Robô autónomo português criado para desinfetar espaços mesmo com pessoas a usar
GermIrrad é um robô autónomo que, através de radiação ultravioleta e soluções químicas não nocivas para a saúde humana, faz desinfeção de espaços públicos, mesmo quando estes estão a ser usados por pessoas.
Desenvolvido na Universidade de Aveiro (UA), o robô está capacitado para mapear o ambiente, determinar uma trajetória eficiente de desinfeção, executar essa trajetória de forma segura e evitar o impacto com humanos.
Numa parceria entre o Instituto de Engenharia Eletrónica e Informática de Aveiro (IEETA) da UA, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a empresa SpinnerDynamics, foi criado o robô Germirrad. Segundos os investigadores é seguro, eficaz, ecológico e económico, tendo sido concebido para atuar em prol da biossegurança em diversos espaços.
Consórcio integrado pela UA desenvolve robot autónomo de desinfeção
É o caso, por exemplo, de estabelecimentos de saúde, como hospitais ou clínicas, de áreas de grande aglomeração de pessoas, como transportes públicos, centros comerciais ou espaços de eventos, e de zonas industriais como na agroindústria ou indústria alimentar para garantir a segurança dos produtos e evitar perdas por propagação de doenças virais ou bacterianas.
O objetivo deste robot é permitir uma desinfeção eficiente e autónoma de espaços públicos enquanto estes estão a ser usados. O robô está capacitado para mapear o ambiente, determinar uma trajetória eficiente de desinfeção e executar essa trajetória de forma segura
| explica Nuno Lau, investigador do IEETA da UA
Ainda que o desenvolvimento da navegação social que permite ao robô circular de forma segura e confortável (para as pessoas) em ambientes com presença de humanos, esteja em fase de acabamento, os restantes módulos desta faculdade, como por exemplo a deteção e seguimento das pessoas em volta do robô estão já desenvolvidos.
Segundo Nuno Lau, investigador do IEETA da UA e um dos responsáveis pelo projeto, uma das vantagens deste projeto está relacionada com a combinação de vários métodos de desinfeção (química e através de luz UV), que se revelou mais eficiente do que cada método em separado, e na capacidade de desinfetar espaços na presença de humanos.
A SpinnerDynamics teve que desenvolver a tecnologia de desinfeção sinergética, com radiação germicida, Far-UVC e substâncias fotocataliticas, e também a integração da tecnologia na plataforma robótica.
A UA, através de Nuno Lau, fez investigação e desenvolvimento nas áreas da robótica, mais especificamente nas áreas de Navegação para Desinfeção e Navegação Social. A eficácia germicida da radiação ultravioleta e das substâncias fotocataliticas (que em conjunto com a radiação têm uma ainda maior eficácia a inativar os vírus e bactérias), foram validadas na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, através do professor Manuel Simões.
Imagem: Os investigadores da UA José Luís Azevedo, Eurico Pedrosa e Nuno Lau
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e não dá para limpar a corrupção da assembleia da rep. ?