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NASA descobriu uma nova técnica para pousar com segurança na Lua

Pousar na Lua é um processo arriscado. A humanidade tem poucos exemplos de humanos a alunar e em todas elas, os testemunhos são coerentes, é arriscado pousar na Lua. Assim, depois de vários anos a estudar um processo mais seguro, a NASA descobriu uma nova maneira de pousar com segurança no nosso satélite natural.

Segundo a agência espacial americana, está a ser desenvolvido um sistema totalmente novo que pode tornar o pouso na Lua e em Marte muito menos arriscado.


Tecnologia da NASA substitui piloto humano no pouso na Lua

O projeto Evolução das capacidades integradas de aterragem segura e precisa (SPLICE) da agência visa melhorar a segurança de pouso. Então, a NASA pretende usar um conjunto de sensores a laser, combinado com uma câmara, um computador de alta velocidade e alguns algoritmos sofisticados. Como resultado, o piloto humano fica dispensado na hora de chegar ao solo.

O que estamos a construir é um sistema completo de descida e pouso que funcionará em futuras missões Artemis à Lua e pode ser adaptado para Marte.

O nosso trabalho é colocar os componentes individuais todos juntos e garantir que trabalham como um sistema funcional.

Explicou o gestor do projeto Ron Sostaric numa publicação da NASA.

O sistema pode permitir que as sondas pousem numa variedade muito maior de locais, incluindo pedregulhos ou crateras próximas. Além disso, também pode identificar áreas-alvo seguras que têm apenas metade do tamanho de um campo de futebol.

Para percebermos esta alusão, é importante referir que a Apollo 11 tinha como área de pouso cerca de 17 quilómetros para um lado e 5 para o outro. Isto eram os cálculos de 1968.

Imagem da área que a Apollo 11 tinha calculado para aterrar na lua versus o que a nave Artemis terá em 2024.

 

Como funciona o SPLICE da NASA

Segundo o que é explicado pela agência norte-americana, o SPLICE começa por varrer o espaço logo por baixo de si com lasers. Depois de captado o estado do solo, o sistema compara o que captou com uma base de dados que têm referenciados certos pontos conhecidos na superfície da Lua.

Posteriormente, o computador compara toda a informação e recebe o local exato onde se encontra. Esta identificação dá-se quando a nave está a cerca de 4 quilómetros acima da superfície para a guiar ao local de pouso seguro. A NASA espera que o sistema permita à primeira mulher pousar na Lua já em 2024 como parte do seu programa Artemis.

O sistema terá de ser testado e para isso, a agência planeia o primeiro teste do sistema durante um voo de um foguete Blue Origin New Shepard durante uma próxima missão. Apesar de já haver a nave escolhida, ainda não há data para quando ocorrerá.

Portanto, aqui a questão é, em vez da nave e dos responsáveis da missão andarem no momento a procurar um local seguro para o pouso, quem o fará e mais rapidamente será o SPLICE. Para já, e porque há ainda muito trabalho a fazer, esta tecnologia irá pousar o foguete New Shepard na Terra.

O pouso com segurança e precisão noutro mundo ainda tem muitos desafios. Ainda não há tecnologia comercial que possamos sair e comprá-la. Cada missão de superfície futura poderia usar esta capacidade de pouso de precisão. Então a NASA está a atender a essa necessidade agora.

Concluiu John Carson, gestor de integração técnica para pouso de precisão.

 

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