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Bitcoin tem subida abrupta e passa a barreira dos 2 mil dólares

A mais famosa criptomoeda do mundo, o Bitcoin, vale agora 2 mil dólares por moeda (cerca de 1846 euros). Estes dados vão sendo fornecidos pelas plataformas e carteiras de moedas digitais que negoceiam com Bitcoin, como a Coinbase ou a Kraken.

A avaliação feita a este mercado refere que, a esta cotação, estão em circulação cerca de 33 mil milhões de dólares.


Será um dia o Bitcoin a moeda universal?

Nas últimas semanas, o Bitcoin conseguiu superar todas as expectativas alguma vez imaginadas quanto ao valor que uma moeda digital um dia poderia valer. Atualmente, um Bitcoin está no mercado à venda por 2069 dólares, sendo esse um valor histórico nunca antes atingido neste tipo de moeda.

Pela primeira vez, a moeda digital conseguiu ultrapassar o marco dos 2 mil dólares, depois de uma subida repentina nas últimas semanas. Além do seu valor, também o seu “crédito” começa a ser significativo a atrair cada vez mais a atenção dos investidores, embora ainda não tenha um assédio declarado pelas questões políticas e legais quanto à aceitação desta moeda face aos efeitos que poderia causar nas moedas tradicionais.

O CoinDesk, que é um site especializado nas notícias sobre moedas digitais – fundado por Shakil Khan e depois comprado pelo Digital Currency Group – cita Arthur Hayes, CEO e co-fundador do BitMEX, plataforma alavancada pela moeda digital, que acredita que uma vez que o Bitcoin superou a marca dos 2 mil dólares, a taxa de apreciação do preço vai acelerar dramaticamente.

Da mesma forma, Charles Hayter, co-fundador e CEO da CrytoCompare acredita que é um marco psicológico importante o Bitcoin ter atingido a barreira dos 2 mil dólares, que irá gerar mais interesse e isso irá aumentar ainda mais o preço.

 

Um aumento de interesse

Não podemos deixar de “culpar” o trabalho feito pelos ataques de ransomware, mais concretamente este último, o WannaCry, que colocou no radar de todo o mundo esta moeda digital. Há cada vez mais interesse no comum dos mortais em saber como se troca a moeda convencional em Bitcoins, como é possível trocar bitcoins em moeda corrente e como é aceite esta criptomoeda.

Se até agora o Bitcoin era conhecido principalmente pelas pessoas ligadas à tecnologia, a verdade é que os hackers e os perpetuados ataques de ransomware ajudaram à promoção desta moeda digital. As pessoas, de uma forma geral, têm a ideia que esta moeda está ligada aos crimes online, que não deixa rasto e que alimenta as organizações de cybercrime.

Há países onde esta moeda é vista como uma moeda já corrente. Como exemplo está a Argentina que, dadas as várias crises financeiras pelas quais já passou e a inflação historicamente elevada, tornaram Buenos Aires uma campeã latino-americana do mundo do pagamento com Bitcoins.

Se é uma tendência este aumento de interesse? Os dados do Google Trends mostram que as pesquisas on-line para a palavra “bitcoin” estão já a subir para os níveis perto do recorde que se verificou em novembro de 2013. Enquanto os números ainda não estão nesse nível, estão contudo, já muito perto do máximo. Para termos uma ideia, 100 representa o ponto máximo, na semana passada as pesquisas levaram o termo ao nível 89.

É verdade que a história diz-nos que o Bitcoin é uma moeda volátil, como o seu preço sempre com picos assustadores quando comparada com as moedas correntes, contudo, o cenário parece agora estar a mudar.

 

Bitcoin vale mais que o ouro

Em abono da verdade, esta moeda está em foco pelas razões erradas, aliás, como sempre esteve. Como moeda de pagamento do crime, dificilmente (pelo menos na próxima década) será tida como séria no mundo. O assalto global do cyber da WannaCry infetou mais de 200 mil computadores em cerca de 150 países, e os utilizadores atingidos foram intimidados e “obrigados” a pagar um resgate entre os 300 e os 600 dólares na moeda anónima. Só assim os seus dados raptados e criptografados eram devolvidos. Muitas pessoas pagaram.

A moeda baseada na plataforma computacional BlockChain, que apareceu em Janeiro de 2009 e já aumentou mais de 1698 dólares, deixou “ricos” os que apostaram na altura nesta moeda. Hoje vale mais que o ouro, que negocia atualmente nos 1233 a onça.

Um dia os garimpeiros irão ser outros, a tendência é a Mineração de Bitcoins, atividade que é ainda mais sombria e anónima que a própria moeda, tendo, contudo, regras ferozes para a regularização desta moeda.

O que é a Mineração de Bitcoin?

Mineração de Bitcoin é o processo de adicionar registos de transações ao livro razão público do Bitcoin, que armazena transações passadas (tudo o que precisa saber sobre este assunto está neste artigo). Este livro razão é chamado de “BlockChain” pelo facto de ser uma cadeia de blocos de transações/registos. O BlockChain serve para confirmar transações para o resto da rede ter conhecimento. A rede Bitcoin usa o BlockChain para distinguir transações de Bitcoins legítimas de tentativas de reutilização de moedas, ou seja, moedas que já foram gastas em outra transação.

Minerar é intencionalmente feito para ter um uso intensivo de recursos, de forma que o número de blocos encontrados por dia permaneça constante. Blocos individuais devem conter uma prova para serem considerados válidos. Esta prova é verificada por outros nós Bitcoin cada vez que eles recebem um bloco.

Bitcoin usa uma função hash com recompensa para provas (a hashcash proof-of-work function). O propósito fundamental da mineração é permitir aos nós da rede Bitcoin alcançar um consenso seguro e inviolável. Minerar é também um mecanismo usado para introduzir moedas Bitcoin no sistema. Os mineradores recebem taxas e um subsídio de novas moedas criadas. Ambos servem com o propósito de disseminar novas moedas de uma forma descentralizada bem como motivar as pessoas a prover segurança ao sistema.

A Mineração de Bitcoin é chamado assim porque se assemelha com a mineração de outros comódites: requer esforço e lentamente faz com que uma nova moeda esteja disponível a uma taxa que se assemelha à taxa de outros comódites minerados do solo (petróleo, cobre, outros tipos de metais, madeira, etc.).

 

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