Maker Faire Lisbon conquistou o coração dos portugueses
Pessoas de todas as idades visitaram a Maker Faire Lisbon, que decorreu este fim-de-semana no Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva.
Foram três dias em que foi possível conversar com os Makers e conhecer tudo o que constroem nas suas horas vagas, muitas vezes com recursos muito limitados.
Esta feira de âmbito internacional, ganhou sem dúvida um novo país de passagem no seu roteiro mundial. A sua segunda edição mostrou, mais uma vez, que o nosso país tem expressão no mapa mundial dos Makers e que será sempre um sucesso.
Para quem entrou pela primeira vez, a diversidade de stands apresentados era enorme. Desde coisas simplesmente engraçadas, até projectos mais profissionais, que quem sabe um dia poderão ser transpostos para o mercado.
Aos visitantes foi dado o convite para que interagissem com os inventores e as suas criações, conhecendo-as em detalhe e até interagindo com elas, sempre que possível.
A informação recebida a cada passo dado no evento é muita, por isso cada curioso tende a seguir a feira segundo os seus gostos mais pessoais.
Mas há locais incontornáveis na edição da Maker Faire deste ano, como é o caso do Museu de Videojogos Nostalgica, a First Lego League, o The Hypercubes ou a bancada do maker Aldric Negrier, com o seu boneco em 3D.
A Maker Faire Lisbon mostrou ser uma feira para todos os gostos e idades. Não apenas quando olhamos aos quase 14 mil visitantes que por lá passaram, mas também a todos os Makers que por lá foi possível encontrar.
Este é verdadeiramente um evento que promove a criatividade e o engenho, mas também a partilha de experiência e de ideias.
É, acima de tudo, uma montra de sonhos tornados realidade.
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Quando estive o ano passado na Mini Maker Faire como visitante, achei-a espectacular, permitiu-me por exemplo contactar makers para projectos comerciais na nossa empresa. Este ano estive lá como maker e foi formidável apreciar o entusiasmo do público em colocar-nos todo o tipo de questões, do género, como é que isto funciona, tecnologias usadas, darem-nos CV’s o que foi interessantíssimo.
Todos nós andamos ainda a xarope e pastilhas para a garganta, falámos tanto que alguém sugeriu a frase da canção, até que a voz te doa! 🙂
Uma grande surpresa para nós foi o interesse internacional. No nosso caso houve já vários contactos internacionais, nomeadamente Espanha, Alemanha e Estados Unidos, vejam só!!
Vi os CEO’s de muitas empresas tecnológicas a saltitar de stand em stand a “farejar” as novidades e fazerem igualmente os seus contactos para os projectos que os chamava mais a atenção.
Nós apresentámos o projecto A3D.PT e vimos visitantes que na 6ª feira tinham estado lá a falar connosco, e no sábado ou domingo voltavam e traziam mais pessoas, e foi interessante apreciar o próprio visitante que trazia um amigo, mas era ele que apresentava e explicava o projecto. Quando a pessoa nos abordava, percebíamos que o “pitch” do amigo tinha sido eficiente.
Uma curiosidade, a organização indicou-me que o sábado seria provavelmente o dia de maior afluência, mas pessoalmente achei o domingo alucinante. Fomos 4 pessoas para apoiar o nosso projecto e reparei que estivemos todos em simultâneo a falar, demonstrar e explicar ás pessoas e não conseguimos atender a todos 🙂
Acredito que a comunicação social foi bastante responsável por isto, e aqui a Pplware fez uma excelente cobertura jornalística, desde o momento em que anunciava a vinda da feira até ao encerramento.
Nota: A feira permitiu-nos esta outra experiência, conhecer quem escreve e foi interessante dialogar com os jornalistas da pplware e claro, não resisti em perguntar qual o truque para o pessoal aguentar “a pêra e batatada” dos comentários mais acesos que ocorrem aqui. Pela piada até falei sobre isto mais tarde com outros Makers que também consultam a Pplware, e muita malta lê os artigos e vai a correr para ler os comentários.