Investigadores descobriram que a música pode, de facto, aliviar a dor
Uma equipa de investigadores da Universidade McGill descobriu que a música - quando alinhada com o nosso ritmo individual - pode ser fundamental para reduzir a dor. O estudo sugere que a musicoterapia pode oferecer uma abordagem não invasiva para o alívio da dor.
A musicoterapia tem sido utilizada para uma vasta gama de condições médicas, desde a doença de Parkinson à recuperação de acidentes vasculares cerebrais e ao controlo da dor crónica.
No entanto, os mecanismos exatos por detrás dos seus efeitos terapêuticos não eram claros - até agora.
Uma equipa de investigadores da Universidade McGill propôs-se a determinar que aspeto específico da música poderia potencialmente diminuir a dor.
Têm sido muito poucos os estudos que analisam parâmetros específicos da música para tentar compreender os efeitos da música no cérebro.
Afirmou Mathieu Roy, professor associado do Departamento de Psicologia da McGill e coautor principal do estudo, publicado na Pain.
Assim sendo, o objetivo passava por ultrapassar a noção existente de que a música calmante ou relaxante é suficiente para aliviar a dor.
Investigadores foram além da música calmante ou relaxante
Uma vez que a música calmante ou relaxante não parecia um conceito suficientemente preciso, segundo a professora Caroline Palmer e coautora do estudo, a equipa decidiu "investigar se o tempo - a velocidade a que uma passagem é produzida e um dos elementos centrais da música - poderia influenciar a sua capacidade de reduzir a dor".
Curiosamente, verificou-se que o nosso ritmo natural ou taxa de produção espontânea (em inglês, SPR) pode desempenhar um papel crucial para nos distrair da dor.
O estudo sugere que o nosso ritmo preferido pode possivelmente influenciar as oscilações neurais ligadas à nossa taxa de produção espontânea.
É possível que as oscilações neurais responsáveis pela condução do nosso ritmo preferido a um determinado ritmo sejam mais facilmente puxadas quando um ritmo musical está mais próximo do nosso ritmo natural. Como resultado, são afastadas das frequências neurais associadas à dor.
Explicou o professor Roy, citado pela imprensa.
Os testes
A equipa testou esta teoria com 60 participantes cujo ritmo natural foi identificado através da batida de uma conhecida canção infantil a um ritmo confortável.
Para induzir a dor, foi aplicado calor em pequenas almofadas nos antebraços dos participantes enquanto estes ouviam música ao seu ritmo preferido, ou a um ritmo 15% mais rápido ou mais lento.
Os participantes relataram uma redução significativa da perceção da dor quando ouviam música de qualquer tipo e em qualquer ritmo, em comparação com a dor sentida em silêncio.
Ainda assim, a maior redução da dor foi registada quando a melodia foi tocada a um ritmo correspondente ao ritmo preferido do indivíduo.
Com estas conclusões em mãos, os investigadores planeiam continuar a investigar a atividade neural associada a este fenómeno.
O objetivo é alargar as suas descobertas a cenários do mundo real que envolvam indivíduos que sofrem de dor crónica ou dor associada a procedimentos médicos.
De facto, as implicações desta investigação vão além do laboratório, apontando para um futuro em que a terapia musical personalizada poderá ser integrada em ambientes clínicos.
Mais do que isso, poderá ser útil para o dia a dia: por exemplo, os atletas que recuperam de lesões, os indivíduos que controlam enxaquecas ou mesmo os que sofrem de desconforto relacionado com o stress podem encontrar alívio através da terapia musical baseada no ritmo.
Deviam ir a Turquia então. Fazem-no há anos. Usam a musica para ajudar na recuperação de doentes. Até dá para ver os instrumentos de medida da tensão arterial a baixar os valores. Geralmente usam musicas culturais que as pessoas conhecem desde sempre. Não penso que pelo facto de uma universidade ocidental ter feito o estudo que foi uma descoberta atual.
Adorava que fossem ver as bibliotecas da Mauritania e ver os documentos que comprovam que os arabes já sabiam que a Terra era redonda ou outras descobertas que o Ocidente consideram suas
Já a música que tem vindo a ser produzida, causa é dor, nomeadamente a portuguesa.
Boa!
Claro. O que tu ouves é que é bom LOOL
A musica e questao de gostos, cada um tem a sua. Dizer que a musica Portuguesa nao presta, e uma piada.