E Porque Hoje é Sexta

MusicóMania Porque Hoje é Sexta

A música terá a sua génese, provavelmente na pré-historia ! Originalmente através de onomatopeias, evoluindo paralelamente ao desenvolvimento da espécie humana. Hoje, será algo imprescindível no nosso dia a dia, arte sensorial, étnica e idiossincrásica. Aqui, combateremos as migraneas, com algumas sugestões, novidades, tesouros esquecidos, lançando-vos o repto, porque para os verdadeiros melómanos, o prazer não se deve procrastinar.

Esta semana em destaque:

1 - Michael Angelo Batio

Quase nos 40 anos, e depois de 11 anos invicto, Wladimir. Klitschko, voltou a perder um combate e o título mundial, de pesos pesados. Segundo o próprio, tudo se ficou a dever, a uma diferença de “velocidades”! Que lhe faltou e sobrou, ao novo campeão, de apenas 27 anos, o inglês, Tyson Fury. Não deu para KO, mas foi por decisão unânime dos juízes.

Velocidade, é o que não falta a Batio. Unanimemente considerado, um dos mais rápidos executantes, a dedilhar as malhas da guitarra (embora também toque baixo, teclado e bateria). A revista Guitar One, numa votação em 2003, foi mais longe, e elegeu-o mesmo, como o melhor e mais rápido de todos os tempos.

Há quem não concorde ! E até, o apelide, de malabarista. Mas votações e classificações, serão sempre polémicas.

Norte-Americano, do berço de Chicago, dotado de uma técnica e destreza, enlevadas, consegue tocar duas guitarras ao mesmo tempo. Tendo sido o inventor, das guitarras de 2 e 4 braços, a “Double V-Neck “ e a “Quad Guitar X-400”.

2 - VOIVOD

Bom, hoje começamos, com a corda toda!

Do Quebec, Canadá, importamos o metal, multifacetado dos Voivod. Banda formada em 1982. As malhas de “Piggy”, na guitarra, foram uma das suas imagens de marca. Após a sua morte, de câncer, em 2005, a banda sofreu algumas mutações.

Influenciaram gente como, Tool, Sepultura, Fear Factory, Soundgarden ou Foo Figthers.

3 - Fela Kuti

África…a magia, o inóspito,a beleza, um dos berços da humanidade e ao mesmo tempo, o sofrimento, a escravidão, as lágrimas, o sangue eternamente derramado.

Quando, só na Nigéria, em 2015, já foram ceifadas milhares de vidas, a esmagadora maioria, às mãos dos fanáticos do Boko Haram ( no início do ano, o massacre na cidade de Baga, foi paradigmático) e o mundo ocidental, assobia para o lado e só chora Paris, lembramo-nos de, Fela Kuti.

Nasceu na Nigéria em, 1938, foi um dos mais importantes, músicos e compositores africanos, de todos os tempos. Incansável, ativista político e dos direitos humanos, nunca virou a cara, à sua luta e do seu povo, até a sua morte em 1997. Influenciou toda uma geração.

Foi um dos criadores doAfrobeat e um dos verdadeiros, Imperadores Africanos.

4 - Billy Cobham

De África, saltamos para outro Imperador, este Norte-Americano, embora nascido no Panamá, em 1944. É considerado, um dos melhores bateristas de todos os tempos.

A mediatização, aconteceu pela mão de Miles Davis, após a gravação de “Bitches Brew”, considerado o disco pioneiro do Jazz-Rock.

Com a Mahavishnu Orchestra, na companhia de John Maclaughin e Jan Hammer, imortalizou este género musical. James Brown e o funk, também se lambuzaram, com o seu talento gigantesco.

Tocou com os deuses, influenciou toda uma geração e as vindouras. Foi uma das “Pedras de Roseta”, que ajudou à compreensão, mais hodierna, da evolução da música.

Ficamos com um live memorável, no mítico festival de Montreux, em 1976, na companhia, de George Duke, Alphonso Johnson e John Scofield.

5 - The Soft Moon

Banda de Oakland, Califórnia, que vai titubeando, entre o pos e electro punk, noise e dark rock, EBM ou mesmo o krautrock. Estão ativos desde 2009.

Regressam em 2015, com o trabalho “Deeper”.

De onde extraímos este “Far”, em jeito de homenagem, à memória dos mestres, John Peel e António Sérgio.

6 - The LOYD (PT)

De Santa Maria da Feira, chega-nos esta energia contagiante, em forma de trio, com génese em 2004. Rock rugoso, cru, que corre nas veias, como uma catarse em ebulição.

Aqui recordamos a origem, o seu primeiro single em 2007, numa versão ao vivo.

E aqui, em dose dupla, um extrato, do seu último trabalho “Home”, editado em 2014.

Bom fim de semana