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Mineração de criptomoedas não teve impacto na escassez de chips, diz CEO da AMD

A mineração de criptomoedas é uma das atividades mais aliciantes dos utilizadores, especialmente dos que entendem um pouco melhor sobre este segmento.

Mas se se julgava que a extração das moedas digitais provocou ou agravou a atual falta de stock de chips no mercado, a CEO da AMD tem uma visão contrária. De acordo com Lisa Su, a mineração não teve impacto na escassez de chips gráficos.


Infelizmente ainda estamos a atravessar uma significativa escassez de componentes no segmento da indústria. A pandemia foi uma das grandes causadoras deste problema, uma vez que muitas fábricas fecharam portas ou trabalharam com menos trabalhadores devido ao risco de infeção.

Ao mesmo tempo, o teletrabalho, a telescola e o confinamento no geral levaram a que mais pessoas procurassem equipamentos tecnológicos para trabalho e/ou lazer. Nesse sentido aumentaram os pedidos de computadores, smartphones, impressoras, auriculares, entre outros produtos. Como consequência, a indústria teve um aumento de pedidos, vendo a sua capacidade de produção reduzida, o que resultou no principal problema de falta de stock.

E a mineração de criptomoedas teve impacto na escassez de chips?

Esta é uma questão que divide a opinião das pessoas. Se por um lado há quem defenda que esta atividade não causou a falta de equipamentos, nomeadamente placas gráficas, por outro há quem aponte o dedo aos mineradores para este flagelo.

Contudo, Lisa Su, CEO da AMD, falou recentemente sobre este assunto à CNBC onde referiu que se prevê uma recuperação deste setor para mais tarde do que previsto. Além disso, a engenheira é da opinião que a mineração de criptomoedas não teve impacto na escassez de chips.

Lisa Su, CEO da AMD

Para Lisa Su, a pandemia foi o principal fator para o panorama da falta de componentes ao limitar o processo de fabrico, ao mesmo tempo que promoveu a procura. Como tal, para a executiva a mineração não foi um fator significativo no fornecimento de chips gráficos da AMD. A engenheira adianta que este é um mercado “bastante volátil” e que não é o foco da empresa.

Estas declarações remetem para o facto de AMD não ter ainda nenhum equipamento destinado à extração de moedas digitais, ao contrário da rival Nvidia. Segundo Lisa Su:

Estamos a esforçar-nos muito para conseguir mais produtos para os gamers. Recebo muitos pedidos de ajuda para obter uma placa gráfica dedicada a jogos. No final das contas, estamos a construir produtos de consumo, e é aí que está o foco.

Recordamos que a engenheira tem sido uma peça fundamental no sucesso da empresa. Lisa Su foi recentemente nomeada membro do Conselho de Ciência e Tecnologia dos EUA e ganhou também o prémio de alto reconhecimento Robert N. Noyce, sendo a primeira mulher a consegui-lo.

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