Google vai acabar com a versão mais básica do Gmail já no início de 2024
Apesar de estar presente em quase todas as plataformas, a Google tem ainda alguma herança histórica do Gmail. Uma delas, a vista Basic HTML parece ter agora os dias contados e vai desaparecer já no início de 2024, deixando alguns utilizadores sem alternativas.
As novidades que vemos surgir no mundo da tecnologia têm por norma algumas vítimas. Todas as que não conseguirem seguir a tendência e suportar estas novidades acabam por ficar sem serviços ou ter um acesso limitado a qualquer serviço, ou site na Internet.
Para eliminar esse problema, o Gmail oferecia aos utilizadores o acesso a uma versão Basic HTML, com funcionalidades restritas. Em contrapartida, esta podia ser usada em qualquer dispositivo, mesmo com ligações à Internet mais lentas ou sistemas com menos recursos.
O fim deste modo foi agora revelado, constando das páginas de suporte da Google para o Gmail. Ao mesmo tempo, uma mensagem de e-mail está a ser enviada. Discretamente, a gigante das pesquisas revelou que a partir de janeiro de 2024 esta versão deixará de estar disponível para os utilizadores.
Todos os que usavam esta versão vão ser transferidos para a básica, onde têm muitas mais funcionalidades. Claro que o consumo de recursos será ainda maior, havendo certamente sistemas que não a vão suportar ou vão ter uma experiência de utilização limitada.
O modo Basic HTML é uma versão simplificada da interface do Gmail, projetada para ser mais rápida e acessível. Oferece funcionalidades básicas de e-mail, permitindo enviar, receber e organizar as mensagens, mas sem muitos recursos e melhorias encontrados na experiência completa do Gmail.
Não se conhece a razão para a Google estar a eliminar este modo básico no Gmail. Provavelmente a diferença entre as interfaces e as funcionalidades oferecidas seja já grande demais e esteja assim a prejudicar a imagem da empresa e do seu serviço de e-mail.
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Como tudo, há o inicio e um fim, nada é eterno, portanto, compreende-se perfeitamente…
E hoje acabaram com a versão mobile. A Google e a Meta (no Facebook) ao mesmo tempo. Digo, o acesso a versões mobile pelo PC. Ou seja, cegos a serem contínua e propositadamente excluídos. Sim, porque estas empresas sabem que sem essas alternativas, cegos ficam impossibilitados de usar as ferramentas. A Google tanto o sabe, que sugere uma forma de navegar com o leitor de ecrã na sua plataforma. E a 1ª indicação é fazer aquilo que nunca se deve fazer: desativar os atalhos de teclado dos próprios leitores. Não é só isso, há outras coisas graves, mas essa, assim que a li, foi o que precisava para não aderir a essa forma ineficaz de utilizar o serviço, notando que as teclas de atalho nem sequer minam a experiência do utilizador. Foi uma mina posta ali para rebentar na pouca acessibilidade dos utilizadores. Enfim. Lamentável
“Não se conhece a razão para a Google estar a eliminar este modo básico no Gmail”. Conhece-se. Cegos são coisas que não se igualam aos seres-humanos, segundo as gigantes tecnológicas. Só dão trabalho e pouco lucro, porque a maior parte nem sequer tem emprego (estou a falar a nível mundial, ou se quisermos, União Europeia e Estados Unidos da América). P’ra quê manter a funcionar esta fonte de despesa? Claro, também há os pobrezinhos em África. É tudo a mesma coisa. Cegos e pobrezinhos não precisam de tecnologias para nada, hão-de ter alguém que faça “isto” por eles. É assim que pensam as gigantes tecnológicas. Esse é realmente o motivo. Porque a diferença entre os serviços prestados numa e noutra não eram assim tão díspares. E a imagem da empresa em nada saía beliscada por manter disponível um serviço que incluía pessoas cegas ou com baixos recursos de internet. Aliás, só mostra o desumana que é, precisamente ao fazê-lo. Mas eles não querem saber, porque a esta altura já todos precisamos de um smartphone, de um e-mail (hotmail já é inacessível há bastante tempo) e de uma cloud (curiosamente é a única ferramenta que continua a manter o mesmo grau de acessibilidade para pessoas cegas. Ou é obra do acaso, ou da concorrência), e a estas alturas ninguém passa sem ter uma conta de Facebook, Instagram ou Tik-tok (cada vez mais inacessíveis e não o oposto, a pessoas cegas).