamente, agora substituir os portáteis já nos próximos anos não acredito.
Alguém que tente passar definitivamente da utilização de um portátil para um tablet e diga se não tem dificuldades numa utilização normal. Falando do iPad que é o “standard” fica limitado com respeito a utilização de conteúdos, a porta USB é “essencial” para a troca de documentos (sei que há o wireless mas ainda se utiliza muito as PENs USB a nível doméstico e empresarial). Depois há o aspecto de estar a introduzir grandes quantidades de texto, coloca-se o tablet ao colo ou fica a baloiçar em cima de uma mesa com um ângulo do ecrã nada favorável para trabalhar.
O formato dos tablets está excelente para o que se propõem a fazer que é portabilidade para uma navegação ocasional na Web (irão sempre existir limitações no browser comparado com um desktop), visualização de multimédia e leitura de ebooks ou similares (utilizo o AutoCAD WS e é excelente a ideia e muito prática). Agora para algo mais polivalente como ter grande capacidade de disco, teclado de fácil introdução de texto, conectividade através de portas físicas, velocidade de processamento, etc. o portátil tradicional ainda é rei, para mim irão coexistir os 2 modelos (e os desktops a cair ainda um pouco mais).
Subscrevo inteiramente a tua opinião.
Uma coisa importantíssima que me esqueci, lançar-vos perguntas no final. Para quem tem preguiça de ler em cima, aqui fica:
Acredita que os conteúdos para tablet deverão/terão de ser pagos, tal como Juan Antonio Giner afirma?
Acredita que o mercado dos tablets será lucrativo na imprensa portuguesa?
Acredita na substituição dos meios da imprensa actuais por tablets?
Estou à espera de opiniões 😉
Bem, deixo a minha opinião:
1. Sim, o trabalho que elas dão só é rentável se for pago, desde que seja um preço apelativo. Mas desde que sejam revistas interactivas e não meras “web-versions” porque para web-versions vemos as paginas e blogs.
2. Não… ainda não temos mercado para isso, talvez daqui a uns anitos…
3. Sim, irá demorar mas irá caminhar nesse sentido sem sombra de dúvida.
😉
Para mim.. os livros vão ser sempre os livros e nenhuma tecnologia será tão boa como o papel.
Cada um tem a sua função, mas nenhum substitui o outro, são coisas diferentes.
Se o mundo deixar de ter livros/papel… muita da nossa inteligência deixa de existir. E precisamos de um para aprender o outro. Para sabermos o que significam as letras do teclado, precisamos, primeiro, aprender a escrever.. em papel.
Cumprimentos.
É um comentário que levanta bastante curiosidade, porque já vi pequenos a aprender a ler e escrever mais depressa em computadores do que em livros, por ex.
E penso que esteja ligado ao factor interactividade. Nas crianças especialmente, um computador ou um iPad irá ter muito mais atenção que um livro ou revista.
Acho que só na fase adulta é que isso altera, porque há muita gente que não troca os livros por nada, pelo contacto diferente.. de desfolhar as páginas.. o próprio cheiro dos livros…a leitura menos evasiva.. etc…etc…
Pessoalmente, a vantagem que vejo no formato digital, está no fácil/rápido acesso a informação e de fácil transporte.. posso levar vários livros e revistas num tablet… e para estudar algo é ideal para encontrar a informação que procuramos, como por ex, livros de programação… ou até mesmo para um médico ler o seu simposium! 😛
Sim, concordo que nunca substituirão completamente os livros.. É bom que continuem sempre a existir livros. Os tablets poderão é desempenhar a função que o papel desempenha em algumas áreas, talvez até de uma forma melhor..
Olá ppl geek, fartei-me de rir com os vossos comentários de teor tecnológico, isto porque poucos responderam às três perguntas lançadas pelo autor deste Post. Ou seja, limitaram-se todos a dar opiniões sobre pormenores técnicos das tablets do momento. (Apple vs Android e afins…)
Nós portugueses podemos ser uns tesos aos olhos dos nossos parceiros comunitários. Mas, que gostamos de tecnologias disso não tenho dúvidas, basta ver o fenómeno dos telemóveis em Portugal.
Por isso como designer de comunicação (Editorial), acho que em Portugal teremos capacidade para apresentar revistas digitais para o iPad e outros, e sustentar as variantes.
Parece-me sensato que a aplicação (revista VISÃO, CARAS, EXPRESSO,etc…) sejam pagas, pois para as editoras da imprensa, fica muito caro editar/publicar uma revista na Apple Store.
Analisado friamente um exemplo: – Quando se cria uma revista ou jornal em papel, passa pelo processo de impressão numa gráfica, o que fica caro à empresa editorial. Por isso, quem gosta da versão em papel, vai ao quiosque e paga, quem quiser a versão digital, usa as tablets, e pronto!
Não interessa entrar em demagogias sobre a nossa realidade sobre novos gadgets e tendências tecnológicas.
Em conclusão, as revistas e jornais vão coexistir em simultâneo, exemplo disso é a música digital! Quem gosta de música original compra um CD, quem prefere gigabytes de albúns, opta pelo MP3, e por ai adiante…
😉
Muito obrigada pelo teu comentário. 😉