Neuralink: primeiro paciente humano consegue mexer rato de computador só com pensamento
O plano da Neuralink é ambicioso e quer quebrar algumas barreiras. A empresa de Elon Musk espera em breve criar uma interface direta para o cérebro, abrindo assim caminho para uma realidade totalmente diferente. Com os testes em humanos já iniciados, surge agora a notícia de que o primeiro paciente humano consegue mexer um rato de computador apenas com pensamento.
Consegue mexer rato de computador só com pensamento
Depois de muito tempo de espera, em que os avanços tecnológicos foram sendo mostrados, a Neuralink conseguiu um feito único. Teve autorização para os primeiros testes com humanos, abrindo caminho para que tudo o que foi criando ao longo dos anos fosse materializado em provas reais.
Com o implante realizado, o primeiro paciente esteve a recuperar normalmente e sem qualquer sobressalto. Era este o plano da empresa de Elon Musk, que conseguia assim mostrar que esta sua interface física estava segundo os padrões a que se propusera.
Um novo passo foi agora dado, segundo revelou o empresário e investidor da Tesla, Sawyer Merritt. A informação que partilhou no Twitter dá conta do anúncio feito por Elon Musk e que relatava que primeiro paciente humano da Neuralink consegue mexer um rato de computador apenas com o pensamento.
NEWS: Elon Musk announced tonight that the first human implanted with @Neuralink’s brain chip has made a full recovery.
— Sawyer Merritt (@SawyerMerritt) February 20, 2024
The patient is able to control a mouse using only their thoughts. Incredible achievement!pic.twitter.com/ImrSkxT0h7
Neuralink segue os testes com primeiro paciente humano
As declarações de Elon Musk à Reuters mostra que a recuperação foi feita totalmente e que este paciente está pronto a iniciar os testes. O processo decorreu de tal forma bem que apenas 3 semanas depois da aplicação do chip da Neuralink este paciente já interage com o sistema.
O chip N1 da Neuralink é implantado no crânio do paciente e ligado ao cérebro via pequenos fios mais finos que um cabelo humano. Os fios contêm 1024 elétrodos capazes de captar simultaneamente sinais e estimular milhões de neurónios. Os sinais são transmitidos sem requerer uma ligação física para processamento e interpretação.
Embora a Neuralink ofereça esperança a muitos pacientes, Elon Musk tem ambições muito maiores, como sempre. O seu objetivo final é colocar a humanidade no mesmo nível da inteligência artificial.
“O seu objetivo final é colocar a humanidade no mesmo nível da inteligência artificial.” Embora o feito descrito aqui no artigo seja incrível não me parece, de todo, que alguma vez estejamos sequer perto do potencial de uma inteligência artificial.
A inteligência Artificial não se compara às capacidades cognitivas humanas. Por muito que queiram vender o contrário a leigos (e o estejam a conseguir), a verdade é que algoritmos de AI são bastante limitados e apenas conseguem interpolar. Não conseguem extrapolar. E isso é matematicamente demonstrado. Ou seja, os algoritmos em si não permitem gerar sucessões de dados que estejam foram do domínio dos dados de treino.
Em sentido oposto, nos conseguimos antecipar e fazer previsões em ambientes e situações aos quais nunca fomos expostos. Para além disso o cérebro humano coordena uma máquina imensa, sem sequer nos darmos conta disso. Um algoritmo de AI precisa de um armazém gigantesco para dizer “Olá” e responder a perguntas, com parte considerável das respostas erradas e com erros ortográficos. Não estou a dizer que no futuro estes algoritmos não melhorem significativamente. Vão, claro! Mas aquilo que o nosso cérebro faz é extraordinariamente mais complexo apenas e com uma fracção minúscula do tamanho de um data center. Aliás foi o cérebro humano que criou e cria algoritmos de AI 😉
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Há quem jure a pés juntos que os algoritmos só servem para ligar pontos e nada mais. Mas calma, não subestimemos as máquinas! Elas não são só umas calculadoras grandalhonas.. Esses algoritmos até têm um truque na manga que é a capacidade de “adivinhar” o futuro. É tipo ter um amigo que prevê o que vai acontecer no próximo episódio da tua série favorita. Claro, não é exatamente como ter uma bola de cristal mas eles conseguem fazer umas previsões interessantes.
E quanto à comparação entre o nosso cérebro e um data center, é quase como comparar uma cozinha caseira com um restaurante industrial. Ok, o cérebro é uma máquina incrível que faz malabarismos sem percebermoss. Mas, olha, esses data centers estão lá a processar informações numa velocidade que até dá tonturas. E não precisam de pausas para o café! lol
E, sim, admito, nós humanos fomos os criadores destas máquinas pensantes. É tipo os pais orgulhosos que vêem o filho robot a dar os primeiros passos. Claro q há sempre espaço para melhorias. Imagina só, daqui a uns tempos, os algoritmos a dar-nos conselhos de vida!
A IA pode não ser perfeita mas está a evoluir, a aprender, e quem sabe, daqui a uns anos, talvez a vejamos a escrever comédias melhores que os melhores humoristas! Ah, o futuro é uma incógnita, mas vai ser divertido descobrir. 😉
Acredito que a IA tem enormes potencialidades, mas quanto a fazer humor, duvido. No máximo será capaz de contar umas anedotas ao estilo do Fernando Rocha da SIC, aquele género de “humor” em que nós adivinhamos o final a meio da piada.
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Isto poderá ser revolucionário para pacientes com paralisias
Na assembleia vai ser um sucesso