Em breve poderá “vestir LED” com este material extensível que pode ser torcido
A Royole revelou o que diz ser o primeiro ecrã de micro-LED extensível que pode ser produzido em massa. As suas características poderão num futuro próximo ser usadas para produzir peças "vestíveis", ecrãs dos mais variados fins, com aplicações que hoje parecem impossíveis de acontecer. Este material pode ser puxado, dobrado, torcido e esticado, sem perder a sua funcionalidade.
A empresa é conhecida pelos seus ecrãs dobráveis que podem ser colocados nos mais variados cenários. Num para-brisas de um carro, em peças de vestuário, livros, e num infindável mundo do SmartHome.
Ecrãs LED que esticam, torcem e que se podem vestir
A empresa chinesa diz que tem já o primeiro ecrã micro-LED extensível a funcionar com processos de fabricação industrial - ou seja, pode ser produzido em massa.
O painel de demonstração de 2,7 polegadas e 96 x 60 pode não parecer muito por si só, mas pode suportar mais abusos do que outros ecrãs flexíveis.
Segundo a empresa, esta "manta tecnológica" pode ser esticada e adaptada às mais variadas formas. Embora a tecnologia não seja exatamente “3D de forma livre”, como afirma Royole (as curvas convexas não podem ir além de 40 graus, por exemplo), pode levar muito castigo no modo de funcionamento correto.
Este tipo de ecrã que estica seria claramente útil para artigos de vestuário que pudessem lidar com mais abusos ou que se adaptassem a novas formas. Contudo, o desenho do micro-LED também transmite mais luz do que o OLED flexível. Assim, a Royole também aponta o mercado dos óculos de realidade aumentada e virtual como uma forte possibilidade.
A empresa refere no seu site que este tipo de ecrã poderá ter uma forte presença nos para-brisas de carros inteligentes, e noutros dispositivos onde se deseje uma visão transparente.
Apesar da Royole afirmar que tem tudo pronto para a produção em massa, a empresa não avançou qualquer data ou para que tecnologia poderia já fabricar.
Qual o segmento que mais poderá ganhar?
O mercado dos ecrãs dobráveis para smartphones e dispositivos que se vestem está a crescer com força. Assim, a Royole terá de dimensionar a tecnologia para diferentes tamanhos e resoluções (pode atingir até 120PPI, diz a Royole).
Mais importante ainda, a empresa precisa de encontrar clientes. No entanto, terá de competir com a Samsung e outros grandes produtores de ecrãs com as suas próprias tomadas em ecrãs flexíveis.
A marca terá de convencer os fabricantes de dispositivos que vale a pena utilizar um ecrã extensível da Royole sobre alternativas "suficientemente boas" que podem ser feitas em maior número, e possivelmente a preços mais baixos. No entanto, se tiver sucesso, há um futuro brilhante para ecrãs flexíveis em tudo, desde a sua roupa até ao seu carro.
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