Hospital de S. João recebe pulseiras para prevenir a fuga dos doentes
Numa altura em que a pandemia da COVID-19 é o assunto central em todo o mundo, já seria de esperar que outras áreas passem para segundo plano. Mas isso não significa que estejam esquecidas ou que não se arranjem soluções. E um dos problemas que os hospitais têm em mãos é a fuga dos doentes com quadros clínicos específicos.
Dessa forma, o Hospital de São João no Porto implementou agora um sistema de pulseiras sonoras para prevenir a fuga dos doentes. Esta tecnologia destina-se assim a utentes com quadros de demência, desorientação e que possam representar algum risco de fugirem do hospital.
Pulseiras no Hospital de S. João do Porto para prevenir de fuga de doentes
Doentes que apresentam um quadro clínico de demência, por exemplo, precisam ter uma vigilância redobrada. Muitas vezes ouvimos nas notícias a fuga ou desaparecimento de determinadas pessoas, nomeadamente idosos, com esta condição. E também nos hospitais o cuidado e atenção para com os movimentos destes utentes exige uma maior supervisão.
Por esse motivo, agora o Hospital de São João no Porto conta com pulseiras de forma a prevenir a fuga dos doentes. Esta tecnologia destina-se assim a utentes com quadros de demência, desorientação, amnésia e a todos aqueles que apresentem algum risco de fuga. Os utentes com estas características estão agora a receber estas pulseiras.
Em suma, para evitar a fuga dos doentes, estas pulseiras emitem sinais luminosos e sonoros de alerta, tal como descrevem os responsáveis do Serviço de Urgência do Hospital de S. João.
A tecnologia "Alerta São João" está já a ser testada há cerca de três semanas. De acordo com o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do Hospital de São João, Nelson Pereira, o objetivo não é "prender ninguém", mas sim "proteger os doentes que podem colocar em risco a sua integridade física", por saírem o Serviço de Urgência durante o período de tratamento.
Esta novidade vem numa altura em que vários doentes são conduzidos pelas autoridades, com mandado de condução para internamento compulsivo, como pessoas identificadas após tentativas de suicídio, doentes agitados ou com quadros de alteração comportamental de características psicóticas.
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Para prevenir a fuga dos doentes, ou dos profissionais que lá têm em trabalho forçado?