Chegar a Marte e pousar de novo na Lua são os grandes desafios atuais da NASA. Nesse sentido, a agência espacial não perde tempo a desenvolver os dispositivos necessários para a exploração espacial. Após ter apresentado o fato para os seus astronautas usarem em 2024 na missão da Artemis, mostra agora uma luva que irá controlar remotamente os drones exploradores do planeta vermelho.
A NASA prepara um conjunto de soluções tecnológicas que vão desde drones a fatos com recursos inovadores.
Tecnologia inovadora da NASA para explorar a Lua e Marte
Os cientistas da NASA e do Instituto SETI desenvolveram uma nova “luva inteligente” para astronautas que é quase mágica. A luva permite aos astronautas controlar os seus robôs, como os drones e rovers, através de gestos com uma só mão. Segundo a agência esta tecnologia será utilizada nas futuras explorações de locais como a Lua e Marte.
A NASA revelou recentemente os novos fatos espaciais que os astronautas irão usar na próxima missão Artemis à Lua. Desse modo, os astronautas terão movimentos precisos dos dedos num fato pressurizado. Para o conseguir, foi necessário fazer com que a pressão fosse ajustável, para que os utilizadores pudessem baixar a pressão se precisassem de operar máquinas utilizando botões.
Luva inteligente vai mais além do que foi apresentado no novo fato
A luva inteligente tem uma abordagem diferente do que foi apresentado recentemente. Assim, esta permite interagir com os dispositivos através de gestos, em vez dos cliques nos botões.
O design baseia-se no trabalho da empresa norueguesa Ntention, que criou uma luva para controlar drones aqui na Terra. Posteriormente, este sistema foi depois adaptado pela NASA e pelo SETI Institute para satisfazer as necessidades dos astronautas.
Quando vi pela primeira vez a luva inteligente da Ntention em ação, pensei imediatamente na Terceira Lei de Arthur C. Clarke: ‘Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia’. Um fato espacial pressurizado é relativamente rígido, e os movimentos da mão e dos dedos encontram uma resistência substancial. Na Luva Inteligente Astronauta, a sensibilidade dos movimentos das mãos é ajustável e pode ser definida como alta, o que significa que a tecnologia pode ser adaptável a um fato espacial pressurizado rígido.
Explicou em comunicado o Dr. Pascal Lee, um cientista planetário do Instituto SETI e do Instituto Mars da NASA.
Sensores e microcontroladores fazem o trabalho na Luva
As luvas têm sensores incorporados no seu interior que podem detetar mesmo pequenos movimentos da mão. Assim, tudo pode ser gerido por um microcontrolador para ler as saídas do sensor. A informação pode então ser transferida sem fios para controlar um sistema como um drone.
Os astronautas na Lua ou em Marte vão querer pilotar drones por várias razões. Por exemplo, para recolher uma amostra que está fora do alcance ou que precisa ser isolada da contaminação. Ou para ajudar numa operação de busca e salvamento. Ao longo das últimas temporadas na HMP, temos estado a analisar com a NASA a forma como os pilotos robóticos podem ajudar os astronautas numa variedade de tarefas científicas e de exploração, incluindo levantamento, mapeamento, amostragem, prospeção, busca e inspeção.
Referiu Lee.
As luvas foram testadas em drones comerciais e foram capazes de controlá-los. Contudo, existe claramente uma diferença no controlo dos drones, derivado às diferentes atmosferas e níveis de gravidade.