A escassez de chips ainda é um problema bem presente nos nossos dias. Basta visitarmos alguma loja de tecnologia para percebermos a falta de vários equipamentos mais recentes e muito cobiçados, como as novas consolas de videojogos da Sony e da Microsoft.
E embora a pandemia, que foi a grande causadora deste problema, esteja mais controlada em todo o mundo, a gigante fabricante TSMC estima que a escassez de componentes ainda dure até ao ano de 2024 ou 2025.
Escassez de chips pode durar até 2024/2025, segundo a TSMC
Anteriormente algumas fontes indicavam que a escassez de componentes poderia estar na sua fase de resolução. No entanto para a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), que é a maior fabricante de semicondutores do mundo, parece que o problema ainda vai persistir por um período significativo.
De acordo com uma recente entrevista ao Dr. YJ Mii, vice-presidente sénior de pesquisa e desenvolvimento da empresa, a TSMC acredita que a escassez de chips ainda vai durar até ao ano 2024 ou mesmo 2025. No fundo, estas previsões são baseadas na desproporcionalidade ainda bastante acentuada entre a procura e a oferta que teima em permanecer ao longo dos meses. Neste sentido, a indústria de semicondutores vai continuar a trabalhar a todo o vapor para tentar responder o mais breve possível aos pedidos pendentes.
O executivo adianta que:
Neste momento, a indústria está a investir uma grande quantidade de capital na criação adicional da sua capacidade para resolver o problema da escassez de chips. Atualmente temos uma imagem muito mais clara da procura futura do que há dois anos.
Para além disso, YJ Mii falou também sobre as dificuldades que a TSMC está a enfrentar para oferecer processos de fabrico ainda mais avançados.
Estamos a aproximar-nos de uma escala atómica. Antes, podíamos alcançar o nó da próxima geração através de ajustes no processo, mas agora, para cada geração, temos que encontrar novos caminhos ao nível de arquitetura de transístores, materiais, processos e ferramentas.
Para lidar com este assunto, várias empresas, como a Intel, estão a planear o alargamento da capacidade de produção através da construção de novas fábricas. Também a União Europeia vai investir 11 mil milhões de euros na indústria de semicondutores.
Por outro lado, a guerra da Rússia contra a Ucrânia também está a ter impacto no problema de falta de componentes.