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Kinect usado para tradução de língua gestual

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Pedro Simões


  1. Rui Pinheiro says:

    É língua gestual e não linguagem gestual. É triste que a comunicação social continue a veicular os termos incorretos quando apresentam notícias em sites técnicos.

    • Muito bem dito! says:

      Concordo plenamente com o seu comentário!

    • djx says:

      Por acaso fiquei admirado por ter visto o título escrito da forma correta, mas já vi que não foi à primeira.

      • Rui Pinheiro says:

        Olá djx, foi isso mesmo que aconteceu. Eu pus o comentário e passado um bocado, editaram e corrigiram os termos. Bom mesmo era não terem medo de dizer “surdos” em vez de “pessoas com problemas auditivos”.

        Eu sou surdo e detesto esses termos politicamente corretos que me transformam num deficiente (auditivo) ou numa pessoa com problemas (auditivos). Prefiro o termo “surdo”, que denota simplesmente que sou uma pessoa diferente (e não deficiente, nem com problemas).

        Para mim, é quase o mesmo que chamarem a humanidade inteira de deficiente mental só porque os cérebros são incapazes de telepatia (que se saiba… eh eh eh).

  2. Rui Pinheiro says:

    Mais um termo incorreto: “idiomas diferentes de linguagem gestual”. Acho que não estão a perceber muito bem do que falam. O que querem dizer é que permite a interpretação de línguas gestuais diferentes, certo? É que depois também há idiomas, dialectos ou regionalismos dentro da mesma língua gestual. Tal como acontece nas línguas orais.

    O problema com o uso do termo incorreto “linguagem gestual” é que tende a criar nos ouvintes a ideia de que as línguas gestuais são de alguma forma inferiores às línguas orais. Isto é falso, mesmo usando o argumento dos números, pois há línguas gestuais no Mundo, tal como a ASL (American Sign Language) em que o número de gestuantes é superior ao número de falantes de muitas línguas orais.

  3. Vai ser fantástico é quando a aplicação em causa vier a poder fazer a tradução para LINGUA GESTUAL em tempo real, né!…

    Santa ignorância!…

  4. David Ferreira says:

    …..acho que estão a dar demasiada importância aos termos da nossa língua aqui aplicados, em vez de darem à noticia.

    acho mais engraçado quando tentas criticar a forma escrita do sujeito e depois usas esse “né!” lol

    • Rui Pinheiro says:

      David, é importante. É que isto repete-se muito em todo o lado e, como eu disse, têm consequências nefastas que não são tão óbvias, como as pessoas ouvintes em geral verem as línguas gestuais como algo de inferior (uma “linguagem” não tem o mesmo valor positivo que uma “língua”). E faz com que não percepcionem as línguas gestuais como línguas a sério, daquelas que causam a existência de uma cultura diferente devido à língua diferente. Isso é muito mais importante que o teor da notícia, porque tecnologias vão-se inventando. E, como vês, o alerta resultou: o jornalista em questão corrigiu o artigo.

      Agora, sobre a notícia em si, teria de ver para crer. É que eu já vi outras tentativas de interpretação automática e tem sido tudo muito embrionário, para dizer pouco. Além disso, preocupa-me que estas interpretações virtuais “danifiquem” a língua gestual utilizada pois os avatares por norma não têm o mesmo nível de expressividade que os surdos nativos nessa língua. As pessoas que por norma estiverem constantemente em contacto com estes avatares poderão começar a adaptar as formas robotizadas (à falta de melhor expressão) de gestuar, especialmente quem ainda está a aprender. Mas aceito que esse é um problema geral deste tipo de tecnologias: o uso do Google Translator também é muito útil e, no entanto, as traduções erradas ou construções frásicas duvidosas podem levar as pessoas a inconscientemente incorporá-las na sua forma de se exprimir, também assim, estragando a língua.

      Bom mesmo era a legendagem automática como deve ser…

  5. Carlos says:

    À boa maneira tuga o pessoal teclama da forma, barafustam que é língua e não linguagem, reclamam de coisas a que o artigo nem faz referências mas quanto ao conteúdo em si, se a ideia é boa e veem alguma utilidade nela ou alguma ideia de onde se possa usar isto, nem uma palavra.
    Eu, por acaso, até consigo ver uma aplicação para isto: pode servir para traduzir a língua gestual para língua falada não só no sítio óbvio (o Skype da Xbox One) mas também em locais físicos como lojas, serviços públicos, etc.
    Pena que seja a Microsoft, porque se há empresa com um dom para espatifar as boas ideias, a Microsoft é a primeira.

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