A importância do Software Livre no mundo de hoje
Por Luis da Costa para o Pplware!
Uma questão de conceitos, termos e liberdades.
Uma das grandes e mais importantes temáticas em discussão nos tempos que correm é a do Software Livre, Open Source e afins ....
Com um mercado cada vez mais saturado dos mais variados produtos, provenientes dos mais variados pontos do Mundo e desenvolvidos por uma cada vez maior diversidade de equipas de desenvolvimento, o conceito de Software Livre reveste-se de uma crescente importância.
No entanto, o conceito de Software Livre ultrapassa os simples conceitos de licenciamento e código aberto. Tal como Luis da Costa indica nas palavras que escreveu, trata-se de uma forma de estar, de pensar e de agir.
Antes de mais uma definição do termo impõe-se. Software Livre, ou “Free Software” (em inglês), designa um programa informático Livre (Liberdade) e não Grátis (Monetário). Para distanciar os dois é usado a expressão “Free as in free speech not as in free beer”, o significa “Livre como em Liberdade de Expressão e não como em Cerveja grátis”. A expressão tornou-se famosa graças ao Richard Stallman, e ao GNU Manifesto, publicado em 1985 dois anos depois do anúncio da criação do Projecto GNU e poucos meses antes da fundação da Free Software Foundation.
Um programa é Software Livre quando os utilizadores detêm as 4 seguintes liberdades essenciais:
Liberdade 0 : A liberdade para executar o programa, e isto qualquer que seja o propósito.
Liberdade 1 : A liberdade de estudar como o programa funciona, e modificá-lo de forma a que o mesmo se torne mais adequado à nossa computação. O acesso ao código fonte, também chamado de source code é uma pré-condição para tal.
Liberdade 2 : A liberdade de redistribuir cópias do programa de modo a que possa ajudar os outros.
Liberdade 3 : A liberdade de distribuir copias das vossas versões modificados aos outros. Dando desta forma uma chance de beneficiar das vossas mudanças à comunidade. O acesso ao código fonte é uma pré-condição.
Todo o software que não respeita uma destas liberdades é considerado “não ético” do ponto de vista das nossas liberdades informáticas essenciais.
Tais conceitos são por vezes confundidos com os conceitos e ideais promulgados pela OSI – Open Source Initiative, uma organização que foi criada de forma a promover o software dito de “código aberto” (ou Open Source). De forma resumida, a diferença entre um programa dito “Open Source Software” e um programa dito “Free Software”, é que o primeiro poderá não englobar os conceitos de liberdade do segundo, então que o segundo irá sempre englobar os conceitos de código aberto do primeiro (visto ser uma pré-condição). É por esta e outras razões que a terminologia dos dois conceitos deveria ser diferenciado com claridade de forma a deixar bem claro ao utilizador que género de software é que está em questão e quais as suas liberdades associadas.
O Software Livre no dia-a-dia
Hoje em dia considerar que o uso do Software Livre se reduz aos aproximadamente 1% de utilizadores GNU/Linux, seria fazer um erro de julgamento muito importante. Na realidade raras são as máquinas hoje em dia que não possuem um pedaço de Software Livre, e isto sem falar de todos os servidores aos quais temos acesso na internet e que usam Software Livre (nomeadamente os da Wikipédia, Google e por vezes até Microsoft e Apple).
No entanto raras são as máquinas de hoje que utilizam Software Livre a 100%. Bem pelo contrário, ao passar do tempo, temo-nos afastado de esta ideia, tendo-nos orientado cada vez mais para sistemas completamente fechados e proprietários, tais como os sistemas da Apple e Microsoft. Ao aceitar a utilização desses softwares que restringem a nossa liberdade, e essas licenças que foram feitas unicamente para proteger as empresas que as promulguem, estamos não só a apoiar esse sistema ajudando-os a se desenvolver cada vez mais, como também a limitar-nos em termos de liberdade computacionais e humanas.
Um dos exemplos mais óbvios do perigo associado ao software proprietário, foi o escândalo NSA divulgado por Edward Snowden. O qual veio demonstrar que ao não termos controlo sobre o software em si, ao aceitarmos algo que desrespeite as 4 liberdades essenciais (e isto mesmo se nem sempre nos associamos a uma delas na área dos conhecimentos pessoais), o programador/entidade/empresa que detêm o software, é que controlam a nossa computação, e não o contrário. Podendo assim desta forma eliminar à distancia, alterar sem pré-aviso, censurar ou até mesmo bloquear o acesso, a qualquer pedaço de informação e ou ferramenta que seja da nossa possessão. Um tal controlo permite até, como já foi explicado no caso NSA, escutar as nossas conversas, guardar logs das nossas informações pessoais, e até eliminar informações à distancia localizadas nas nossas máquinas.
Poderão entender isto desta forma :
- Com o Software Livre são Vocês que controlam a vossa computação.
- Com o Software Proprietário são Eles que controlam a vossa computação.
Como resolver o problema do Software Proprietário ?
A adopção de Software Livre seria a solução mais óbvia e imediata. No entanto temos de ter certos aspectos em consideração antes de efectuar tal mudança. Mesmo sabendo que o Software Livre é benéfico em todos os aspectos para a nossa utilização da informática moderna (seja ela em computador, telemóvel, carros ou outros) o mesmo ainda não se conseguiu desenvolver como devia, isto também devido ao facto de que mais e mais pessoas utilizam Software Proprietário e vêm no Software Livre algo de não funcional, perigoso, não seguro, bom só para o passatempo, entre outros. Tais ideias nunca foram verdade e nunca o serão.
No mundo da informática existem dois tipos de Software, o bom e o mau, e isto independentemente da empresa que o criou, da linguagem (de programação) utilizada, da licença utilizada, e por aí adiante. No entanto, e como explicado anteriormente, qualquer Software Livre será sempre “melhor” (em termos de liberdade principalmente) do que a sua contra parte proprietária, já que a qualquer momento qualquer pessoa poderá fazer as modificações necessárias de forma a melhorar o software, algo que não é possível com o software proprietário. E caso não saiba como fazer estas modificações, poderá sempre contratar algum programador, ou empresa especializada, o que também irá ajudar fortemente a criar postos de trabalho.
De forma a resolver estes problemas existe uma solução simples, barata, e que ajuda todos no processo sem excepção. Esta solução é a de promover a utilização única e exclusiva de Software Livre no ensino público. Evitando assim os custos astronómicos associados a licenças de Software proprietários (Microsoft, Dell, HP entre outros), que obrigam as escolas a dependerem das mesmas para qualquer actualização e/ou resolução de problemas. Tal promoção se for estendida para as faculdades poderá ainda ser útil na contribuição e desenvolvimento de actuais e futuros programas livres. O estudo e contribuição desses códigos poderá também ser extremamente benéfico para os futuros Programadores e/ou Engenheiros Informáticos, para além de ser uma boa prática em si na contribuição ao trabalho da comunidade e ao ensino próprio.
E no que toca ao Hardware ?
Por fim, o tema do Hardware é ainda hoje um tema sensível. Hoje em dia podemos afirmar que não existe nenhuma solução 100% livre comercialmente disponível, e quando se fala em “livre” no âmbito do Hardware, fala-se do facto de ter um computador/telemóvel/... funcionando única e exclusivamente com software livre, isto desde a bios até ao sistema operativo passando pelos drivers e firmwares. Desta forma, e em termos de hardware, o que se fala mais são de “Freedom compatible hardware” ou Hardware compatível com a liberdade (de software) em Português, sendo um hardware que possui o necessário para fazer funcionar um Sistema Operativo livre sem a necessidade de instalar drivers/firmwares proprietários.
Em termos comerciais existem diversas empresas que vendem material compatível com o software livre, sabendo que nem todas têm como objectivo o único propósito do Software Livre, mas sim limitando-se a vender máquinas sem Sistemas Operativo ou similar. Dentro das empresas que promovem o Software Livre com a venda do seu material, podemos falar da já conhecida ThinkPenguin (USA) ou da recém criada LibreTrend (Portugal).
Com isto deixarei a cada um a possibilidade formar a sua opinião. De pesquisar mais um pouco se estiver interessado. E talvez até de experimentar, porque não, mais a fundo todo este mundo de liberdades informáticas, que poderão não parecer importantes no mundo de hoje (já repleto de problemas complexos de natureza não só económica), mas que é, a meu ver, um assunto de actualidade e de extrema importância, tanto para nós como utilizadores como para a nossa liberdade como humanos.
Este artigo tem mais de um ano
Python…
Python… ?
Python!
Ruby…
Foi só para ser do contra 🙂 🙂 🙂
Já agora acrescento que em termos de hardware, o bunnie (aquele da xbox) anda com um projecto de um portátil completamente open, vamos ver se avança.
print vs puts!lol
C
Viva o Software Libre!
Convidava ás pessoas para substituirem o seu software proprietário por software 100% livre!
Sugestões:
Google Chrome -> Chromium Project
Google Chome OS -> Linux (Debian, Mint, etc…)
Google Android -> Cyanogenmod Android (sem instalar as gapp’s)
Flash Player -> HTML5 no Youtube
Google Maps (software baseado) -> OpenStreetMaps (software baseado)
Google Search -> Duck Duck Go
Google Drive -> ownCloud
App “Gmail” do Android -> App “Mail” do Android
Google Docs -> Open-Xchange e LibreOffice
Google Hangouts -> Qualquer serviço baseado 100% em XMPP
Google+ OSN -> https://diasp.org
Google Analytics -> Piwik
Google Code -> Github
Google TV -> XBMC
Gmail Notifier -> GmailAssistant
PS: https://diasp.eu
Boa Lista.Notas tomadas 😉
Alguém acrescenta mais a esta lista?
E porquê que só dás alternativas para o software da google?
Porque a Google é a maior vendedora de software de código proprietário do mundo.
As propostas foram boas e é de agradecer a contribuição 😀 No entanto a maioria do software que indicou não é totalmente livre. Nomeadamente porque apresentam pedaços de códigos (importantes ao seu funcionamento) que são de licenças “obscuras” ou totalmente proprietárias.
Exemplos disso são :
– Chromium
– Debian, Mint, Ubuntu (contém pedaços proprietários para o último, quanto ao primeiro, já limpou tudo o que não é software livre mas ainda têm proposto ao utilizador um servidor de software proprietário, insitando assim o utilizador à utilização desse mesmo software. No entanto têm vindo a fazer um trabalho fantástico como sempre).
– Cyanogemod (igual ao chromium, é uma versão dita OpenSource porque temos acesso ao código fonte, mesmo se nem sempre é o caso, mas no entanto contém ainda blobs). Como alternativa livre existe o Replicant Project.
Quanto à maioria dos outros pouco sei deles.
No entanto é sempre bom de ter uma lista à mão onde podemos encontrar os nossos softwares favoritos e saber se são ou não software livre, desta forma até podemos encontrar alternativas que nos possam agradar tanto ou mais como as suas “rivais” proprietárias.
Boas.
O Chromium é 100% open source, aliás, é isso que o separa do Google Chrome.
Quanto ao Mint/Ubuntu, não sei bem, mas deve ter razão.
Quanto ao Debian, é 100% código open source, e só open source.
O Cyanogenmod, sim, tem blobs proprietários, mas caso contrário, não poderiamos ter acesso a todo o hardware do equipamento, ou até nem funcionava… temos de ter também um equipamento com hardware com drivers 100% open source (muito dificil)
Já agora, um que está na minha lista, e não está na sua, o Open-Xchange, tem partes proprietárias.
Boas de novo.
Chromium – Pois aí está xD 100% “open source” e não 100% Free Software. Todo o código está acessível mas nem todo tem uma licença livre, portanto não todo respeita as 4 liberdades essenciais. Pior ainda, esses pedaços de código não livres fazem parte integrante do seu funcionamento e não podem ser removidos.
Mint/Ubuntu – É o mesmo problema que a maioria das distribuições Gnu/Linux, vêm com código proprietário já no Kernel (entre outros).
Debian – Mais uma vez correcto mas tal como disse “100% Open Source”. No entanto o Debian é sempre um assunto interessante. O Debian é 100% Software Livre na sua origem, mas existe algo que o torna não livre à vista de muita gente e esse “algo” é o facto de propor servidores que possuem software proprietário. Fazendo com que seja não ético ao propor esse género de software (basta activar o servidor na lista dos servidores). Mas o Debian em si comprometeu-se (e muito bem aliás) a se tornar 100% livre, no qual até o Kernel está limpo de qualquer blob.
CyanogenMod – Não é bem verdade mas também depende do telemóvel. Um exemplo é o Replicant que permite, em alguns telemóveis tais como o HTC Dream G1, de ter um telemóvel 100% livre e isto até nos drivers e firmwares que usa (não fazendo uso de nenhum blob). Neste caso específico tudo é livre menos o Bootloader e o firmware do Modem, tudo o resto é livre fazendo com que seja possível usar o telemóvel com este OS sem blobs e até fazer chamadas !
Quando ao Open-Xchange, por acaso desconhecia o programa. Mas normalemente o programa que tem “Open” no nome vem sempre da ideia do software Aberto (Open) e não Free (Livre). Não digo que isto o torna proprietário automaticamente, mas poderá torná-lo mais facilmente não “Livre” devido a esta falta de atenção quanto ao termo e ao seu significado… Depois também é verdade que cada um faz do seu software o que quer.
Porque é que o meu post saiu daqui? 😐
Citando Luis da Costa: “Debian (…)já limpou tudo o que não é software livre mas ainda têm proposto ao utilizador um servidor de software proprietário, insitando assim o utilizador à utilização desse mesmo software”. A distribuição Debian na sua ramificação principal do repositório, a “MAIN” é 100% software livre. Não é por acaso que Gnewsense se baseia no Debian e não no Ubuntu.Porque no Ubuntu misturam coisas proprietárias com coisas livres. “Incitando o utilizador à utilização desse mesmo software” , Debian não incita nada. Não força a instalar coisas proprietárias. Não diz “para além do repositório principal vocês devem também fazer download do repositório proprietário”. Ninguém é obrigado a instalar coisas proprietárias.Posso concordar contigo que, no entanto, Devian devia retirar do seu servidor repositório não-livre. Isso sim, para os menos avisados não fazerem download aos chutos e pontapés.É o mesmo que termos um martelo na mesa mas isso não implica que vamos usar o martelo para começar a partir a mesa toda, a janela e por aí fora… Uma das coisas que me irrita na distribuição Trisquel é o quesito segurança. São 5 estrelas no que é software livre. Tiro o meu chapéu. Mas a segurança infelizmente não é o forte deles… até porque a versão 6.0.1 supostamente que saiu agora, tem problemas com google dns,e se é para ser 100% livre então que devam apostar mais na segurança para de facto ser mesmo 100% livre. Não é 99% nem 99,9% mas sim 100%. Infelizmente não há nenhum sistema operativo perfeito. Neste momento estou a experimentar o Fedora, somente com actualizações livres e no entanto também tem as suas falhas…não lê mp3,wave, etc como acontece com o Trisquel. Fedora, Debian, tanto quanto sei podem ser distribuições 100% livres desde que não se faça, como é óbvio, download de software proprietário. Só depende do utilizador. Se tem consciência disso ou não.
Perdão queria corrigir a última frase… “(…)Fedora, somente com actualizações livres e no entanto também tem as suas falhas…não lê mp3,wave” ao contrário do Trisquel que consegue ler mp3 mpeg-4, com a vantagem de ser uma distribuição que luta com unhas e dentes para ser uma distribuição 100% livre em todos os aspectos.
Obrigado
Boas,
O problema do Debian continua aí mesmo. O Debian nem sempre seguiu as normas de software livre promovidas pela FSF (e nem tem de o fazer). Eles fazem a limpeza dos repositórios e nesse sentido fazem um trabalho maravilhoso, mas acaba aí. O Kernel do debian nem sempre foi livre de blobs (firmware proprietários, etc..), os eles têm programas proprietários no mesmo servidor que programas livres (e dá para facilmente activar) e para além disso alguns dos programas do repositório Contrib fazem download de software proprietário. O debian está a lutar contra isto tudo e nós só temos é de os felicitar pelo empenho e dedicação, e isto para além do facto de serem a meu ver a melhor distribuição Gnu/Linux em termos de Estabilidade e Segurança alguma vez lançada.
Quando se fala em distribuição 100% livre o importante aqui é realmente a promoção deste factor, e a impossibilidade do utilizador de se enganar. Até posso dar um exemplo parvo mas que acaba por fazer algum sentido que é : “Pela mesma razão que nunca irá conseguir descarregar o GIMP ou o Unity através do Windows Update também nunca irá conseguir descarregar nada proprietário de um Sistema 100% Livre” e o ‘jogo’ está todo aqui, alguém que pede Windows com Windows Update sabe o que tem, e alguém que pede um OS 100% deveria de saber o que tinha. O debian nunca será promovido como 100% livre enquanto tal acontecer porque existe a possibilidade de o utilizador (por mais avisado que seja) descarregar ou utilizar software proprietário.
O Trisquel é baseado em Ubuntu por ser mais fácil a “tranformar”. Eu sei que isto pode parecer parvo dito assim mas acaba por ser um facto. O Ubuntu é uma distribuição que nunca irá desaparecer (pela mesma forma que o Debian nunca irá desaparecer), mas cada uma tem a sua visão. O Debian quer ser o mais seguro e estável possível e o Ubuntu quer ser o mais moderno e concorrer com toda a gente de forma a ganhar partes do mercado (e olhem que estou a ser simpático com o Ubuntu). Como o Ubuntu é mais actualizado e fácil de instalar do que o Debian, há muita gente que o prefere, e daí ser mais interessante o libertar, basta pensar assim, se o OS Gnu/Linux mais utilizado é (supostamente) o Ubuntu então ele será mais adaptado para se tornar livre.
Quanto ao Fedora, o Fedora é algo de bastante díficil de compreender a meu ver. Existia uma versão livre do Fedora chamada BLAG que tinha por objectivo retirar tudo o que era proprietário do Fedora. O Fedora diz que só usa Software Livre mas acaba por não ser totalmente verdade, a prova disso é o Kernel cheio de blobs, programas com licenciamento ambíguo ou não livres de todo (como o Firefox) a serem instalados. O outro “problema” do fedora é as licenças para os conteúdos multimédia, o Fedora baseia-se muito na lei Americana, e na lei Americana existem alguns codecs que não podem ser utilizados (ou melhor, distribuídos) sem licença, e isto independentemente se o código é livre ou não, isto acontece para os mp3 e outros h264, daí o Fedora não incluir nenhum deles. A única forma de os incluir seria activar um repositório que não faz a diferenciação entre livre e não livre (logo não é solução).
Espero ter respondido a tudo.
Cumprimentos,
Luis Da Costa
“O debian (…)para além do facto de serem a meu ver a melhor distribuição Gnu/Linux em termos de Estabilidade e Segurança alguma vez lançada” e “O Debian quer ser o mais seguro e estável possível”, é precisamente isso que eu procuro. Mas como disseste “eles têm programas proprietários no mesmo servidor que programas livres (e dá para facilmente activar)” é isso que me faz pensar duas vezes e abraçar o projecto Trisquel. Contudo, Trisquel fica atrás no quesito de segurança, há muito mais vulnerabilidades…no entanto,tem uma comunidade muito activa e excelente, apesar de pequena.
Quanto aos comentários dito “parvo” não achei nada, até pelo contrário, bastante inteligente e elucidador. Não sabia dessa situação no caso do fedora que para instalar algo que leia mp3 e demais patentes fosse necessário instalar partes não-livres, logo, não é uma solução viável. Como o artigo fala em “importância do software livre” queria saber também acerca de software baseado em emails. Toda a gente sabe que gmail, hotmail, yahoo são proprietários. A minha questão é, como pode alguém usar software livre para comunicar com alguém com software não livre, respeitando a privacidade e liberdade de cada um? Tal como no artigo diz: “Com o Software Livre são Vocês que controlam a vossa computação” ; Fazendo uma analogia: “Alguém que quer ir à casa de banho, para fazer as suas necessidades, regra geral, fecha a porta para ficar à vontade, lendo uma revista, por exemplo, (lol). Ninguém gosta de fazer necessidades com a porta aberta, ou com as pessoas a passar e a espreitar. Aqui é a mesma coisa. Toda a gente tem direito à privacidade. E essas empresas tendo políticas com “terceiras partes” nós não sabemos quem são esses terceiros nem para onde se vai esses dados (quem, o quê e onde)e acho que é uma política que deixa pensar duas vezes…
Muito obrigado pelo teu comentário. Realmente ajudou-me a esclarecer coisas sobre o fedora.
Software (livra) que se fosse a pagar ninguém comprava:
LibreOffice vs MSOffice
Ubuntu vs Windows 8.1
Android vs iOS
Inkscape vs Coreldraw
e…….
Olá iFernando,
Peço desculpa mas não entendi bem o comentário :S…
É a tua opinião…
ifernando tu tens iproblema. Se leres os comentários em cima como eu ias aprender mais.
Os softwares livres não são livres porque ninguém os comprava. Existe um conceito em torno deles de liberdade.
O coreldraw? Se ainda falasses do illustrator da adobe. O Inskape ultrapassa o corel de olhos fechados.
O windows 8.1 tem codigo fechado porque os seus desenvolvedores têm vergonha do trabalho que fizeram. Penso que durou tanto quanto o Vista.
Mas nem é por serem melhores ou piores. Existem valores que ultrapassam esses comentários elementares.
MatLab > SciLab
“Por fim, o tema do Hardware é ainda hoje um tema sensível. Hoje em dia podemos afirmar que não existe nenhuma solução 100% livre comercialmente disponível”
e este aqui não poderia ser considerado
http://www.fsf.org/news/gluglug-x60-laptop-now-certified-to-respect-your-freedom
venda :
http://shop.gluglug.org.uk/
Embora tenhas razão, a meu ver o gluglug não se pode considerar uma solução “comercial”. É verdade que o termo utilizado não foi dos melhores e uma correcção poderá ser feita ao artigo. Mas quando me referi a “comercial” referia-me a algo feito por uma empresa para a venda ao público. O projecto gluglug é simplesmente computadores IBM Lenovo Thinkpad x60 que foram arranjados e onde se foi colocado o coreboot completamente livre de código proprietário. Mesmo se tal iniciativa representa um enorme avanço no mundo do Software Livre, continua a não se apresentar como algo “viável comercialmente” já que a qualquer altura o mesmo deixará de ser vendido, tendo em conta a idade e escassez do material em sí.
No entanto é verdade que deveria ter feito um apontamento quanto a esse projecto, foi um erro meu.
o coreboot esta em franca espansão…alias até o chrome book da google ja é suportado, e muitos outros já o são!!
O problema do projecto é que depende da boa vontade de muita gente…
A google tem se mostrado empenhada(ela tem muito a ganhar com isso), mas por exemplo a maioria dos dispositivos suportados são lenovo…mas não é a lenovo que lhes dá suporte, mas sim a comunidade…também existem equipamentos dell suportados entre outros…
A questão é que se trata de um projecto comunitario, quase que a 100% 🙁
Mas está a avançar a passos largos…
cmps
Olá lmx,
Realmente o coreboot é algo do qual eu me esqueci de falar no post então que se trata de algo de muito importante na tentativa de ter um hardware 100% controlado pelo utilizador.
No caso dos Chromebook infelizmente, e mesmo graças ao excelente trabalho da Google (o que prova que é uma das empresas que pode fazer a diferença nesta área se o quiser), o mesmo não é 100% livre. Não estou a falar do OS mas sim do Coreboot, já que para poder funcionar, tem de ter diversos blobs, principalmente os dos CPU. É no entanto um dos melhores em termos de software livre que podemos encontrar hoje em dia (sabendo que o melhor a meu ver é mesmo o projecto gluglug para os IBM Lenovo Thinkpad x60.
Eu próprio estou confrontado a esses problemas quanto as boards que estou a tentar converter com o coreboot, quando se fala de AMD então na maioria das vezes consegue-se algo de quase 100% livre (há sempre algumas excepções), mas do lado da Intel é impossível, chegamos ao CPU e acaba-se o percurso).
Talvez o melhor seria nos afastarmos da Intel de vez, mas até lá o caminho ainda é longo.
vejam o exemplo do Ministério da Justiça é o maior parque instalado no País tribunais secretarias judiciais, mesmo com o apoio da comunidade e com o esforçado trabalho dos carolas que lá trabalhavam e mentores do soft livre que nem dormiam o prejuízo ao fim de 3 anos foi tão grande que tiveram de voltar a Microsoft, e agora com custo de aquisição de novos pacotes e não renovação.
mesmo os últimos estudos no Brasil já se fala em repensar a situação a inação e atraso provocado pelo soft livre por imposição é demasiado e já palpável não vale a pena impor nada é na escola que se tem de abrir a escolha e aprendizagem.
Seria possível forneceres um link ou algum documento que relate essas informações ? Estou curioso em entender a razão por detrás desse “prejuizo”. Muito certamente que existiu algo de “importante” que possa ter levado a tal situação.
informa-te no MJ e vê nas compras publicas o balúrdio de licenças novas que eles tiveram de comprar por terem deixado de ter contrato e olha que ninguém se levantou para atirar a pedra ou criticar a mudança o mal estava feito, o que aconteceu de importante é que o soft livre não atinge os patamares de operacionalidade desejados
Terei então de pesquisar mais sobre isso já que tal acontecimento me parece ser ou origem de má fé ou origem de má organização para te ser sincero. Mas posso estar errado e é com isto em mente que irei analisar o assunto. Se encontrares alguma informação não hesites em partilhar.
mas isso nada tem a ver com software livre, mas sim com má gestão e luvas…e não..não estou a falar de luvas para o frio…
cmps
Sou teu fã +1
Tenho em mente o desenvolvimento de 1 nova plataforma bastante inovadora (Web e Mobile) e que o produto final vai ser código livre.
Preciso de voluntários para o desenvolvimento.
Alguém sabe onde posso encontrar uma equipa dispostas a ajudar-me?
Olá Marco,
Se precisares de ajuda para software livre poderás sempre contar comigo. Se quiseres manda-me um email aliasbody@gmail.com .
O artigo está interessante embora o conceito de free software para mim seja um bocado estranho, talvez por o estar a associar a freeware, quando pela tua definição penso que se trata de software opensource que também é gratuito.
Relativamente à tua sugestão da inclusão de software livre na educação concordo plenamente, embora nem seja tanto pela questão monetária (as empresas que vendem software geralmente oferecem as licenças para as escolas, patrocinam eventos nessas instituições para promover a utilização dos seus produtos nos currículos académicos), mas sim por uma questão de principio: é muito fácil aprender e saber como as coisas funcionam com software opensource do que com software fechado numa caixa negra com acesso muito restrito.
Olá Cláudio,
Vou tentar explicar melhor. Ambos tratam-se de formas de diferenciar um código de um outro. Na realidade é uma questão de licenças mas eu tentei abordar o assunto de uma forma diferente.
Um software open-source o livre pode ou não ser grátis. O Livre não significa livre de dinheiro mas sim de liberdades. As liberdades associadas é que são importantes. Desta forma podes ter programas pagos que são livres e programas grátis que não são livres (e vice-versa). Igual para o OpenSource.
A questão monetária não se coloca, e é por isso que não falei dela, já que software é software e as licenças livres (tipo GPLv3) não impedem a comercialização do produto, até pelo contrário promovem-no.
Por fim, a diferença resumida entre o open-source e software livre, é mesmo em termos de licença. Ambos são de código aberto (já que o acesso ao código é uma pré-condição para ser livre), mas no entanto o open-source deixa de ser livre a partir do momento que propõem uma licença que nos retira uma das quatro liberdades citadas anteriormente… Podes pegar o Chromium como exemplo.
Caros
Gostaria de vos lançar um desafio :
uma vez que quando se compra um PC/Notebook no valor do mesmo já está incluído o Windows eu gostaria de saber que software livre recomendariam para se ter num PC/Notebook
Ou seja alternativas livres a :
Office
Outlook
AutoCAD
Photoshop
Corel
Antivirus
Etc
Ou seja será possível ter um equipamento plenamente funcional sem gastar nada ? Considerando que o SO já está incluído no valor de aquisição ?
É possível ou teremos sempre de gastar dinheiro em algum software?
Olá Luis,
Vou tentar fazer por lista com os que conheço, não queira dizer que seja o melhor mas é o melhor que conheço.
PC/Notebook – ThinkPenguin Snares Penguin (ver site)
Office – LibreOffice
Outlook – Claws Mail ou Evolution
AutoCAD – LibreDWG
Photoshop – GIMP
Corel – Inkscape
Antivirus – Não necessário
OS – Trisquel Gnu/Linux
A compra do material é sempre obrigatória como é claro (a não ser que faças parte de uma associação que te permita de ter computadores de forma gratuita como doação), quanto ao software existem versões pagas de excelente software livre mas também podes arranjar versões gratuitas em grandes quantidades.
Obrigado Luis Da Costa
No entanto em relação ao Autocad eu gosto muito do Double CAD XT.
Olá Luis,
Desconhecia totalmente esse software. Dúvido que seja 100% software livre mas posso estar enganado (pelo que vejo é opensource mas não consigo entender se é totalmente ou não). Irei dar uma vista de olhos.
Atenção que o inskape não serve para imprimir, ou seja não tem cmyk. Penso que para isso têm de instalar também o scribus e usa-lo para imprimir.
só vejo problemas no AutoCad
draftsight
Alternativas grátis:
Outlook ou Windows Live mail ou Windows Mail do Windows8
Photoshop ou Picasa3
Antivírus ou Microsoft Security Essentials
Olá iFernando,
São grátis mas não são livres o que é uma pena.
No projecto da minha licenciatura trabalhei com o Nutch da Apache. É um motor de pesquisa Open Source escrito em Java, a documentação não é a melhor, mas o código é bastante organizado, e permite o desenvolvimento de plugins. Todo o mecanismo de crawling, atribuição de ranking das ligações encontradas, indexação e pesquisa está bem estruturado.
Está montado por cima de outro projecto também bastante interessante, o Hadoop.
Foi uma grande experiência sem dúvida! 🙂
Olá Dani,
A vantagem (e por vezes até desvantagem) das soluções Software Livre (e OpenSource) 100% dirigidas pela comunidade é na maioria das vezes essa. Podem ser programas/bibliotecas de excelente qualidade e muito bem estruturadas, mas depois em termos de documentação há uma falta de documentação importante.
É realmente a falta de alguém dedicado a esse problema. Depende muito a importância que o “chefe de projecto” lhe dá. Não digo que seja SEMPRE assim mas na maioria das vezes costuma ser.. No entanto, um grande professor meu dizia sempre “Uma bom código não necessita de documentação” e por vezes penso que é verdade 😀
Obrigado por essa partilha !