Não vai ver duas ou mais luas, isso não será a realidade cientifica, apesar dos seus olhos assim o entenderem. O que se vai passar é que na próxima segunda-feira, Júpiter, que é o planeta maior do sistema solar, vai aproximar-se da Terra ao ponto de ficar, no céu, muito mais brilhante e “mostrará as suas maiores luas”. Não é um evento astronómico qualquer, isto porque há 59 anos que não acontecia tal aproximação.
O planeta será visível para todos, e qualquer pessoa com um modesto conjunto de binóculos ou telescópio poderá ver as listras do planeta na sua superfície.
Dia 26 de setembro Júpiter estará a 591 168 168 km da Terra
Na segunda-feira, 26 de setembro, o enorme planeta Júpiter estará mais próximo da Terra do que esteve nos últimos 59 anos, tornando-se visível no céu noturno. Assim, à medida que nasce no leste ao entardecer, o maior planeta do sistema solar parecerá particularmente enorme e deslumbrante.
Júpiter, que tem 79 luas conhecidas, irá “mostrar-nos” as quatro maiores, astros também conhecidos como satélites galileanos. Estas luas, que atendem pelos nomes gregos Io, Europa, Ganimedes e Calisto, devem ser discerníveis como manchas brilhantes em ambos os lados do gigante gasoso.
Europa, a lua de gelo, que contém um grande oceano oculto, surgiu como o principal foco de pesquisa sobre a possibilidade de vida existir em outros lugares do nosso sistema solar.
Para isso, o Europa Clipper irá para a lua joviana. O seu lançamento está planeado para não antes de 2024. Além disso, a Europa lançará a sonda Jupiter Icy Moons em abril de 2023 para estudar três luas de Galileu.
Adam Kobelski, astrofísico investigador do Centro de Voo Espacial Marshall da NASA, disse:
Fora da Lua, deve ser um dos [se não o] objetos mais brilhantes do céu noturno. Com bons binóculos, as faixas e três ou quatro dos satélites galileanos [ou luas] devem ser visíveis.
Para os mais curiosos e entusiastas pela astronomia, Kobelski aconselha o uso de um telescópio com uma distância focal de pelo menos quatro polegadas para ver a Grande Mancha Vermelha de Júpiter e ver as bandas com mais clareza. Esta mítica mancha, maior que a Terra, é supostamente a maior tempestade do sistema solar, medindo cerca de dezesseis mil quilómetros com rajadas de vento entre 440 e 690 km/h.
A título de curiosidade, podemos referir que a Grande Mancha Vermelha tem uma profundidade notável, de acordo com uma análise recente da sonda Juno da NASA. A tempestade é profunda o suficiente para abranger desde o fundo do oceano da Terra até a Estação Espacial Internacional e já é duas vezes maior que o nosso planeta.
Portanto, factos científicos e astronómicos não faltam para aguçar a curiosidade. Ao passar pela Terra, Júpiter estará a uma distância de cerca de 600 milhões de quilómetros do nosso planeta no seu ponto mais próximo. O seu ponto mais distante é quando se encontra a 966 milhões de quilómetros de distância do nosso ponto azul!
Portanto, ao cair do dia de segunda-feira, assim que o sol começar a desaparecer, Júpiter aparecerá brilhante no céu, até mesmo mais do que a “nossa” Lua.
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