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Mancha solar duplica de tamanho em 24 horas: “calma, não há razões para pânico”

O nosso Sol é uma fonte de vida, mas tem também o potencial de infligir à Terra danos provocados pela sua radiação. Nesse sentido, as preocupações com uma mancha solar apontada ao nosso planeta têm crescido nos últimos dias. Estas manchas podem disparar contra nós poderosas erupções solares, e os danos são já bem conhecidos. Contudo, os especialistas disseram que está longe de ser invulgar.

As declarações dos especialistas parecem ter acalmado as preocupações, pois ainda recentemente estas erupções destruíram satélites e tiveram vários efeitos no nosso Planeta Azul.


Mancha solar é já quase o triplo do tamanho da Terra

As preocupações no mundo científico, e em quem segue de perto estas informações, começaram quando uma mancha solar, denominada AR3038, duplicou de tamanho entre o domingo dia 19 e a segunda-feira dia 20 de junho. Estas manchas, com um tamanho quase do triplo do tamanho da Terra, estão viradas para cá.

Portanto, o risco de uma tempestade solar ejetar partículas carregadas de radiação em direção ao nosso planeta aumentou significativamente.

Mancha ao duplicar provocou receios que possa libertar uma erupções solares de classe X20 e trazer graves efeitos para a Terra

Segundo Rob Steenburgh, responsável do gabinete de Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), a Região Ativa 3038, ou AR3038, tem vindo a crescer ao longo da última semana.

As manchas solares parecem mais escuras porque são mais frescas que outras partes da superfície do Sol, de acordo com a NASA. Isto porque estas manchas são formadas onde os fortes campos magnéticos impedem que o calor dentro do Sol alcance a sua superfície.

Isto é o que as manchas solares fazem. Com o tempo, geralmente, vão crescer. Passam por fases, e depois desaparecem.

Penso que a forma mais fácil de o dizer é que as manchas solares são regiões de atividade magnética.

Referiu Rob Steenburgh.

 

Há 10% de probabilidade desta mancha disparar uma grande erupção contra a Terra

Já a NASA refere que as erupções solares, que normalmente surgem das manchas solares, são “uma súbita explosão de energia causada pelo emaranhamento, cruzamento ou reorganização das linhas do campo magnético perto das manchas solares.

Para se perceber, Steenburgh dá o exemplo tipo torção de elásticos. Isto é, se tivermos um par de elásticos a torcer-se no dedo, acabam por torcer demasiado, e rebentam. A diferença com os campos magnéticos é que se voltam a ligar. E quando se ligam de novo, espoletam o tal processo que gera uma chama.

Quanto maior e mais complexa for uma mancha solar, maior é a probabilidade de ocorrência de erupções solares, disse Steenburgh. No caso concreto, esta mancha solar duplicou de tamanho todos os dias nos últimos três dias e é cerca de 2,5 vezes o tamanho da Terra. As observações conseguiram perceber que a mancha solar está a produzir pequenas erupções solares, mas “não tem a complexidade para as maiores erupções”, segundo referiu C. Alex Young, diretor para a ciência na Divisão de Ciência Heliofísica do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA.

Apesar disso, refere o cientista, há uma probabilidade de 30% de que a mancha solar produza erupções médias e uma probabilidade de 10% de criar erupções grandes.

O cientista W. Dean Pesnell, do Observatório da Dinâmica Solar, disse que a mancha solar é uma “região ativa de tamanho modesto” que “não cresceu de forma anormalmente rápida e ainda é um pouco pequena na área”.

AR 3038 é exatamente o tipo de região activa que esperamos neste ponto do ciclo solar.

Explicou o cientista.

As erupções solares têm níveis diferentes. As mais pequenas são as erupções de classe A, seguidas por B, C, M e X com a maior força. Dentro de cada classe de letras há uma escala mais fina onde se utilizam números, e os números mais altos denotam mais intensidade.

Como tal, as erupções de C são demasiado fracas para afetarem notavelmente a Terra. As erupções M mais intensas podem perturbar a comunicação rádio nos polos da Terra. As erupções X podem perturbar satélites, sistemas de comunicação e redes de energia e, no seu pior, causar escassez de eletricidade e falhas de energia.

Quer isso dizer que as erupções solares de menor intensidade são bastante comuns. Já as “perigosas” erupções X são menos frequentes. Num único ciclo solar, cerca de 11 anos, há tipicamente cerca de 2.000 erupções M1, cerca de 175 erupções X1 e cerca de oito erupções X10. Para as maiores erupções solares de X20 ou acima, há menos de uma por ciclo. Este ciclo solar, o 25.º, começou em dezembro de 2019.

 

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