Startup pretende transmitir luz solar do espaço através de satélites com espelhos
A energia solar é uma das fontes renováveis mais promissoras, mas enfrenta uma limitação intrínseca: a noite. Uma startup californiana, a Reflect Orbital, propõe uma solução que parece saída da ficção científica: iluminar a Terra com espelhos a partir do espaço, mesmo quando o sol se põe.
Uma constelação de espelhos para "combater" a noite
A visão da Reflect Orbital é arrojada. A empresa está a desenvolver uma constelação de satélites equipados com espelhos gigantescos com o objetivo de refletir a luz solar para locais específicos na Terra, mesmo após o pôr do sol. Esta tecnologia pretende resolver o problema da intermitência da energia solar, permitindo que os parques fotovoltaicos continuem a gerar eletricidade durante a noite.
No cerne do projeto estão os espelhos de Mylar, um tipo de película de poliéster conhecida pela sua durabilidade, leveza e elevada capacidade de reflexão. Cada satélite irá desdobrar em órbita um destes espelhos, com uma área de aproximadamente 10 por 10 metros.
Com um peso de apenas 16 kg por satélite, os custos de lançamento são significativamente reduzidos. Uma vez posicionados em órbita terrestre baixa, estes "sóis artificiais" irão direcionar a luz para os clientes em terra, que podem solicitar a iluminação através de uma plataforma online.
Os desafios técnicos deste projeto solar monumental
Direcionar luz do espaço com precisão milimétrica exige um domínio técnico extraordinário. Cada espelho precisa de ajustar constantemente a sua orientação, utilizando sistemas de controlo avançados - como rodas de reação ou atuadores parecidos - para seguir simultaneamente o Sol e o seu alvo na Terra.
A coordenação entre o movimento dos satélites, a rotação do nosso planeta e a posição do Sol é uma tarefa de uma complexidade imensa. Além disso, fatores como a cobertura de nuvens e a dispersão atmosférica podem atenuar a intensidade da luz antes que esta chegue ao solo.
Outro obstáculo significativo é o risco de contribuir para o crescente problema dos detritos orbitais. A Reflect Orbital terá de cumprir regulamentos rigorosos, garantindo a desorbitação de cada satélite no prazo de 25 anos após a conclusão da sua missão. A startup está também a trabalhar para mitigar a potencial poluição luminosa e o seu impacto nos ecossistemas noturnos e nas observações astronómicas.
A empresa afirma que os espelhos foram projetados para que apenas uma área restrita em torno do alvo receba a iluminação adicional.
A Reflect Orbital planeia lançar uma rede de até 57 satélites a uma altitude de 600 quilómetros. Embora ainda numa fase inicial, o projeto representa um passo enorme em direção a uma nova fronteira na energia renovável.
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Acham que a coisa já não está quente, o suficiente. Ainda querem aquecer mais.
o PAN nunca deixaria fazer isto, ter luz durante a noite vai afetar os ciclos das plantas e da vida animal
Mas qual PAN. Deixem de politizar tudo. Troca PAN por “literalmente qualquer pessoa minimamente inteligente”, isto assumindo que o projeto visa acabar com as noites…o que é falso.
Bem, tudo é política! Mas o argumento dele é só estúpido…
Acho que sim, acabar com a noite é o melhor a fazer pela saúde de todos nós.
Fico pasmado com a contínua poluição da atmosfera com satélites artificiais por países como os EUA, por quanto tempo é a UE vai permanecer calada perante esta invasão?
Tanto falam na esfera de Dyson às volta do sol mas qualquer dia é preciso é preciso gigante aspirador Dyson para limpar o lixo à volta da terra. Não estou que luz dos 10x10metros realmente chegará à terra, pois a grande maioria perde-se por dispersão na atmosfera. Além de que simplesmente refletir luz para o solo tem (no máximo) uma rentabilidade de área de 1 para 1. Ou seja, para cada m2 de painéis no solo terão de ter a a mesma área no espaço. Obviamente com as perdas de reflexão, dispersão e alinhamento, nunca será a mesma eficiência que tem durante o dia. E claro, com os custos que e manter o satélite não estou a ver não.
O mundo está cheio de idiotas e ideias parvas.