Investigadores dizem ter encontrado uma forma melhor para os humanos usarem os números
Embora tenhamos aprendido a escrever de uma determinada forma, essa não é universal, pelo que há países e povos que optam por outros métodos. Assim sendo, um grupo de investigadores alega ter encontrado uma nova e melhor forma de os seres humanos utilizarem os números.
Na opinião deles, as crianças devem a ser ensinadas da forma tradicional, mas também da forma que concluíram resultar.
Quando lhe pedem para escrever uma sequência de número de um a 10, automaticamente, sem pensar, escreve-a da esquerda para a direita. Isto, porque nas escolas ocidentais é ensinado que a ordenação só está correta se for feita dessa forma.
Essa ordenação dos números é conhecida como “linha de números mental” e descreve um método de representarmos o número e a quantidade no espaço.
De acordo com o Science Alert, estudos mostram que os seres humanos, efetivamente, preferem posicionar os números maiores à direita e números mais pequenos à esquerda. Aliás, as pessoas são, normalmente, mais rápidas e precisas a comparar números quando os maiores estão à direita e os menores à esquerda.
Em novas pesquisas publicadas no Plos One, um grupo de investigadores descobriu que os seres humanos processam os números mais rapidamente quando são exibidos verticalmente, estando os números menores na parte de baixo e os maiores na parte de cima.
Embora as nossas associações entre números e espaço sejam influenciadas pela língua e pela cultura, elas não são exclusivas dos seres humanos. Afinal testes realizados em pintainhos de três dias mostram que eles procuram números mais pequenos tendencialmente à esquerda e maiores à direita. Por sua vez, os pombos parecem variar.
Apesar dos muitos estudos que examinam as linhas numéricas mentais horizontais da esquerda para a direita e vice-versa, há pouca evidência a explorar se a nossa linha numérica mental dominante é mesmo a horizontal.
Seres humanos talvez prefiram linhas numéricas verticais
Durantes os testes, os investigadores testaram a rapidez com que as pessoas processaram os números em diferentes disposições. Para isso, criaram uma experiência em que foram mostrados pares de números, de um a nove, num monitor, e utilizaram um joystick para indicar onde se encontrava o número maior. Ora, se os números seis e oito aparecessem no ecrã, por exemplo, a resposta correta seria oito, Então, o participante teria de mover o joystick em direção ao oito o mais rápido possível.
Por forma a medir os tempos de resposta dos participantes, os investigadores utilizaram monitores de 120 Hertz de atualização rápida e joysticks de alto desempenho.
Quando os números foram separados tanto vertical como horizontalmente, os investigadores perceberam que apenas a disposição vertical afetava o tempo de resposta. Ou seja, perante a oportunidade de utilizar uma representação mental horizontal ou vertical dos números no espaço, os participantes apenas utilizaram a representação vertical.
Por responderem muito mais rápido quando o número maior estava acima do número menor, os investigadores entenderam que a linha mental de números vai de baixo (números pequenos) para cima (números grandes).
De facto, em alguns ambientes, como cockpits de aviões e espaços que albergam mercados de ações, os números são frequentemente mostrados na vertical.
Além das implicações diretas, que motivarão a compreensão e utilização da linha numérica na vertical pelos utilizadores, os investigadores ressalvam que as suas conclusões poderão ter implicação na educação, uma vez que sugerem que as crianças devem ser ensinadas sobre as linhas horizontais da esquerda para a direita, como até agora, mas também das linhas numéricas verticais de baixo para cima.
Leia também:
Este artigo tem mais de um ano
A nossa base de numeração é decimal. Por causa disso aprendemos a tabuada até ao 10: “10 x 10, 100 (na verdade, até aos 9: “9 x 9, 81”.
Há países/culturas, como a coreana, que aprendem a tabuada dos 12: “12 x 12″, 144”.. E isso dá-lhes uma vantagem competitiva em relação\ao a outros países.
Sendo certo que o cálculo mental não se reduz à tabuada – quem não sabe a tabuada é uma abécola da pior espécie. Pelo menos a tabuada dos 11 (não custa nada 11 x 21 = 231, mantém-se os dois algarismos extremos e o algarismo do meio é a soma dos dois).
“Tens de saber a tabuada porque não vais andar sempre com uma calculadora no bolso”… Depois inventaram o smartphone 🙂
Benvindo a 2022, quantos anos estiveste em coma?
Ok e um dia esqueces-te do smartphone em casa ou ficas sem bateria. O que és sem o smartphone?
Portanto se calhar ser culto, não? Passas menos vergonhas pelo menos…
Deixar o telemóvel em casa, atualmente é pior que deixar a carteira, e nas raras ocasiões em que isso acontece, qual a probabilidade de precisar de fazer mentalmente uma multiplicação?
Mas saber fazer contas mentalmente é ser culto… Ahahah! Essa está boa!
Peguem num livro de matemática atual e vejam como as crianças estão a aprender a fazer contas mentalmente (incluindo de multiplicar) sem ter de decorar tabelas de tabuada inteiras.
Para quê incentivar as crianças a serem estúpidas e só decoraram coisas, quando se pode estimular o raciocínio para resolver todo o tipo de problemas? Como já disse, sejam bem-vindos a 2022.
Saber a tabuada serve 0!!
Quando estava na primaria dizia constantemente que não precisava de saber pois tinha uma calculadora, sempre passei de ano
Quando necessitei de fazer testes psicotecnicos nem me dei ao trabalho de fazer as matematicas, na altura justifiquei que tinha uma relogio casio com calculadora que podia ter usado, acabei por entrar no curso
Hoje trabalho em TI e continuo sem saber a tabuada e continuo a dizer que nao é necessário para absolutamente nada, basta saber somar e temos a multiplicacao feita
nas contas de dividir, quando se vai pagar uma fatura dum almoço, por ex., é mto mais fácil contar as orelhas e dividir por 2.
A sério?? Pintainhos é pombos??
Pintainhos 🙂 Tenho uma chocadeira e quando eles nascem começam logo a contar os grãos de farinha que eu lhes deito no chão e contam em qualquer direção, mas sempre na horizontal. Agora números é que eu não posso confirmar. Nunca lhes deitei nenhum e muito menos na vertical. Mas acho que eles também não sentem falta 🙂