Google perdeu 0,000001% de dados dos seus utilizadores
Depois de uma rede eléctrica nas proximidades do data center europeu da Google, na Bélgica, ter sido atingida sucessivamente por relâmpagos, a empresa sofreu uma perda permanente de 0,000001% de dados dos seus utilizadores.
A Google esclareceu que durante os passados dias 13 e 17 de Agosto ocorreram pequenos erros numa pequena porção de discos do Google Compute Engine na zona europe-west1-b. No total, foram, aproximadamente, 5% dos discos persistentes na zona europe-west1-b que começaram a emitir erros esporádicos durante o período indicado.
Parte da informação contida nos discos foi recuperável mas, ainda assim, alguns dados foram perdidos de forma permanente: 0,000001% dos dados são totalmente irrecuperáveis.
Na causa deste incidente estiveram quatros relâmpagos que atingiram o serviço eléctrico que abastece o data center Europeu da Google, provocando-lhe uma breve perda de energia nos sistemas de armazenamento.
No esclarecimento, a Google refere que leva muito a sério a disponibilidade e durabilidade do armazenamento da sua informação e, por isso, pede "desculpa a todos os utilizadores que foram afectados por este incidente excepcional".
A Google refere ainda que está a trabalhar no sentido de actualizar o seu hardware de armazenamento para que seja menos susceptível a perda de dados causados por quebras de energia.
Por muito que esta perda de dados tenha sido quase irrisória, a verdade é que este acontecimento vem revelar que nem os serviços de cloud são imunes a forças incontroláveis, como é o caso da Natureza.
Fonte: Google Cloud Platform
Este artigo tem mais de um ano
Mas não existem failovers nesse datacenter?, a google não tem Ups´s?
realmente, e acho que até gravam a mesma informação em locais distintos
UPS e geradores…
Não me parece que tenha sido a falta de energia o problema. Os relampagos sucessivos poderão ter destruído descarregadores de sobretensão e à posteriori destruído equipamentos de armazenamento.
e 0,000001% são quantos Tera/Pentabytes?
Excelente questão.
E por falar em percentagens, um pequeno “à parte”.
No que diz respeito ao meu trabalho que ando a desenvolver para a questão do spam por email, obriga-me que vos leve ao conhecimento que os spammers continuam a ter sucesso apesar das taxas de filtragem andarem à volta dos 99,9%, as taxas de sucesso dos spammers também andam numa pequeníssima quantia de 0,005%.
Com isto, vale a pena dizer, que os antispam que andam no mercado, estão muito aquém dos resultados esperados.
De facto é verdade, os anti spam estão muito aquém.
Em parte deve-se ao facto de ser preferível receber spam a eprder email legítimo… Claro que existem formas de contornar a coisa mas requerem que todos utilizem protocolos mais restritos (SPF, DKIM, Dmarc) e que os servidoires de recepção tenha políticas ainda mais restritas, obrigando todos a um maior esforço coletivo.
Ora aí é que está. O receio dos falsos-positivos. E esses protocolos só dão garantias a quem os envia. Não garantem as técnicas usadas pelos spammers que usam servidores próprios e à custa de equipamentos infetados por redes Botnet.
Não era suposto os datacenters terem geradores para prevenir estas situações? O que é que me está a escapar aqui?
As centrais Nucleares tambem são supostamente os locais mais seguros do Planeta segundo quem faz a gestão, estão protegidas contra tudo… Mas existem “tempestades perfeitas” que nunca ninguém conseguir prever!
E sabe-se lá de quem são os dados, até podem ser de um de nós.
deste por falta de alguma coisa?
Acho que o problema não é dar falta de alguma coisa, mas sim tentar utilizar os seu dados armazenados, já que os que estão lá na nuvem, podem estar CORROMPIDOS.
Querida, tás a ver, por isso é que o meu mail está nas leaks do Ashley Madison…
grande otário este Vasco!
camarada Vasco o povo está ctg…
Não percebi, mas também não vou comentar mais…
Gostava de saber como é que os utilizadores afectados se vão aperceber do problema. Tipo…entram no mail e não têm mails ou então no drive e não há documentos.
Já agora, segundo a noticia foi afectado apenas 1 datacenter. Como é que um gigante como a google não tem a informação replicada em datacerters geograficamente distantes?? Parece-me que isto está um pouco mal contado.
Finalmente uma pergunta/comentário inteligente! Coisa rara por aqui…
Será devido aos milésimos de segundo entre a perda de corrente e a entrada em funcionamento dos geradores ou baterias?
Logicamente que nenhum tipo de armazenamento é infalível. Os serviços cloud estão sujeitos a problemas, como os armazenamentos locais. Podem ser menos prováveis ou menores, mas estão sujeitos.
Pois e eu fiquei sem paypal 🙁
Devido ao problema aqui noticiado? :O
Hummm então é por isso que não me aparece aquele mail com fotos da Lenka do Preço Certo, toda nua e com uma faca no bolso 🙂
Pelo que li, o que ocorreu é que os dados perdidos haviam recém sido escritos nos discos; ou seja, não foram os dados já armazenados há tempos na central de dados e sim dados recém registrados, que obviamente estariam sendo armazenados em um primeiro disco. Logo, se ocorrer algum problema nesse disco, algo raro mas possível, esses dados serão perdidos. Acho que o google irá criar algum mecanismo de duplicidade, neste primeiro registro de dados, ou alguma outra atualização similar. Ainda que seja um problema notável, acho positiva a transparência da empresa em publicar o erro (não eu não trabalho no google :-). Por fim, sou totalmente a favor do acordo ortogrático BR/PT que permite nos comunicarmos de maneira muito melhor.
Não há acordo nenhum. É adaptação do PT para BR apenas, que eu saiba não há alteração nenhuma no BR. Para ser acordo teria sido os 2 lados a sofrer alterações.
Também tivemos alterações, mas acredito que bem mais sutis do que o pt-PT, visto que há alguns anos atrás tinha mais dificuldades em ler o que vocês escreviam e agora leio com naturalidade. Concordo que vocês sofreram mais mudanças, e pelo visto o pessoal aí não gostou muito né? Mesmo que o pt-BR tivesse mudanças mais radicais, eu concordaria, pelo benefício da comunicação mútua, mas respeito a opinião de vocês.
Por acaso sou totalmente contra o novo acordo ortográfico 🙂
Mas repara que mesmo com o novo acordo ortográfico, continuas a escrever registrar e eu escrevo registar. Tu escreves caminhão e eu camião, tu escreves ónibus e eu autocarro, não é um grande acordo, não achas?
Além de que ainda não ratificaram o acordo vários países lusófonos.
Mas há mais palavras, continuas a escrever úmido e nós húmido, tu dizes elétron (vem do inglês) e nós electrão, tu dizes gol e nós golo, tu dizes íon (outra palavra importada do dicionário inglês) e nós ião, tu dizes Irã e nós Irão, tu dizes multimídia e nós multimédia, tu dizes próton (outra palavra inglesa) e nós protão, nós dizemos Singapura e tu dizes Cingapura, nós dizemos aluguer e tu dízes aluguel, nós dizemos hospedeira e tu aero moça, nós planeamos e tu planejas, nós dizemos fato e tu terno, etc….
Como vês, continua a haver muitas diferenças 🙂
Abraço
Mas concordo com o que dizes que o novo acordo beneficia o entendimento mútuo. No entanto nunca tive dificuldade nenhuma em ler artigos científicos escritos por brasileiros ou artigos de informação económica. Neste último caso, talvez beneficiado pelo facto dos brasileiros aglutinarem muitas palavras inglesas no dicionário e como tenho de ler também muitos artigos escritos em inglês, é fácil perceber o sentido das frases.
Mas a mais engraçada é a vossa lei económica da demanda e da procura (nossa lei da oferta e da procura, vocês pegaram literalmente na palavra demand em inglês que significa oferta 🙂
Legal seu comentário Rui. Sei que ainda há muitas diferenças entre as línguas, mas tu me mostrou que são mais do que supunha. Quanto as palavras, isso nenhum acordo poderia fazer nada. Seria ridículo um acordo que forçasse o brasileiro a falar “fato” (nem sabia da existência) ou o português a falar “terno”. Mas a unificação (o quanto possível) da estrutura da linguagem eu acho muito benéfica, principalmente na época integrada que estamos. Mesmo com todas essas diferenças, hoje sinto uma fluência muito maior em ler o pt-PT, pois as várias diferenças estruturais se anularam (ou assim vejo pelo menos). Ademais, aqui no Brasil há muitas diferenças de palavras com o mesmo significado, pelo tamanho do país. Moro no estado mais ao Sul, e ainda que não haja tanta diferença quanto há no PT vs BR, quanto mais para o norte, tanto mais diferente são as línguas.
Se este acordo servir para haver novos acordos que nos levem a ter uma forma única de escrever, ler e interpretar, concordo completamente! Agora se deixarem novamente as línguas divergirem durante décadas e depois lembrarem-se novamente de fazerem um novo acordo, aí discordo em absoluto. Vamos ver se há essa harmonização da língua.
Cumprimentos
Não te esqueças do povo canadense 😀
Sim. Podemos nem saber escrever que ninguém dará por isso.
Quando criei uma conta na Google aceitei os seus termos e em consequência disso a possibilidade de haver perdas de dados apesar de ser um serviço grátis e de trabalharem no sentido de evitar tais problemas.
…tantas perguntas e tanto desconhecimento.
Geradores, UPS’s, réplicas, etc.
Os utilizadores que nada pagam pelos serviços
não podem reclamar nada. Façam réplicas nos
outros serviços disponíveis.
e quem é que disse que os dados em questão são de utilizadores que nada pagam pelos serviços?
Então e os que pagam??
Eu pago à Google para ter espaço adicional para poder ter TODAS as minhas fotos no Google Photos. Já posso reclamar?
Informe-se antes de falar, não foi nenhum serviço grátis, foi o GCE (Google Compute Engine) que foi afectado, que serve entre outras coisas para alojar maquinas virtuais e é um serviço pago (e bem pago).
Por acaso pago alguns serviços da google, mas mesmo que não pagasse diretamente, todos os dias pago com a publicidade. Já posso reclamar?
Andam a vender cloud dizem que é seguríssimo, que cumprem as melhores práticas. Então não é suposto haver um disaster recovery noutro continente?
Fácil, mesmo que a informação seja replicada pelos vários Datacenters, dependendo da falhar, pode essa falhar ter ordenado a exclusão daquela informação e essa exclusão ter sido replicada pelos datacenters …fácil
Não acredito nisso. Eles têm backups em todo o lado
Estes 0,000001% de dados não poderão ser ficheiros que estivessem a ser carregados e/ou editados online na altura e zona do estoiro, e por isso não ter sido possível um backup integral para protecção? Achei estranho porque creio já ter lido algures que uma vez lá os ficheiros a Google trata de criar backup dos mesmos e não deve ser no mesmo local… Não queria estar na pele de quem possa ter perdido dados cruciais, pior ainda se pagando um Plano de Conta.
Tanta confusão.
Tudo isto é muito simples, claro que a Google tinha/tem baterias e geradores, acontece que nem todos os equipamentos têm o mesmo nível de protecção e em alguns equipamentos de Storage a duração não foi suficiente para impedir que fossem abaixo, no entanto quando isso acontece têm redundância de Storage, o que aconteceu aqui é que como já eram Storages antigos e daí com pouca cache, houve informação que não foi replicada a tempo, daí esta perda.
Quanto ao cenário de DR, isso não é um serviço nem para users gratuitos nem para pagos, é um serviço para quem paga pelo DR, isto porque ligações intercontinentais saem bastante caras, além do espaço em disco, por isso é um serviço premium, quem não o tem contratado não tem nada por onde reclamar, quem o tem contratado certamente não deverá ter tido perda de dados nem de acesso.
Isto das clouds é muito giro mas estão sujeitas a problemas destes na mesma, apenas têm maior tolerância a falhas que um Datacenter comum. Além disso, nunca são garantidos backups a menos que mais uma vez contratem um serviço adicional de backups.
Pelo que li com isto a google aprendeu a lição e vai trocar equipamentos para terem mais cache e vai fazer upgrade à infra-estrutura de energia para aguentar 30 dias em autonomia.
Eu cá continuo a preferir o velhinho datacenter com pouca tolerância a falhas de energia mas com um bom DR site para estas situações e onde saiba a todo o momento onde está a informação e tenha controlo sobre o que perco ou recupero.
Para quem anda neste mundo da tecnologia, ainda acreditar que existe algo infalível.. Deve deixar a meia, o copo de leite e a bolacha à beira da chaminé no 24 de Dezembro.