A Xiaomi encantou o mundo ao apresentar o seu novo topo de gama Mi 11. De entre todas as novidades o destaque vai para o facto de ser o primeiro smartphone com o novo processador Snapdragon 888 da Qualcomm, e também por não trazer carregador.
Mas, antes de retirar completamente este acessório, a marca chinesa está a oferecer por tempo limitado uma versão que traz carregador. E de acordo com dados divulgados pelo CEO da marca, menos de 6% das encomendas do Xiaomi Mi 11 foram para a “Green Edition” que já não traz carregador.
Nem sempre as mudanças são bem recebidas ou fáceis de saber gerir, e isso também acontece no mundo da tecnologia. Um carregador é um acessório praticamente garantido na compra de um smartphone, mas essa realidade está agora a mudar, por motivos ecológicos.
A primeira a arriscar foi a Apple, com o seu novo iPhone 12. E apesar de outras marcas desdenharem desta decisão, a verdade é que, aos poucos vamos vendo as grandes empresas a escolher o mesmo caminho. Por exemplo, o próximo topo de gama Samsung Galaxy S21, que se espera a 14 de janeiro, também vai retirar o carregador da caixa. E também o mais recente flagship da Xiaomi, o Mi 11, será lançado sem este acessório.
Menos de 6% compraram a versão do Xiaomi Mi 11 sem carregador
No entanto, e ao contrário da Apple, a Xiaomi não retirou de imediato o carregador da caixa do seu smartphone. A marca chinesa optou por disponibilizar uma versão limitada com carregador GaN de 55W, designada Special Set Edition e que custará 4.099 yuans (~517 euros). Já a versão sem carregador tem um custo de 3.999 yuans (~504 euros).
De acordo com uma recente publicação do CEO Lei Jun, a Xiaomi já vendeu cerca de 350.000 unidades do Mi 11. Mas menos de 6% dessas encomendas são referentes à versão “Green Edition”, que já não traz carregador. Em quantidades concretas foram vendidos 20.000 exemplares do Mi 11 sem este acessório.
Como forma de encorajar as escolhas sustentáveis, Lei Jun agradeceu aos 20.000 clientes que optaram pela versão sem este acessório. Para além disso, o CEO foi recentemente anunciado como embaixador da marca.
Talvez este não seja um valor surpreendente, pois para muitas pessoas ainda é difícil lidar com a realidade de comprar um smartphone sem carregador. No entanto, quantos destes 330.000 que optaram pela versão completa necessitam realmente deste acessório? Certamente a grande maioria tem um carregador compatível nas suas casas, o que torna este novo num objeto supérfluo.
É possível que seja, para já, apenas uma questão de mentalidade e de hábito. E que, em breve, o carregador na caixa seja mesmo uma coisa do passado.