E Porque Hoje é Sexta
MusicóMania Porque Hoje é Sexta
A música terá a sua génese, provavelmente na pré-historia ! Originalmente através de onomatopeias, evoluindo paralelamente ao desenvolvimento da espécie humana. Hoje, será algo imprescindível no nosso dia a dia, arte sensorial, étnica e idiossincrásica. Aqui, combateremos as migraneas, com algumas sugestões, novidades, tesouros esquecidos, lançando-vos o repto, porque para os verdadeiros melómanos, o prazer não se deve procrastinar.
Esta semana em destaque:
1 - Antony and the Johnsons
Esta noite, via o filme “Mapa dos Sons de Tóquio” e babava-me todo, com a minha incontrolável adição, por comida Japonesa ! Rodado também no famoso, mercado de Tsukiji de Tóquio (o maior mercado de peixe do mundo) e imediações.
Aquela variedade de peixe e afins, sempre fresco, uma limpeza e organização tipicamente nipónicas, os botecos à volta, com aquele sushi, sukiyaki, tempura e nomeadamente, o meu preferido, sashimi. Com aquele atum rabilho ( em 2013, um com 222kg, foi arrematado por cerca de 1,38 milhões de euros, não me enganei não) a ser limpo, esquartejado e fatiado, mas à maneira tradicional, com fatias mais generosas e não tanto como vai sendo usual por cá, onde com tantas “invenções”, por vezes, parece que comemos…fiambre de peixe!
Vem isto a propósito, porque lá pelo meio de uma banda sonora bem interessante, aparecia um autêntico, peixe Fugu ( sim, o tal peixe balão venenoso e que só alguns, tem permissão para o trabalhar )…Antony and the Johnsons. O Norte –Americano, que faz o chamado, pop barroco.
Há tempos que não o ouvia ! E que saudades ! Aquela voz…é magnânima, ontológica, superlativa, que nos faz sentir como um zelota, que enceta uma qualquer sedição, para reclamar o prazer supremo.
Ah, voltando a Tsukiji, se forem um dia ao Japão, não se esqueçam, que por lá, o Ramen ( uma espécie de sopa, caldo, à base de macarrão, noodle, com origem na China), tem de ser deglutido, com barulho e não como no ocidente, em puro silêncio.
2 - Diamanda Galás
Já que fomos rebuscar vozes platónicas, esta senhora, não poderia ter uma dispensa sabática.
Estados Unidos, avant-gardé, experimental, blues, jazz, gótico, erudito, clássico, sacrossanto, satânico, o que lhe aprouver, porque a uma diva, tudo é permitido e perdoado. Nasceu em 1955, em São Diego, canta, encanta, compõe e toca piano de uma forma exímia.
Aclamada por muitos, odiada por alguns ogres tresmalhados, arrepio-me completamente, quando a escuto. Tal como, quando ouço vozes do calibre, da nossa grandíssima, Amália, Maria Callas ou Tarja Turunen.
A sua voz de opera, consegue, uma extensão de três oitavas e meia, por isso, muitos fazem comparações com Callas e a consideram, uma das maiores vozes americanas de sempre. Se nunca a ouviram…preparem-se, porque jamais a esquecerão.
3 - Lydia Lunch
Outra voz…das tais, daquelas, que ouvimos e ganham a eternidade. Ainda nos Estados Unidos, berço de Nova Iorque, colheita de 1959.
Cantora, guitarrista, compositora, vai do avant-post-punk, no wave, até ao punk-jazz, rock ou até spoken Word.
O seu epíteto “Lunch” ( o sobrenome é Koch), deriva do constante gamanço do almoço aos seus amigos. São vozes, como estas três propostas iniciais de hoje, que por momentos, minutos, horas, nos fazem isolar, num solipsismo egoísta, mas que proporciona, mais valias exponenciais.
4 - Ektomorf
Ufa, voltamos a Europa, já sentia-mos alguma nostalgia.
Hungria, país governado, por aquele, a quem Claude Juncker, apelida “carinhosamente” de “o nosso ditardor”. Na hora da FN en França, foi na mouche!
Nós protestamos…fazendo “barulho” muito mesmo. Mas não daquele, inócuo, que apenas poluí e faz mal a saúde, acabando por nos enervar e ter vontade de fugir a sete pés.
Preferimos o terapêutico, baseado em ondas profilácticas sensoriais. New, Groove e trash metal, numa miríade funcional, vibrante e incandescente, com formula, descoberta em 1994.
Regressam em 2015, com o trabalho “Aggressor”, de onde extraímos o tema “Holocaust”.
5 - Ten Years After
E que tal, revisitar-mos um clássico, aproveitando, uma série de reedições, de alguns dos seus melhores trabalhos.
Começaram em 1967, o seu som navega nas ondas psicadélicas do blues e hard rock, largando do porto seguro, que é a escola do blues britânico. Com alguns hiatos sabáticos, permanecem no entanto no activo.
Em 2003, Alvin Lee, abandonou a banda, entrando para o seu lugar, Joe Gooch.São uma das mais conceituadas bandas de sempre.
Quando perdido nas minhas infindáveis pesquisas e audições, sempre na busca de algo novo e preciso de respirar…penso, em bandas como esta, que funcionam, como uma oxigenação em estado puro!
6 – ThanatoSchizO (PT)
Commeçaram em 1997, em Santa Marta de Penaguião, no coração Duriense, como Thanatos. Rock progressivo,, black, doom, ambient, avant e death, metal, world, eletrónico, eles não se deixam balizar. Recorrentemente referenciados, na imprensa international e entre portas ( com a revista LOUD! à cabeça). Alguns dos seus trabalhos, figuram nas melhores playlists anuais. São, incontestavelmente, do melhor que se fez até hoje na metrópole. Banda de culto, que nos transforma, em puros ascetas. Com camarote vip. no Olimpo melómano.
7 - Velhos Abutres (BR)
De Fortaleza, chega-nos o blues rock, com sotaque. Estão ativos desde 2013.
Na linha do famoso blues Texano e de Chicago, com tempero clássico. Em 2015 editaram o EP “All In”, com cinco temas.
Roberta Medina, no Brasil, existe muito mais, para além de Ivete Sangalo. Oremos, para que o Rock In Rio 2016, vos livre das más tentações !!!
Esta rubrica teve o apoio do nosso leitor André Pinto
Bom fim de semana
Este artigo tem mais de um ano
Bom fim de semana 🙂
Sempre a animar! Obrigado!
Um excelente fim de semana para toda a equipa do PPLWARE..!!! 🙂
Bom fim de semana. 🙂
Bom fim de semana a toda a gente 😉 Falando por mim, já estava a necessitar
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“The more you know!”
How to make symbols with keyboard
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