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EUA põem travão às exportações à maior fabricante de chips da China

Os conflitos entre os EUA e a Huawei, que já fizeram correr muita tinta, ainda estão por resolver. Mas agora o país de Donald Trump tem como alvo a SMIC, que é maior fabricante de chips da China.

Uma nova ação do Departamento do Comércio dos EUA considera que a tecnologia da fabricante de semicondutores é um “risco inaceitável” e destinada a um possível “uso militar”. Desta forma, o país norte-americano está a impor restrições às exportações feitas à SMIC.


O clima dos EUA com a Huawei ainda está longe de arrefecer, embora já se comece a ver alguma luz ao fundo do túnel. Isto porque pelo menos a AMD e a Intel já obtiveram autorização para fornecer a empresa chinesa.

Mas parece que agora o país de Donald Trump direcionou o seu ataque para outro alvo: a SMIC. A Semicondutor Manufacturing International Corp. (SMIC) pertence ao Estado chinês e é a maior fabricante de chips da China. Tem fábricas na China continental e escritórios nos EUA, Itália, Japão e Taiwan.

EUA travam as exportações à maior fabricante de chips da China

Regredindo um pouco no tempo, já no mês de maio, devido aos conflitos com os EUA, a China optou por celebrar negócios e investir milhões na fabricante chinesa SMIC.

Mas agora os Estados Unidos da América estão a travar e restringir os negócios e as exportações feitas à maior fabricante de chips do país asiático. E, de acordo com os analistas, o impacto pode ser ainda maior do que o bloqueio feito à Huawei.

O Departamento do Comércio norte-americano considerou que a tecnologia da SMIC é “um risco inaceitável”, segundo a Reuters. Para além disso há ainda a possibilidade de que os equipamentos a ela fornecidos possam ser depois usados para “fins militares”.

Assim, segundo uma carta do Departamento do Comércio com data de 25 de setembro, os fornecedores de determinados componentes da SMIC deverão agora ter de pedir licenças de exportação individuais.

Já no início deste mês, o governo de Trump estaria de olho na fabricante chinesa para a colocar na lista negra. Isto depois que as autoridades norte-americanas consideraram a SMIC como uma ameaça devido a uma suposta “fusão” entre tecnologias civis e militares.

SMIC ainda não recebeu nenhuma notificação oficial com as restrições

Segundo a fabricante, ainda não lhe foi entregue nenhuma notificação oficial com a informação destas restrições. Para além disso, a empresa fez questão de se desmarcar das acusações relativas aos vínculos militares.

A SMIC reitera que fabrica semicondutores e fornece serviços apenas para utilizadores finais civis e comerciais.

SMIC

Por sua vez, o Departamento do Comércios dos EUA recusou o pedido de esclarecimentos sobre o caso. No entanto, adiantou que o seu Bureau de Indústria e Segurança (BIS) está constantemente a “monitorizar e avaliar quaisquer potenciais ameaças à segurança nacional dos EUA e aos interesses da política externa“.

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