A Rússia lançou hoje o Soyuz MS-14 a caminho da Estação Espacial Internacional (ISS). Dentro da nave segue um androide como único membro da tripulação, num voo de teste para certificar o foguete porta-aviões Soyuz 2.1a.
Durante o voo, o robô transmitirá imagens do interior da Soyuz e informará ao Centro de Controlo de Voo Espacial. Além disso, o robô pode fazer várias outras tarefas.
Rússia coloca androide no espaço
De acordo com o Centro de Controlo de Voo Espacial Russo (CCVE), o lançamento foi realizado às 03:38 GMT a partir do Baikonur Cosmodrome (Cazaquistão). O robô, Skybot-F850 ou FEDOR (Final Experimental Demonstration Object Research), que a imprensa russa chama de “Fiódor” devido à sua semelhança com o nome russo, permanecerá no espaço por um total de 17 dias.
“Vamos lá”, disse o autómato, que repetiu a famosa frase pronunciada por Yuri Gagarin no início do primeiro voo espacial da história.
Robô da Rússia terá uma missão dentro da Soyuz
Segundo as informações, durante o voo, o robô transmitirá imagens do interior da Soyuz. Além disso, irá passar algumas informações ao CCVE sobre o funcionamento dos sistemas da nave. O “Fiódor” mede 180 centímetros e pesa 160 quilos, o que obriga a reforçar o assento em que está instalado. Nesse sentido, esta adaptação é necessária porque o padrão é calculado para um peso de 95 quilos.
Inicialmente, o autómato foi desenvolvido em nome do Ministério Russo para Situações de Emergência para a evacuação de pessoas de áreas afetadas por deslizamentos de terras, incêndios, bem como contaminação química e radioativa.
Para fazer isso, o androide chamado de “Avatar”, foi ensinado a desempenhar várias operações. Assim sendo, ele está preparado para subir e descer escadas, conduzir veículos e usar diferentes tipos de ferramentas.
Sábado o “Fiódor” chega à ISS
O acoplamento do Soyuz MS-14 com a EEI está previsto para o próximo sábado. Na plataforma espacial “Fiódor” será recebido pela sua atual tripulação: os russos Alexéi Ovchininin e Alexandr Skvortsov, os americanos Andrew Morgan, Nick Hague e Christina Koch, e o astronauta italiano da Agência Espacial Europeia (ESA), Luca Parmitano.
A ISS, que custou mais de 150 mil milhões de dólares e que envolve 16 nações, atualmente tem 15 módulos permanentes. Conforme podemos seguir, a Estação Espacial Internacional orbita a Terra a uma distância de 400 quilómetros e a uma velocidade de mais de 27.000 quilómetros por hora.