10 portugueses procurados na lista vermelha da Interpol: quem são e o que está em causa
Enquanto o país acompanha julgamentos mediáticos e polémicas internas, há uma dezena de cidadãos nacionais procurados internacionalmente pela Interpol, por crimes que vão desde o tráfico de droga ao homicídio. Quem são os 10 portugueses procurados na lista vermelha?
10 portugueses procurados: A história da criminalidade portuguesa fora de portas
Estes nomes constam da chamada “lista vermelha”, um sistema global de alerta que visa a localização e detenção de fugitivos considerados perigosos.
Mas quem são, afinal, os portugueses que constam desta lista? E por que razão continuam em fuga?
Neste artigo, traçamos o retrato destes casos, que cruzam fronteiras, desafiam a justiça e expõem os limites da cooperação internacional.
1. O que é a Lista Vermelha da Interpol
A Lista Vermelha (ou Red Notice) é um alerta internacional emitido pela Interpol a pedido de um país membro para localizar e deter provisoriamente pessoas suspeitas de crimes graves, enquanto aguarda decisão judicial sobre extradição.
Só se inclui os nomes autorizados pelas autoridades nacionais; casos investigados secretamente não são públicos.

Em 2015, o número de portugueses na "lista vermelha" da Interpol era bem maior. Eram 24 os procurados. No entanto, quase todos foram presos, à exceção dos dois açorianos: Carlos Bolieiro e Daniel Costa.
Quantos portugueses constam atualmente
Segundo a informação no site, há 10 cidadãos portugueses com avisos vermelhos ativos na Interpol. A lista inclui sobretudo casos de tráfico de droga, branqueamento de capitais, homicídio e violação.
- Daniel Costa, de 51 anos, luso-americano, procurado a pedido dos EUA pelo crime de homicídio e tentativa de roubo.
- Carlos Bolieiro, de 59 anos, natural da ilha de São Miguel, nos Açores, procurado pelas autoridades internacionais a pedido dos EUA, por "agressão sexual agravada".
- Arkadi Bunin, de 52 anos, luso-russo, procurado a pedido da Rússia. No site da Interpol não é possível saber que crimes são atribuídos a este cidadão, de 1.80 metros.
- Vitaly Gudkov, de 64 anos, luso-russo, procurado por fraude em larga escala, tentativa de fraude em larga escala.
- João Paulo Ferreira Marques, de 58 anos, português, procurado a pedido da Argentina. Por lá, o lisboeta é suspeito de tráfico de estupefacientes, entre outros crimes.
- Serafim Pereira Almeida da Cruz, de 67 anos, português, procurado pelo crime de droga, cometido na Argentina.
- João de Deus Oliveira Gomes dos Santos, de 37 anos, é luso-angolano e terá cometido um homicídio em Angola.
- Alexandre Valente Fernandes, de 29 anos, natural de Moura, no Alentejo, é procurado pelas autoridades internacionais a pedido de França, por vários tipos de crimes, entre os quais um roubo com violência e sequestro.
- Alberto Severo de Sousa Madureira, de 54 anos, português, é suspeito de um crime de homicídio, em Espanha.
- António Neves Pereira, de 50 anos, natural de Beja, é suspeito de violência contra a companheira, em França.
O número pode ter evoluído para 11, com um nome ainda não divulgado publicamente pelas autoridades. Além disso, a Interpol não divulga todos os mandados; alguns são de acesso reservado, visíveis apenas às autoridades policiais.
Operações recentes e recapturas relevantes
- Em Portugal ou no exterior, alguns fugitivos foram detidos em grandes operações. Exemplo recente: uma operação de dezembro 2024 capturou 58 criminosos de alto risco, incluindo um em Portugal
- Um cidadão português com mandado da Interpol foi preso em São Paulo, Brasil, por envio de cocaína para Portugal, aguardando extradição.
A legislação portuguesa de proteção de dados impõe limites à divulgação pública de fotografias de foragidos, dificultando a localização de suspeitos no território nacional. No entanto, à Interpol é permitido divulgar imagens nos avisos vermelhos, desde que o crime tenha ocorrido no estrangeiro.
Do cartaz ao clique: a atualidade dos meios digitais
Hoje, a divulgação de fugitivos passou para o ambiente online. Com o alcance exponencial das redes sociais, alertas via Facebook ou X conseguem chegar ao público mundial em segundos.
Nos aeroportos, estações e locais estratégicos, tecnologias de reconhecimento facial, conectadas a bases de dados de Interpol ou Europol, fazem o trabalho que outrora dependia do olhar atento da comunidade.
Adicionalmente, a análise de geolocalização, metadados telemóveis e transações potenciam a deteção rápida de movimentações suspeitas.
A cooperação internacional, com alertas vermelhos digitais e partilha de informações em tempo real, permite ações conjuntas e menos burocráticas entre países.






















Português talvez um o resto é treta
6 portugueses, 2 americanos, 2 russos, 1 angolano. Lá foi a teoria ao ar.
O quê? Só pela naturalidade 6 são 100% portugueses.
Interessante a idade elevada embora os crimes possam ter sido cometidos quando mais novos.
LOL Só os “novos” é que cometem crimes?
+1
Humm,
e o adbul aziz?
e o Kamrul Ali, procurados no bangladesh?
OK não são Portugueses, mas vivem cá.
E um deles tem um nove igual a um bombista.
Deve haver muitos outros.. só os traficantes Asiaticos na baixa, enchiam a listagem, enfim.
Mas acho que a pópria televisão de x em x tempo, pelo menos nos casos mais graves, na qual é necessario ajuda da população, deve mostrar estes fulanos, e dar metodos de contacto.
A propria Policia deve fazer o mesmo, via os seus sites, sites de noticias, jornais.
NIce gostei da atitude. Belissimo
– A Interpol procura 10 portugueses ou com dupla nacionalidade; Portugal não pediu à Interpol para procurar nenhum, o que significa que são crimes cometidos noutros países e o pedido foi feito pela respetiva polícia.
Para se perceber. A página da Interpol das “Red Notices” permite pesquisar por país da nacionalidade e por pais que pediu a procura (o que o quer).
Por exemplo:
– Espanha: são procurados 8 com nacionalidade espanhola ou dupla nacionalidade; a polícia espanhola pediu a procura de 4 (1 espanhol)
– França: são procurados 51 com nacionalidade francesa ou dupla nacionalidade; a polícia francesa pediu a procura de 81 (dos quais 41 franceses ou com dupla nacionalidade)
E a Comichão de Proteção de dados, sempre ela. Ái, não se pode mostrar as fotografias dos criminosos, tadinhos! Dá a sensação que ela protege mais o banditismo, do que os restantes cidadãos. Sim, sei que este comentário é bem regado de demagogia, mas é essa a sensação que passa por parte de tal instituição.
Em alguns deles tens fotos e informações pessoais para ajudar o reconhecimento.
A partilha dessas informações tem única e somente o objetivo de ser útil para a instituição na localização dos criminosos caso contrário não vejo razão nenhuma para ser tornada pública.
Tu próprio podes ajudar na captura dos artistas, se as fotos forem divulgadas podes te cruzar com algum e informares as autoridades
Mas as fotos estão aí. Não percebi…
Interessante ver a quantidade de luso-qualquer coisa. Revela bastante sobre o processo de atribuição de nacionalidade. E já agora o que diz a CNPD sobre a exposição destes nomes?