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NASA dá luz verde à instalação de um reator de energia nuclear na Lua

A NASA tem grandes planos para a Lua e o programa Artemis é o próximo grande passo para o ocupar o nosso satélite natural. Contudo, o ainda presidente Donald Trump acabou por incentivar os EUA a ir mais longe.

Trump acaba de assinar uma diretriz que incentiva o uso de energia nuclear no espaço, para garantir o retorno dos astronautas à Lua e, posteriormente, enviá-los a Marte.


NASA quer produzir na Lua energia nuclear

A Lua parece estar de novo no horizonte das conquistas das grandes potências. Os EUA querem levar novamente o homem ao solo lunar e pousar a primeira mulher no satélite natural da Terra.

Contudo, também a China, entre outros países, olha com mais atenção para este astro, desenvolvendo missões e tecnologias para explorar a Lua.

A energia nuclear será fundamental na exploração espacial americana. Este é o objetivo da nova Diretiva de Política Espacial 6 (SPD-6), que acaba de ser assinada pelo ainda presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Especificamente, a SPD-6 estabelece a estratégia que a NASA seguirá para “o uso responsável e eficiente dos sistemas de propulsão e energia nuclear espacial (SNPP)”, afirmam no site da agência espacial.

A propulsão espacial e a energia nuclear são a tecnologia que permitirá fundamentalmente missões dos EUA no espaço profundo para Marte e além.

Disse Scott Pace, vice-assistente do presidente e secretário executivo do Conselho Nacional do Espaço, em comunicado.

Conforme é percetível, a estratégia pretende manter os Estados Unidos como líder entre as nações que voam pelo espaço. Agora, querem reforçar essa liderança aplicando tecnologia de energia nuclear de forma segura e sustentável.

 

Lua poderá recarregar naves para viagens pelo espaço

A relação entre missões espaciais e energia nuclear tem sido pensada desde há várias décadas. Por exemplo, as sondas interestelares Voyager 1 e Voyager 2, bem como a nave New Horizons ou o rover Curiosity obtêm a sua energia de geradores termoelétricos de radioisótopos (RTGs), que convertem o calor gerado pela decomposição radioativa do plutónio-238 em eletricidade.

Contudo, a ideia é estender esse tipo de sistema para, por exemplo, futuras colónias ou centrais nucleares espaciais.

Em concreto, a NASA e o Departamento de Energia dos EUA têm trabalhado no projeto Kilopower desde 2015. São mini reatores de fusão a partir dos quais serão obtidos até 10 quilowatts de energia elétrica durante dez anos sem interrupção (embora os primeiros protótipos estejam a ser projetados com menor capacidade de validar essa tecnologia).

Estas pequenas “centrais nucleares” espaciais servirão como posto de reabastecimento de energia para postos avançados nas próximas missões tripuladas à Lua (a serem desenvolvidas na década de 2020) e futuras expedições humanas a Marte (planeadas a partir de 2030).

Estas duas entidades trabalham juntas num projeto de reator de fissão.

 

Colonização de Marte e a energia de fissão

Segundo o documento SPD-6, existe agora o compromisso com os sistemas SNPP e são já indicados os objetivos específicos. Por exemplo, o documento afirma que os Estados Unidos devem desenvolver, em meados da década de 2020, “capacidade suficiente de produção e processamento de combustível para apoiar uma variedade de sistemas espaciais nucleares, desde RTGs até propulsão nuclear térmica e elétrica nuclear”.

Outro objetivo estabelecido pelo SPD-6 é a demonstração de um “sistema de energia de fissão na superfície da Lua que é escalável a uma gama de potência de 40 kilowatts elétricos (kWe) e mais além para apoiar uma presença lunar sustentada e a exploração de Marte” em meados e finais da década de 2020.

Ou seja, desenvolver o projeto Kilopower para estabelecer uma verdadeira “central nuclear” na superfície lunar.

Donald Trump tem sido bastante ativo em questões de política espacial. Além de assinar este documento menos de um mês antes do final do seu mandato efetivo, ressuscitou o Conselho Nacional do Espaço, que estava inativo desde o início dos anos 90 e promoveu o programa Artemis, para o regresso do homem à Lua.

 

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