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COVID-19 inspira a procura de aviões mais limpos com raios UV

A sugestão do Presidente norte-americano Donald Trump de que a luz ultravioleta poderia ser inserida em doentes com coronavírus foi largamente criticada na sexta-feira, mas uma empresa da Califórnia pensa que é uma solução perfeita para descontaminar aviões.

Esta abordagem da luz UV já foi usada em hospitais e poderá ser uma solução para vários segmentos, na proteção dos equipamentos e espaços.


Luz UV poderá desinfetar espaços e matar o SARS-CoV-2 que causa a doença COVID-19

A Dimer UCV Innovations criou uma máquina de limpeza com emissão de UV-C chamada GermFalcon, para a indústria aérea em 2014, mas só com a pandemia COVID-19 é que a procura descolou realmente.

Não queríamos que fosse necessária uma pandemia para criar a procura nesta indústria. É essa a situação em que nos encontramos e estamos a construir as nossas unidades o mais rapidamente possível.

Afirmou Elliot Kreitenberg, presidente e cofundador da Dimer UCV Innovations.

Apesar de ter dado algumas pistas, o responsável da empresa não deu detalhes sobre as vendas da unidade, mas disse que a utilização da máquina tinha sido oferecida à indústria gratuitamente durante a pandemia.

 

Como atua na limpeza dos vírus e bactérias?

O dispositivo GermFalcon é uma ferramenta robótica do tamanho de um carrinho de alimentos que é empurrada pelo corredor do avião. As asas mecânicas expandem-se e emitem luz UV-C sobre as superfícies da cabina. Uma barreira de proteção protege o operador da luz ultravioleta, que pode ser prejudicial.

Kreitenberg disse que o GermFalcon pode limpar uma aeronave de fuselagem estreita típica em três minutos.

Os UV-C podem danificar os ácidos nucleicos dentro de um organismo e impedi-lo de se replicar. A sua utilização como desinfetante é bastante comum em ambientes hospitalares e laboratoriais, afirmaram os peritos.

Radiação ultravioleta (UV) pode ser útil em vários locais, até numa aviação

Existem três tipos de luz ultravioleta: UV-A, UV-B e UV-C, e a UV-C, que é a mais prejudicial. Cerca de 95% da radiação ultravioleta proveniente do Sol vem sob a forma de UV-A. Embora se saiba que a luz UV mata vírus em gotículas transportadas pelo ar, os profissionais de saúde afirmaram que não poderia ser introduzida no corpo humano para atingir células infetadas com o novo coronavírus.

Organizações como o CHEO Research Institute, no Canadá, estudaram a utilização de UV-C para desinfetar equipamento de proteção pessoal, como as máscaras N95, mas não superfícies. Segundo a Universidade da Califórnia Santa Bárbara, a Seoul Semiconductor Co Ltd tem estado a trabalhar em LEDs UV com o objetivo de descontaminar superfícies. Essa empresa relatou “99,9% de esterilização do coronavírus em 30 segundos”.

 

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