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NASA enviará corpos artificiais para a Lua para estudar os riscos da radiação

Conforme foram descobrindo ao longo das várias missões, as idas ao espaço não têm um impacto positivo na saúde física dos astronautas. Por essa razão, a NASA está a enviar corpos artificiais femininos para a Lua.

Neste caso, o objetivo passa por estudar os riscos da radiação.


Cinco décadas depois, o programa Artemis visa o regresso dos humanos à Lua, sendo que, desta vez, a agência espacial americana prometeu levar uma mulher.

Aparentemente, as mulheres têm maio risco de conhecer os efeitos nocivos da radiação espacial, uma vez que possuem um limite diferente no que toca à sua tolerância, comparativamente aos homens. Além de haver estudos que concluem que as mulheres têm maior probabilidade de desenvolver cancro, existem outros que afirmam que a radiação espacial poderá afetar a saúde reprodutiva feminina.

Por esta razão, e tendo como objetivo levar a primeira mulher à Lua, a NASA quer testar o impacto que a radiação poderá ter no seu corpo.

Então, antes de começar as missões Artemis tripuladas, a NASA vai enviar pra a Lua dois corpos artificiais femininos. De nome Helga e Zohar viajarão até à Lua com o objetivo de medir, pela primeira vez, os riscos que a radiação representa para as astronautas. A elas juntar-se-á um outro manequim cujo trabalho será recolher dados sobre velocidades e vibrações de voo.

Corpos enviados pela NASA estudarão impacto da radiação no corpo feminino

Os dois corpos são resultado da modulação de uma mulher adulta e fazem parte da experiência MARE, desenvolvida pelo German Aerospace Center. A Artemis 1 preparará o caminho para a Artemis 2, no qual uma cápsula Orion transportará humanos até à Lua. O objetivo é que isto aconteça já em 2024.

Estamos a procurar descobrir exatamente como os níveis de radiação afetam as astronautas femininas durante todo um voo para a Lua, e que medidas de proteção podem ajudar a contrariar isto.

Explicou Thomas Berger, chefe do grupo de biofísica do Radiation Biology Department do DLR Institute of Aerospace Medicine.

Equipa responsável pela experiência MARE. Ao centro, Thomas Berger, chefe do grupo de biofísica do Radiation Biology Department do DLR Institute of Aerospace Medicine

A Helga e a Zohar, que já chegaram ao Kennedy Space Center da NASA, na Florida, são duas manequins feitas de materiais que imitam os ossos humanos, tecidos moles e órgãos de uma mulher adulta. Segundo o German Aerospace Center, ambos serão monitorizados por mais de 10.000 sensores passivos e 34 detetores de radiação ativa.

Se por um lado a Helga vai viajar até à Lua sem proteção, a Zohar usrá um colete contra a radiação chamado AstroRad – este foi desenvolvido pela americana Lockheed Martin e pela israelita StemRad.

O objetivo é que os dois corpos estejam expostos à radiação espacial, de modo a perceber o seu impacto, durante cerca de quatro semanas.

 

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