Lasers podem ser a resposta para locais onde não chega a banda larga
Já há experiências no terreno e a base tecnológica nem é nova. Mas há novos dispositivos que podem levar a Internet a sítios mais remotos onde a banda larga não chega. São lasers e podem complementar a oferta dos operadores.
Há lugares onde a fibra não consegue chegar, mas há lasers
No setor da Internet, isso é conhecido como o problema do "último quilómetro", ou seja, milhões de pessoas e empresas ao redor do mundo não conseguem aceder à banda larga por falta daquele trecho final de uma rede que conecta o utilizador à Internet.
Esta infraestrutura crítica, que pode variar de algumas centenas de metros a alguns quilómetros, muitas vezes é muito cara ou difícil de construir, devido a desafios no terreno ou ao facto de que serviria a poucos clientes, problemas que são mais comuns em áreas rurais e remotas.
Uma solução potencial é a tecnologia chamada "ótica de espaço livre" (Free-Space Optics, FSO), que utiliza lasers para transferir dados pelo ar. Lançada pela NASA na década de 1960, esta tecnologia tem o potencial de revolucionar a infraestrutura de Internet. No entanto, sempre enfrentou um obstáculo inevitável: o clima.
Névoa, chuva e até mesmo a turbulência do ar podem interromper o sinal, que também precisa de uma linha de visão direta entre o transmissor e o recetor. Apesar da vantagem de não precisar de licenciamento ou regulamentação, diferentemente de sinais de rádio como o 5G, a banda larga FSO ainda não se materializou como uma realidade comercial.
20 anos de desenvolvimento
Agora, a empresa Attochron, sediada no estado da Virgínia, nos Estados Unidos da América, diz estar pronta para lançar a sua versão desta tecnologia, após mais de 20 anos de desenvolvimento.
A empresa completou uma ronda de financiamento em que angariou 15 milhões de dólares e iniciou a produção, em pequena escala, do seu principal produto de hardware, chamado ALTIS-7, que inclui um recetor e um transmissor, tendo já planos para aumentar a produção no início de 2025, tendo em vista o lançamento comercial.
Num teste recente, a Attochron, em parceria com a empresa de telecomunicações Lumen e uma grande plataforma de e-commerce, demonstrou a tecnologia ao projetar um link de laser por 2,4 quilómetros a uma velocidade de 1,25 Gigabits por segundo.
A empresa afirma que já alcançou uma velocidade máxima de pouco mais de 10 Gigabits, equiparando-se à conectividade mais rápida de fibra ótica disponível para empresas.
Segundo a empresa, ao contrário de outras tecnologias, o seu sistema utiliza pulsos extremamente curtos de luz e um espectro amplo, permitindo maior estabilidade do sinal. Segundo o diretor-executivo, Tom Chaffee, a empresa possui cerca de 60 a 70 patentes concedidas e aproximadamente 200 pendentes, tentando viabilizar onde outras empresas falharam.
Os responsáveis da Attochron referem que não pretendem substituir tecnologias atuais, mas sim complementá-las, oferecendo uma alternativa mais económica e rápida de conexão à Internet, onde a instalação de fibras seria inviável.
Muito interessante.
Devido a curvatura da terra (ah pois terraplanistas) não me parece ter futuro comercial aliás basta ver o teste que fizeram.
“”projetar um link de laser por 2,4 quilómetros a uma velocidade de 1,25 Gigabits por segundo””
Temos equipamentos WiFi comerciais já a algum tempo ponto a ponto a ponto com 4Gbps a 2km e 1Gbps a 20Kms claro que também dependem do LOS mas não ao milímetro como o laser que basta um pouco de nevoeiro ou chuva e ficam sem um link, mas é bom ter mais uma tecnologia, no espaço é outra história e está a fazer sucesso esta tecnologia.
Eh pá estamos a falar de 1km… não estamos a falar de 1000km…
Lê lá bem isso e depois diz qualquer coisa
Se num quilómetro consegues ver a curvatura da Terra, por favor ajuda-me a passar a ponte 25 de Abril…
Vamos lá então já que te armaste em esperto: a 2.4Km que é o link mencionado no artigo já existe uma queda de 0,45cm derivado a curvatura da terra e um feixe de laser tem que ser ponto a ponto e quanto maior a distancia maior a queda.
Outro facto interessante que fica agora a saber a 5km já consegue a olho nú ver a curvatura da terra que dá 2 metros de queda.
Se precisares da fórmula da “geometric horizon drop” é só dizeres.
Eh pá, mais uma vez, e repito o que te disse… já que estás armado em googler… se tu num raio de 1km, consegues ver a curvatura da Terra, ajuda-me então a atravessar a 25 de Abril… ou então a Vasco da Gama…
Eh pá não vás por medidas feitas ao nível macroscópico e matemático… estas antenas de certeza não vão estar a 2m de altura…
Esquece lá o raio do raio da curvatura da terra e bebe uma mini…
“a 2.4Km que é o link mencionado no artigo já existe uma queda de 0,45cm derivado a curvatura da terra e um feixe de laser tem que ser ponto a ponto e quanto maior a distancia maior a queda.”
O que é que isso interessa? o laser não está ao nível do solo/mar.
É que ainda por cima estás a dizer-me que: a 2,4km, tens uma queda 45m… espera, 0,45m… aguenta… 0,45 cm… sabes o que é meio centímetro num raio de 2,4km? Achas que vês a curva da terra a olho nu? Vá, bom fim de semana…
Hehe desconversa e vai aprender a fazer contas eu falei a 2.4km que é o que está mencionado no artigo e a 5km já consegues ver a curvatura da terra.
E qual é o problema do desnível/queda? A maioria das cidades possuí prédios com mais de 100 metros, chegando a ter centenas de metros. Antenas de comunicação várias dezenas de metros.
Mesmo a 5km com 2 metros de queda não afecta rigorosamente nada.
Os engenheiros das empresas de sistemas de FSO são todos uns nabos, tu é que os vais ensinar a fazer links de 100km FSO.
Porque raio não percebem que uns milímetros de deslocação do feixe e já lá se vai o link, “aí e tal um edifício 100 metros” tu por acaso sabes qual é a oscilação de um edifício de 100 metros? Na volta de 20 centímetros com brisa normal…
Porque não vão ler os documentos da tecnologia e verificam o seguinte nas dificuldades de links maiores:
– Atenuação Atmosférica
– Turbulência Atmosférica
– Desalinhamento do feixe (ventos, vibrações)
– Divergência do Feixe
– Visibilidade Óptica
– Curvatura da Terra
– Limitações climáticas
Se quiserem perder um pouco de tempo a ler aconselho o livro “Free Space Optics: Propagation and Communication”
Um bom livro onde ficam a perceber quais as principais dificuldades de sistemas FSO na terra.
Comunicações laser portáteis ou semi portáteis militares já existiam nos anos 90 do Século XX. Uma abertura de 0.8º a 5km são quantos metros?
Demasiado perigoso. Internet por satélite já resolve o problema das zonas remotas.
“laser”
– Dr. Evil
@Rodrigo, vá lá, não me digas que tens visão de águia e consegues notar isso na distância que referes… a sério? Ou tens as lentes mal dimensionadas?
Vais na Vasco da Gama e sentes que estás a contornar perfeitamente a curvatura…
Agora a sério… bom fim de seman
Sim amigo dependendo do terreno a 5km consegues ver a curvatura, estás a fazer uma figura tão triste pois isto não é achismo é algo que é uma ciência exacta.
Parece um sistema interessante, mas questiono me quanto à viabilidade no terreno como funcionará com a lente suja? O laser parece ter uma velocidade de ligação interessante mas não deixa de ser uma ligação ponto a ponto, só servirá para uma habitação e se é remota a manutenção aparenta me ser um entrave, satélite parece de tato uma melhor alternativa
Assumi a informática do Casino Estoril em 2000 e pus pouco tempo depois um laser entre o casino estoril e o antigo hotel estoril sol com ligaçao de 100 megabits, com varios lasers permanentes a oferecerem redundância de sinal para passagem de dados e voz.
E funcionava bem.
ahhh… Starlink? :p