Com o setor dos chips eletrónicos a ser um dos mais requisitados do momento ao nível da indústria tecnológica, não admira que as fabricantes estejam a investir cada vez mais neste segmento. No entanto, e como vamos ver de seguida, tal também tem um preço a pagar.
De acordo com as mais recentes informações, a TSMC, fabricante líder na produção de componentes, já consome 6% de toda a energia de Taiwan.
TSMC consome 6% de toda a energia taiwanesa
Com a natural evolução do mundo tecnológico, a indústria procura desenvolver e produzir chips mais avançados, eficientes e que melhor sirvam as necessidades dos equipamentos das novas gerações e dos consumidores. No entanto, do outro lado da moeda encontramos um consumo energético cada vez maior, o que não é nada bom sinal, especialmente na fase que atravessamos ao nível ambiental.
Mas para que tenhamos uma ideia mais precisa do panorama energético atual, os dados mais recentes indicam que a líder TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing) já consome 6% de toda a energia de Taiwan. De acordo com as informações do Bloomberg, estima-se que até ao ano de 2025, a gigante taiwanesa da produção de componentes seja responsável por cerca de 12,5% do consumo de energia no país. Ou seja, em apenas dois anos, a percentagem de consumo energético da fabricante deverá ser mais do dobro do que apresenta atualmente.
E se estes números não nos dão ainda uma ideia daquilo que se está a passar, então é referido que se a TSMC continuar a produzir tanto como agora, o seu consumo energético será tão ou mais alto do que o consumo feito pelos 21 milhões de habitantes do Sri Lanka.
Grande parte do motivo para este consumo passa pela produção de chips cada vez menores, complexos e eficientes. E as mais recentes tecnologias englobam a litografia Ultra Violeta Extrema (EUV), a qual possibilita o fabrico destes chips mais avançados, mas que requerem um alto consumo energético. A TSMC não é a única a ter este sistema EUV, também a Samsung e Intel, por exemplo, o têm. No entanto a taiwanesa é a empresa mais requisitada para este fim, especialmente por grandes nomes da tecnologia, como a Apple, Qualcomm, AMD, entre outros.
Já do lado da Coreia do Sul, a Samsung é responsável pelo consumo de 3% de toda a energia do país, sendo que mais de metade dessa eletricidade vem do carvão e do gás natural.