e.CityGold: Autocarro eléctrico português estreia-se em Guimarães
Estamos habituados a ter países como os Estados Unidos como referência no que toca ao desenvolvimento tecnológico e mesmo à aplicação dessas tecnologias que aventuram a sociedade em níveis mais modernos e futuristas. Contudo, Portugal tem uma aptidão para aproximar as pessoas de factos concretos, projectos realizados e prontos a utilizar.
Que tal termos autocarros totalmente eléctricos ao serviço dos cidadãos portugueses?
Autocarros elétricos já andam em Guimarães
A CaetanoBus apresentou o novo autocarro para transporte urbano totalmente eléctrico, o e.CityGold, que foi desenvolvido em Portugal em parceria com a Siemens e instituições da Universidade do Porto. Guimarães será a primeira cidade a disponibilizar este moderno meio de transporte não poluente. Quem o quer conhecer na Green Weekend?
Este novo autocarro foi apresentado há poucos dias numa cerimónia que teve lugar em Vila Nova de Gaia e foi presidida pelo secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, tendo contado com a presença de vários responsáveis de autarquias que procuram alternativas limpas para o transporte urbano em Portugal.
Quais a novidades tecnológicas neste veículo?
O autocarro elétrico da CaetanoBus possui uma carroçaria em alumínio e tem um comprimento de 12 metros, uma largura de 2,5 metros e uma altura de quatro metros. Com um peso bruto de 18 toneladas e uma tara de 12 toneladas, o veículo oferece uma lotação até 88 passageiros.
O veículo vem equipado com um motor elétrico síncrono que desenvolve uma potência nominal de 160 kW às 1.500 rpm e um binário de 1.500 Nm. Em função das necessidades operacionais, o autocarro pode receber uma bateria com uma capacidade entre 85 kWh e 250 kWh, permitindo uma autonomia até 200 quilómetros. As baterias podem ser carregadas através de um carregador a bordo trifásico ou por um carregador externo DC de 150 kWh. A velocidade máxima anunciada é de 70 km/h.
Quer testar esta novidade de mobilidade limpa?
Quem quiser testar poderá já nos próximos dias 4 e 5 de junho viajar no primeiro autocarro elétrico totalmente produzido em Portugal, que fará os seus primeiros quilómetros em Guimarães.
Além disso, a autarquia da cidade onde nasceu Portugal irá brindar os presentes com a peça “A Viagem” no Teatro Bus. Os presentes poderão andar de bicicleta com roupa casual e com estilo, esquecendo os fatos de treino e as licras, ou pedalar numa bicicleta para iluminar uma árvore são algumas das propostas do Green Weekend, que se realiza no próximo fim de semana, nos dias 4 e 5 de junho, no Jardim da Alameda de São Dâmaso, em Guimarães.
A abertura oficial do evento está marcada para as 10 horas do próximo sábado, numa sessão onde marcará presença o Presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança. Após a cerimónia protocolar e de uma visita ao espaço, será feita uma viagem experimental no primeiro autocarro português 100% elétrico, da Caetano Bus, que brevemente estará ao serviço dos transportes urbanos de Guimarães.
Numa organização conjunta do Município de Guimarães e do Laboratório da Paisagem, a primeira edição do fim de semana verde no “Bosque Urbano” de Guimarães, terá dezenas de atividades para os mais variados públicos – das crianças aos mais velhos – sempre com a temática da sustentabilidade ambiental como pano de fundo.
Cidade quer ser exemplo para Portugal
A iniciativa contempla ainda palestras, workshops e tertúlias variadas, jogos tradicionais, percursos pedestres e interpretativos pelas Minas da Penha, Parque da Cidade de Guimarães e pelas Bacias de Retenção, visitas à ETAR de Serzedelo e à ETA da Vimágua, entre outros motivos de interesse.
Num fim de semana em que se assinala o Dia Mundial do Ambiente (5 de junho), não faltarão motivos para uma visita ao Jardim da Alameda, num evento que reúne cerca de três dezenas de parceiros. No recinto estarão ainda diversos stands e palcos destinados a receber atividades no âmbito da educação ambiental, investigação e inovação, gastronomia, atividades desportivas e culturais e até a realização de programas de rádio em direto.
O Green Weekend promete fazer as delícias dos vimaranenses num fim de semana ecológico, cuja programação está inserida num vasto conjunto de atividades no âmbito da preparação da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020. Poderá ver aqui o programa.
Este artigo tem mais de um ano
Será que poluem menos do que os Ibizas fumaretos?
xDDDDDD
Tens alguma coisa contra os Ibizas fumarentos?
bastante…
uma boa noticia, e os meus parabéns!
excelente noticia…
Uma excelente iniciativa e um produto que pode ser exportado.
Os STCP (Porto) à poucos anos atrás testaram, num projeto de milhões, os autocarros movidos a hidrogénio. Um foi para Lisboa e outro está em exposição no atual Museu do Carro Eléctrico em Massarelos (Porto). E 200 km de autonomia é muito pouco para um autocarro que faz, com certeza muitos mais Km por dia. Resta saber quem é que vai lucrar com mais um projeto nado-morto…
Espetáculo. Contente por fazer todo o sentido em cidade actualizar os transportes públicos poluentes e espectáculo por ser português. Força
Todos os transportes públicos deviam ser obrigatoriamente serem electricos…Querem acabar os carros nos centros das cidades por causa da poluição esta é uma maneira de começar e deixem das proibições aos particulares…e o caos na cidade de Lisboa…eles querem que os “pobrezinhos” comecem andar de comboio para eles andarem de bicicleta nas avenidas de Lisboa…e depois aparecem com aquelas luzes azuis a pedir autorização para passarem, façam com eu que só encosto se for ambulância..
Porque tanta admiraçao, por autocarros electrIcos, quando ja existem os troleivus em Coimbra e Porto.
Pena e que em Coimbra os comecem a encostar, porque sao mais economicos e menos poluentes.
Aquela coisa que deixa uma cidade feia com aqueles cabos espalhados pela cidade, e depois são dependentes desses cabos.
Em minha opinião sera um bom investimento que Portugal esta a concretizar, desde que os mesmos estejão bem fabricados, porque uma viatura dessas carateristicas a circular dentro de uma Cidade no para arranca se detiora se não for resistente , vamos penssar positivo para que fação milhares de Km s/ avarias,,
Os veiculos elétricos, com menos peças moveis, sao menos propensos a avarias.
Adoro quando o pessoal chama os veículos elétricos de “não poluentes”, como se a energia que carrega as baterias não viesse essencialmente da queima de combustíveis fósseis. Depois é tudo Green qualquer coisa, é como se a energia que os alimenta viesse das folhas de chá verde! xD
Mas se formos pensar assim…é tudo poluente 🙂
Isso é que te enganas, Portugal quase só consome energias renováveis, as fosseis só as usam para estabilizar energia, quando faltam as renováveis, já estivemos 4 dias só a consumir energias renováveis.
https://energia.edp.pt/particulares/apoio-cliente/origem-energia/#nao-renovaveis
Em 2016 temos uma produção de 13,8% de energias não renováveis. E eles ainda juntam nas renováveis a queima do lixo, porque é renovável mas não quer dizer que não seja poluente.
E não vale esquecer que isto é a produção para o país que tem “meia dúzia” de veículos elétricos. Quero com isto dizer, que imagine que todos os portugueses decidem comprar um carro elétrico no espaço de 3 anos. Nós não temos (ainda) a capacidade de produzir energia limpa para toda uma frota de veículos “amigos do ambiente”.
Mas o esforço e investimento é grande e caminharmos nesse sentido, o que é bom. Por outro lado, a maior importância para mim nesta noticia seria a de Portugal conseguir se impor como um desenvolvedor e produtor de veículos elétricos tanto para consumo interno como venda para o exterior. Nós precisamos é de fazer crescer o PIB!!
Concordo em parte, mas o seu primeiro comentário faz quase querer que veiculas a petróleo são a mesma coisa se não melhor, e isso é apenas e só uma tendência para a desinformação e influencia não só algumas mentes como suporta as que continua a pensar que gasolina/gasóleo é melhor e que isto é tudo uma conspiração.
Certamente que em parte o incentivo da EDP na ligação de painéis à rede será uma grande ajuda no futuro e espero que continuemos a apostar em grande nas energias renováveis e cada vez menos em petróleo. E concordo que não se aproveitem da popularidade do problema para meter ao bolso.
Em termos de veículos eléctricos acho que não seria má ideia apostarem em veículos urbanos de distancia media. Se houvesse desenvolvimento e produção dos mesmo seria com certeza uma mais valia para economia portuguesa.
Respondendo à primeira parte do seu comentário, em momento algum comparo os veículos movidos a combustíveis fosseis com os elétricos. Apenas apresentei o argumento de que estes também são poluentes nos dias de hoje. E justifico essa afirmação.
Só critiquei a maneira de como se abordam estas temáticas. É que se uma fábrica tem motores elétricos a produzir, gasta energia e aí é poluente. Já se o motor está em cima de 4 rodas, pumba leva com um selo “verde”.
Amigos, estão se a esquecer de uma coisa. E a energia que se gasta a refinar a gasolina? É que a gasolina não é um produto que sai da terra e é só enfiar no depósito do carro. Estimativas apontam para 4/5 kwh para refinar cada gallon (3.79 litros) de gasolina.
Ou seja, tem que se gastar electricidade que vem de fontes renovaveis e não renovaveis para refinar gasolina, que depois é queimada com 35% de eficiencia num motor de um carro. Se calhar é melhor aplicar logo essa energia (independentemente da fonte) num carro eléctrico com um motor trifásico a 90% de eficiência não?
Cumprimentos.
Parabéns! Boa noticia :)!
Viva futuro verde!
A França já tem isso há anos. Portugal sempre nos últimos como sempre
Falais sempre mal de Portugal, quando vamos a ver outros países que ainda são piores, e depois fazeis uma mascara de um pais que na realidade é outra. Fica em França, que gente como tu para afundar o pais não faz cá falta.
Excelente projeto e ideia. É pena é que o slogan no autocarro esteja em inglês. Enfim… é triste não valorizar a nossa língua, num projeto português. A típica atitude provinciana de muitos dos “iluminados” da nossa terra.
Tem razão, mas se calhar do outro lado está em PT. Também há que ver que a popularidade entre turistas pode levar o negocio para o exterior.
Portugal no seu melhor, isto sim dá orgulho de ser Português.
O autocarro será mesmo Português ou só a instalação das baterias?
Não sera tipo o manel GT do GPL montar um kit num BMW 6 cilindros e vir para a net dizer que é made in Portugal?
O autocarro parede muito um tipico autocarro da Mercedes ou Volvo.
Penso que desenvolver uma plataforma para um autocarro deve custar milhões e milhões de euros.
Ainda por cima projecto realizado com a colaboração da Siemens que não é nada Portuguesa.
Se for um kit eléctrico que possa ser montado nas frotas em serviço, isso sim era mesmo de valor.
Entretanto os Chineses já vendem autocarros 100% elétricos de raiz há anos.
Cumprimentos
Não sei se o nome Caetano diz-se alguma coisa. Eles já fabricam autocarros à muitas décadas em Portugal. Mas para além de produzirem autocarros praticamente do zero, também são carroçadores!
Aliás Portugal tem muitas fábricas que se dedicam a carroçar quase todos os autocarros que vemos a circular pelo país e por esse mundo fora. Dou exemplos:
– ATOMIC (C ompanhia I rmãos MOTA – lendo ao contrário….. ATOMIC). Fazem as carroçarias para todas as marcas, Volvo, MAN, Mercedes, Iveco, etc….. Vejam com quantos autocarros se cruzam do carroçador ATOMIC (feitos em Vila Nova de Gaia, só vem de fora a carroçaria da marca, o motor e pouco mais, o resto é todo desenhado, manufacturado e montado cá);
– Salvador Caetano (Caetano BUS), também são carroçadores, mas dedicam-se a produzir autocarros do zero, como este exemplo…..
Carroçarias Irmãos Mota > (invertendo) > ATOMIC
Assim é que é 🙂
Boas Rui,
Não conheço a ATOMIC, e também não conheço en detalhe a actividade da Caetano..
A Caetano, era importadora de carros e parece que isso continua a ser o maior negocio apesar das dividas..
“…só vem de fora a carroçaria da marca, o motor e pouco mais, o resto é todo desenhado, manufacturado e montado cá);”
Queres dizer… o Autocarro vem de fora e é montado cá 😀
Mas isso não faz dele Português 🙂
Os Portugueses conseguem ser Integradores, mas construtores…só de motos com as excelentes AJP, e mesmo assim o motor não é nosso!
So podes dizer que um producto é teu, quando o desenhas, controis com a tua tecnologia.
Eu acho que estas Empresas funcionam mais na parte da montagem de interiores, janelas, e por ai fora..
LMX?
Tirando a carroçaria, motor, caixa e volante, todo o conteúdo é desenhado cá. Toda a carcaça, bancos, tecidos, metal, vidros, etc é tudo feito cá. O futuro dono do autocarro escolhe o chassis e motor, vem um patim enorme lá de fora, mas depois a estrutura é toda feita cá. Sei porque já estive na fábrica da Atomic a escolher o design final do autocarro (podes escolher Mercedes, Man, Volvo, Scania, etc, que o aspecto exterior é sempre personalizado pela Atomic, aliás podes ter um Iveco e um Mercedes que por fora são os 2 exactamente iguais!!!), escolhemos o tipo de bancos, tecidos, se rebatem ou não, número de lugares, etc.
No nosso caso, desde que assinamos o contrato, a ATOMIC demorou 9 meses a construír o autocarro. E temos fotos dele com apenas ferros pretos soldados!!!!!!
Da Salvador Caetano não conheço, mas pelo preço, pertencem a um patamar um bocado acima!
Ah, e quando fomos escolher pormenores do nosso autocarro, estava a ser feito também o autocarro do FC Porto 🙂
Na altura tinham capacidade de produção de 15 autocarros por mês, apesar de terem a produção quase toda comprometida para a Carris por mais de um ano!!!!! Isto em 2006.
Repara que quase todos os autocarros que se cruzam contigo, principalmente os grandes são quase todos ATOMIC!
Boas Rui,
Fico contente por saber isso, agora falta o resto..
Eu tinha lido que havia uma empresa aqui ha uns anos a tentar fazer um chassis..mas foi posto de lado…não sei exactamente para quem era…lembro-me vagamente..isto a uma distancia de cerca de uns 10 anos , se for mais não deve ser muito mais..
Isso éra algo bom para o País, o motor e especialmente a caixa(a caixa é a coisa mais complicada de fazer…apesar do pessoal pensar que é o motor..). dificilmente tiraríamos proveito, mas o Chasssi, era muito bom termos, quer para transporte Urbano quer para Turismo.
A salvador Caetano, er aum integrador também, eles não faziam o chassi, pegavam era nas peças dos varios fabricantes e montavam tudo..
Dizes que eram mais caros, talvez devido ao equipamento que montavam nos autocarros…mas também não sei..
Se não fosse o Norte de Portugal, este País já tinha afundado ha muito..mas não me quero alongar muito por ai.. 🙂
pois e de lembrar que a EFACEC podia e devia ter entrado no projecto…mas Portugal já é comandado pelos Alemães/Espanhóis a algum tempo…dai a Siemens -.-
De qualquer forma é uma boa Iniciativa se formos capazes de criar um chassis, e partir daí para substituir peça a peça as coisas importadas..
Mas 100% Português duvido, é como se diz é 100% Português da china.
A iniciativa é boa, falta torna-lo Português 🙂
Só para acrescentar a esta noticia um pormenor, Em Viana do Castelo já existe há uns anos um mini autocarro eletrico que percorre o centro histórico de Viana e anda pela estrada.
Sera muito utopico desejar que os Velhos do Restelo um dia acabem? Li aqui cada comentario…Entao seria melhor ninguem trabalhar nestas tecnologias so porque a energia produzida em Portugal (ainda) nao provem na sua totalidade de fontes renovaveis, ou porque a autonomia do veiculo ainda nao atingiu valores optimos?! Ja agora acabem com a inspeccao automovel, para voltarmos a ver nas estradas as carcacas fumarentas do passado! Ou melhor ainda, reativem a fabrica dos Trabants!!! Haja paciencia
Boa notícia, mas não seria melhor terem utilizado baterias que a Tesla utiliza? Já que as patentes dessa tecnologia são livres. Um carro Tesla tem autonomia para 400+ Km. Se metessem bateria de tamanho muito superior num autocarro, de certeza que aumentaria a autonomia para 900 Km ou mais.
Quanto pesa um Tesla??? Um autocarro carregado são 20 toneladas.
Refaz as contas.
Entretanto aconselho que levem o D. Afonso Henriques a uma escola de inglês porque ao ver passar esses veículos todos bem ornamentados de dísticos em inglês vai logo desconfiar da origem dos mesmos sem perceber certamente patavina do que tudo aquilo quer dizer, à parte disto parabéns pelo resto da inteligência aplicada nos mesmos.