Portugal: Tekever produz primeiro radar de abertura sintética
A TEKEVER é um grupo empresarial português criado em Portugal em 2001, em Lisboa, por ex-alunos do Instituto Superior Técnico, cuja actividade se centra no desenvolvimento de tecnologia, produtos e serviços nas áreas das Tecnologias de Informação e Comunicação, Aeronáutica, Espaço, Defesa e Segurança.
Recentemente a Tekever revelou que está a produzir o primeiro radar de abertura sintética.
Tekever: Radar serve para observação e vigilância terrestre e marítima
A empresa aeroespacial Tekever está a desenvolver o primeiro radar de abertura sintética produzido em Portugal, equipamento que tem como objetivo capacitar a indústria para a observação e vigilância terrestre e marítima.
O presidente executivo da Tekever, Ricardo Mendes, referiu à agência Lusa que...
Com um radar de abertura sintética nós conseguimos na mesma produzir imagens, mas numa gama de sequências diferentes, que nos permite ver coisas que uma câmara de infravermelhos não nos permite ver
Com este equipamento, segundo o responsável, é possível observar, por exemplo, “através das nuvens ou através das folhagens das árvores [zonas florestais] ou no mar”.
“É uma tecnologia que já existe, é bastante rara, são poucos os produtores mundiais deste tipo de tecnologia”, acrescentou.
Uma parte deste projeto da Tekever, que trabalha na área de rádios definidos por software e é também uma das maiores produtoras de 'drones', foi desenvolvido no interior do microssatélite português Infante.
O CEO da Tekever sublinha que este tipo de equipamento permite observar situações que “não são visíveis a olho nu, nem com uma câmara térmica”, sendo os mesmos formados por várias versões e objetivos e atingir.
No espaço, estes equipamentos vão ser integrados em satélites para fazer observação da terra. Este equipamento poderá também ser usado na vigilância marítima.
Num drone, nós conseguimos ver cerca de 20 a 40 quilómetros para cada lado, com as antenas do radar, depende da altura a que estamos a voar. Se estivermos a voar a oito mil pés, conseguimos ver seguramente mais de 30 quilómetros para cada lado, estamos assim a varrer uma faixa de 60 quilómetros
Já na área da floresta, o equipamento poderá detetar através das copas das árvores a existência de movimentações, situação que poderá contribuir para evitar furtos de madeiras mais valiosas.
Este artigo tem mais de um ano
30-40 anos depois. Ok.
Eu não acho que seja assim, “tão pequeno” o conjunto de Países que desenvolvem Radares de Abertura Sintética..
O Maior especialista de Radares de Abertura sintética a nível mundial é Português, e dá aulas no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.
Há doutorandos de muitas partes da Europa que estão a são orientados por ele.
Agora o que acho é que Portugal, não aproveita os recursos que tem cá, para se tornar o mais independente possível, e isso é uma pena, e no processo é gasto imenso dinheiro em ensino que depois não vai trazer frutos a ninguém…porque não temos industria(e vamos depois dar o nosso conhecimento a custo zero aos EUA, como neste caso concreto dos radares de abertura sintética, mas há muitos outros..)..
Há vários exemplos de Sucesso a nível Nacional, mas que depois o Estado não tira partido, e ai não posso só culpabilizar o Cavaco(década de 80), é que correntemente não vejo ninguém a tomar iniciativas sérias..e isso é muito mau para nós.
Muito bem!
110% de acordo sobre a qualidade dos nossos recursos nacionais, que em muitos casos, são referências mundiais.
Podes, por favor, indicar outros casos de sucesso a nível nacional de que tenhas conhecimento?
Há muitos casos de Sucesso, alguns até estrangeiros..
Por exemplo o professor que dá aulas em Portugal, e que é um dos elementos que inventou as memórias Flash, o projecto foi vendido na altura á sony..
Tens o caso da Elvira Fortunato, que poderia muito bem estar a desenvolver tecnologia portuguesa..mas há tantos casos..
Alguns elementos que desenvolveram o multibanco, e a via verde, são sénior advisors para a intel..eles ganham algum dinheiro(muito), e ajudam a desenvolver os processadores da intel , mas quem lhes financiou o ensino foram os impostos Portugueses..
Não deveriam eles estarem a desenvolver processadores nacionais?
Agora com o Riscv a despegar, podiam estar a desenvolver processadores riscv portugueses..
Tens elementos a revolucionar as baterias…para empresas Americanas, a custo zero praticamente, quando deviam estar a trabalhar para desenvolver tecnologia Portuguesa..
Há muitos casos espalhados pelo País..
Há obrigação de culpar o Cavaco?
Pelo menos pela destruição da Industria nos anos 80 temos sim..
Ridiculo.
Quem destruiu a industria portuguesa foi o 25 Abril, mais concretamente a ideologia que lhes estava subjacente de boa parte de quem o fez. Não todos, havia gente com senso que fez o 25 de Abril mas foi uma minoria.
É bom lembrar que o PS abandonou o “Marxismo Leninismo” só nos anos 80.
O meu pai estava ligado à Marinha Mercante e dizia duas coisas: A Ditadura protegia a industria mas não havia dimensão suficiente para a sustentar sem barreiras alfandegárias devido à nossa cultura de falta de risco e inovação – tivemos uma ditadura 40 anos também por causa disso.
A perda das colónias – para Ditaduras Comunistas – também acabou com a justificação para muito tráfego maritimo.
Segundo, as empresas que poderiam ter constituido um polo de know how mesmo inseridas num grupo maior a nível Europeu foram todas destruídas pela ideologia que varreu o país, Nacionalização, Ministros a interferirem, Sindicatos a controlarem a produção, roubos generalizados de matérias primas e mesmo de maquinas. Muitas empresas com reputação simplesmente pararam de trabalhar e no que faziam a qualidade baixou muito ..
Foi o preço pago para receberes os Fndos Europeus. E mais uma vez, o PSD executou o que foi negociado pelo PS. Simplificando, o Cavaco executou, pelo menos no início, o que fooi negociado pelo Soares. Quem foi que assinou a nossa entrada na CEE (Comunidade Económica Europeia)?
A mania que está gente tem que só em Lisboa é que há especialistas de tudo ….sabem tudo mas depois não sabem nada …um dos principais parceiros deste projeto é a FEUP…
Eu não disse que não há especialistas em outras partes..
Mas a pessoa que revolucionou os Radares de abertura sintética foi um Português do ISEL.
Do meu ponto de vista faria muito sentido em ele fazer parte da equipa, isto se quiseres radares de topo..porque prefiro ver um Português que usou impostos Portugueses para se formar, a usar o conhecimento que adquiriu para fazer tecnologia nacional, do que vê-lo a entregar a tecnologia de mão beijada aos EUA…enquanto que os custos ficam para o povo Português..
Provisianismo, interessa lá se o tipo é de Lisboa ou de freixo de espada as ceroulas.
provincianismo
parabéns e votos de muito sucesso 🙂
“É uma tecnologia que já existe, é bastante rara, são poucos os produtores mundiais deste tipo de tecnologia”… Digam ao CEO da TEKEVER que só diz barbaridades. Todas as empresas mundias que produzem radares airborne tem já essa capacidade, agora não é um uma capacidade default. As empresas usam para cobrar mais na altura da compra. E depois o artigo comprar o radar a um equipamento de imagem como a um IR é o mesmo que estar a comprar o basketball ao Futebol. ambos se jogam com bolas mas diferentes. aqui o caso ambos produzem uma imagem mas com principios de funcionamento diferentes. Se ele quiser pode aparecer pela Base Aérea de Beja, tem lá uma esquadra que usa esse tipo de tecnologia.
Diz-lhe então. Nada como informar as pessoas. 😉
Muito elucidativa está discussão. Obrigado.
De nós ficamos sempre a saber o mesmo..
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