Exército dos EUA vão ter tanques de guerra controlados por inteligência artificial
O mundo está a mudar e a guerra também segue caminho idêntico. Hoje, a inteligência artificial, os drones e robôs fazem a guerra menos humana. Desta forma, as máquinas matam e destroem sem perda de vidas. Nesse sentido, o Exército dos EUA acabou de chamar especialistas para ajudar a desenvolver uma tecnologia que permita que um veículo de combate terrestre, como um tanque, detete, ataque e aniquile combatentes inimigos automaticamente.
Vem aí o primeiro tanque de guerra com Inteligência Artificial do mundo.
Menos soldados e mais tecnologia inteligente para matar remotamente
Os Estados Unidos têm, seguramente, a maior e mais poderosa estrutura de guerra do mundo. Conforme temos visto, os EUA desenvolveram uma máquina de guerra capaz de atuar em qualquer parte do globo. No entanto, a opinião pública mudou muito sobre o envio de tropas para cenários de guerra. Atualmente nem mesmos os aliados estão convictos das perdas humanas. A solução é a guerra das máquinas.
EUA vai lançar uma nova arma: ATLAS
Segundo o que foi avançado, o exército dos Estados Unidos da América tem planos para construir um carro de combate controlado por inteligência artificial. Com controlo remoto, este veículo apenas terá envolvimento humano para fazer fogo.
Chama-se Advanced Targeting and Lethality Automated System (ATLAS) e é o projeto do exército americano para o novo tanque de combate.
Disciplina do gatilho na guerra
Em todo o mundo, 26 países pediram a proibição de armas totalmente autónomas. Contudo, os EUA, com o apoio de empresas como a Boeing, continuaram a desenvolver tecnologia militar com tecnologia AI. Desta forma, traçam um objetivo claro de automatizar o campo de batalha. Por enquanto, os operadores humanos ainda são obrigados por lei a tomar a decisão final de atirar.
Parece muito como se estivéssemos a ir para uma corrida ao armamento, em que a proibição atual da autonomia letal total será descartada assim que for politicamente conveniente.
Referiu o cientista da computação da UC Berkeley, Stuart Russell, ao Quartz.
Inteligência artificial e precisão robótica
O sistema ATLAS, do ponto de vista do Exército, tornará o combate mais eficiente. Além disso, há quem entenda que o tanque poderá vir a ser uma inovação em conflitos bélicos. Paul Scharre, diretor da Center for New American Security, um think-tank americano sobre segurança, diz que “sempre que se consiga retirar frações de segundo” numa situação de guerra, “isso é precioso”.
Campanha para banir Killer Robots
Há uma campanha para acabar com Killer Robots. Esta coligação de organizações não governamentais, trabalha para banir armas autónomas e manter “controle humano significativo sobre o uso da força”. Conforme podemos ler, esta organização adverte que deixar as máquinas selecionarem e atacarem alvos pode levar o mundo à corrida de “braços robóticos desestabilizadores”.
https://twitter.com/marywareham/status/1035675516051836930
Preservando o elemento humano
Apesar de haver uma preocupação relacionada com o passar a decisão de "matar ou não" para as mãos dos robôs, do lado dos EUA a preocupação é preservar o elemento humano.
O ATLAS usará um algoritmo para detetar e identificar alvos e “partes do processo de controlo de fogo” serão automatizadas. Isso significa que é sempre uma pessoa a tomar a decisão de atirar, tal como exige a lei. Pelo menos estas são as intenções atuais, como refere Paul Scharre.
O medo de máquinas assassinas autónomas
No outono passado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que “a perspetiva de máquinas com discrição e poder para tirar vidas humanas é moralmente repugnante”. Além disso, mais de 25 países pediram a proibição de armas autónomas, uma medida que requer controlo humano quando chega a força letal. No entanto, os EUA, a Coreia do Sul, a Rússia, Israel e a Austrália recuaram fortemente e os fornecedores de defesa, incluindo Boeing, Lockheed Martin, BAE Systems e Raytheon, continuam a investir fortemente no desenvolvimento de armas não tripuladas.
Segundo as palavras de Scharre, o armamento autónomo, como o ATLAS, é semelhante aos sensores de ponto cego nos carros. Estes usam luzes nos espelhos retrovisores para alertar um condutor para que não mude de direção. "Idealmente, reduziria as hipóteses de perder alvos, o que é bom em todos os aspetos".
Ainda assim, os opositores (que incluem Elon Musk) temem a falta de diretrizes concretas e universalmente aceites sobre armas autónomas. Estes referem que apenas uma proibição total evitará uma eventual catástrofe.
Este artigo tem mais de um ano
Imagem: U.S Marines
Fonte: Quartz
Neste artigo: Atlas, EUA, tanque de guerra
“… as máquinas matam e destroem sem perda de vidas…”
Sou só eu ou há algo de estranho nesta frase…
Da parte do atacante, de quem está a produzir o novo armamento.
tanques de guerra? é para lavar a roupa electronicamente?
Ó não me diga?
tan·que
(inglês tank, do português tanque)
substantivo masculino
1. [Militar] Carro de assalto, blindado e armado.
“tanque”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,
A diferença é que ele deve ter feito o serviço militar como eu, e Vítor, não deves ter feito ou então esqueceste a regra. Aí de quem chamasse um blindado de tanque. Ouvia logo que tanque é de lavar a roupa. Pode estar no dicionário mas no léxico militar em português não se usa
No léxico militar pode não se utilizar, (no léxico corrente é comum ouvir-se entre os praças esse termo), mas o termo é usado porque está correto e é o mais usado no léxico geral dos portugueses.
“…as máquinas matam e destroem sem perda de vidas.”
Não sei se consigo perceber bem esta frase
Se retirada, erradamente, do contexto, realmente não faz sentido. Mas truncar frases não é de todo uma boa prática. Assim, se virmos do ponto de vista do texto como um todo, o que faz realmente sentido, estamos a falar no fabricante, do lado da potência que contrata e que vai usar.
Uma palavra só: Skynet
uhhhh medoooo! faz um buraco no quintal já!